terça-feira, 29 de novembro de 2011

Obras do metrô sem garantia de início em 2012

Transporte.PBH e CBTU se calam sobre intervenções; usuários reclamam de preço, superlotação e insegurança
 
CLÁUDIA GIÚZA
Especial para O TEMPO
 
FOTO: GUSTAVO ANDRADE - 3.2.2011
Pesquisa mostra um metrô caro e sem infraestrutura necessária
GUSTAVO ANDRADE - 3.2.2011
Pesquisa mostra um metrô caro e sem infraestrutura necessária
A especialista em marketing Gabriela Rodrigues, 25, é uma das milhares de usuárias do metrô de Belo Horizonte que esperam ansiosas as obras de ampliação e modernização dos trens da capital. Um dia depois da publicação da pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que coloca o metrô de Belo Horizonte como o terceiro mais curto e quarto mais caro do mundo, ela cobra das autoridades providências. Mas [NORMAL_A]a Prefeitura de Belo Horizonte e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) se calam sobre as tão esperadas e prometidas obras. Não há sequer garantia de início das obras em 2012, como prometido.

A última intervenção feita no metrô foi em 2004. A prefeitura informou que não há novidades no andamento das obras e, por isso, não irá se pronunciar sobre o assunto. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) foi procurada pela reportagem, mas também não quis comentar a pesquisa. A empresa informou apenas que o último aumento da tarifa ocorreu em 2006 e não quis se pronunciar sobre novos reajustes.

Em julho, a presidente Dilma Rousseff esteve na capital e prometeu agilizar as obras - ao todo, a União dará R$ 2 bilhões. Outros R$ 1,1 bilhão viriam do Estado e municípios.

Para a linha 1, a previsão é modernização e construção das estações Novo Eldorado (em Contagem) e Calafate II, onde será realizada a conexão com os trens que vierem do Barreiro pela linha 2. O trecho entre Barreiro e Calafate II será implantado com 10 km, cinco estações e sete trens. O trecho entre a Savassi e a Lagoinha será todo subterrâneo, com 4,5 km de via, cinco estações e cinco trens.
Enquanto isso, Gabriela gasta, em média, R$ 100 por mês para ir ao trabalho - ela vai de Contagem até a região Nordeste da capital. Além de considerar o valor do bilhete alto, ela reclama da superlotação e da falta de segurança. Para pesar ainda mais no orçamento, ela precisa pegar um ônibus até o metrô, mais um gasto de R$ 2,55 por viagem. A pesquisa do Idec foi divulgada no domingo.

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