O
meio político em Belo Horizonte já começa a se movimentar visando as eleições
municipais de 2016 para a sucessão do prefeito Márcio Lacerda.
Vários
nomes começam a pipocar diante do xadrez político. Têm nomes para todos os
gostos, desde os políticos tradicionais até as "novidades" dos
politicos-futebolistas, políticos-radialistas-esportivos,
políticos-radialistas-sensacionalistas e por aí vai.
Pelo
menos para um dos partidos que estará na disputa, 2016 será decisivo para seu
futuro, que é o Partido dos Trabalhadores. O PT que tem sofrido uma avalanche
de denúncias desde o começo das investigações da Operação Lava Jato, muitas
delas criadas pela grande mídia, será um teste de sobrevivência.
A
cidade de Belo Horizonte tem muito a agradecer as administrações petistas desde
1993, o orçamento participativo e as políticas sociais mudaram a cara da cidade
desde o governo Patrus, passando pelo Dr. Célio de Castro, Pimentel e ainda no
primeiro governo de Lacerda.
O
segundo governo Lacerda, já tendo o tucanato influenciando fortemente a
administração, a participação popular sofreu duro golpe. Vários conselhos e
comissões deixaram de se reunir e não funcionam mais. Lacerda, no segundo
mandato, surfou nos investimentos do governo Dilma na mobilidade e nas obras da
Copa do Mundo.
Que
as lideranças petistas sejam maduras o suficiente para ouvir o clamor da
militância que pede candidatura do PT em 2016.
E
para isso nomes não faltam, como do ministro Patrus Ananias, os deputados
Rogério Correia, Paulo Lamac, André Quintão, Gabriel Guimarães, Miguel Corrêa e
Reginaldo Lopes, todos filiados ao PT da capital.
“Midiáticos”
na mira para 2016
Desgaste
com políticos tradicionais abre espaço para renovação de nomes para a
prefeitura de BH
HUMBERTO
SIQUEIRA
A
crise política é também uma crise de representatividade. Em busca de “caras
novas” que possam se traduzir em votos, os partidos garimpam nomes “midiáticos”
para concorrer na eleição que definirá, em 2016, os próximos prefeitos dos
5.570 municípios do país.
A
movimentação nos bastidores da política tem sido intensa, principalmente porque
os partidos têm que escolher os nomes até outubro, quando vence o prazo para a
filiação partidária.
A
estratégia das siglas é encontrar rostos conhecidos do público, mas que não
tenham o desgaste dos “políticos de carreira”. Nesse contexto, profissionais da
comunicação estão na mira dos partidos. A ideia é levar para as urnas a fama
conquistada na mídia.
Em
Belo Horizonte, alguns nomes começam a ser colocados em teste internamente
pelos partidos.
O
radialista João Vítor Xavier (PSDB), que não é necessariamente um nome novo na
política (ele cumpre o segundo mandato de deputado estadual), divide com o
colega de emissora Carlos Viana (sem partido), o deputado federal Laudívio
Carvalho (PMDB), ex-radialista e estreante na Câmara, e o narrador esportivo e
secretário de Turismo de Minas, Mário Henrique Caixa (PCdoB), o posto de
prováveis adversários na eleição para prefeito de Belo Horizonte.
“É
preciso ter boas propostas. Tanto é que vários comunicadores já se candidataram
e não ganharam”, reconhece o tucano, com a experiência de quem já viu colegas
de microfone serem preteridos pelos eleitores. Ser conhecido na mídia, avisa o
deputado, nem sempre é garantia de bom desempenho nas urnas.
João
Vítor Xavier vai além e comenta que, em muitos casos, os oriundos da
comunicação quase sempre sofrem com o preconceito, pois são considerados fruto
apenas da fama, sem conteúdo político interessante. “Existem muitos que são,
sim, conhecidos e apresentam um bom trabalho. Além disso, todos os setores da
sociedade têm direito de ser representados. Seja pedreiro, faxineira,
jornalista ou médico”.
Mesmo
com o pé atrás, o deputado tucano reconhece que a vantagem de um radialista é
ser conhecido do público. “Como estou no rádio há 15 anos, as pessoas sabem o
que penso, minha postura e meu posicionamento frente a uma série de assuntos.
Aqueles que concordam com meus pontos de vista, num momento em que sou
candidato, podem enxergar a oportunidade se sentirem representados de fato.
Saberão exatamente como penso e o que esperar”, pontua.
Laudívio
Carvalho, eleito em 2014 com quase 79 mil votos, diz que a busca pelo novo
passa pelo interesse em pessoas que não trazem consigo “os vícios da política”.
“Por 35 anos fui combativo no microfone em prol da segurança pública. Bati em
Chico e em Francisco no rádio, independentemente de partido. Quem votou em mim
sabia que essa era a minha principal bandeira. Atuar na mídia ajudou nessa
primeira eleição. Mas, se for continuar, dependerá do trabalho na Câmara dos
Deputados”, comenta ele.
Sobre
uma eventual candidatura para a prefeitura da capital, Carvalho diz ser natural
cogitarem seu nome, embora ele diga que ainda é cedo para essa decisão.
Fonte:
O TEMPO
Corrida
pela Prefeitura de BH terá recorde de candidatos
Ezequiel
Fagundes - Hoje em Dia
Com
17 partidos políticos ensaiando lançar candidatura própria, a campanha pela
Prefeitura de Belo Horizonte caminha para a disputa mais pulverizada desde a
primeira eleição direta para prefeito em 1985.
Outros
12 não descartaram entrar na disputa e somente quatro legendas não têm intenção
de disputar a sucessão. É o que aponta consulta feita pelo Hoje em Dia a
presidentes de partidos e lideranças políticas.
Com
12 postulantes, a última eleição mais concorrida foi em 1988 (veja quadro
abaixo).
A
multiplicação de candidatos, escancarada nos últimos dias pela intensificação
das negociações dos partidos, faz parte de uma estratégia dos campos políticos
do governador Fernando Pimentel (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB). A
possível fragmentação é ainda uma forma encontrada pelos partidos para reagir
ao forte desencantamento da população com as grandes legendas.
No
papel de protagonista na disputa, Lacerda tem dito que vai apoiar Josué
Valadão, mas não está descartada a manutenção da aliança com os tucanos.
Secretário
de Obras, Valadão está de saída do PP para se filiar ao PSB. “BH é fundamental
para as nossas pretensões”, diz João Lobo, presidente municipal do PSB. Com a
negativa de Antonio Anastasia, os nomes mais cotados no PSDB são do ex-ministro
Pimenta da Veiga e do deputado estadual João Vítor Xavier. Pimenta, por sua
vez, refuta a intenção.
“Ainda
não estamos falando em nomes”, despista o deputado tucano Marcus Pestana.
O
PP, em decisão tomada na última segunda-feira, definiu que lançará o
ex-governador Alberto Pinto Coelho ou o ex-presidente da Assembleia Legislativa
Dinis Pinheiro.
Alianças
Ainda
no arco de alianças de Aécio, o DEM, PDT e PPS têm como opções os deputados
estaduais Gustavo Corrêa e Sargento Rodrigues e Luzia Ferreira,
respectivamente.
O
PV aposta em Délio Malheiros, vice de Lacerda.
Pelo
campo governista, PT, PMDB, PCdoB e PRB pretendem entrar na disputa. Os
peemedebistas ainda não definiram, mas os cotados são o empresário Josué
Alencar, o deputado federal Leonardo Quintão, o secretário Sávio Souza Cruz e
até o cartola Alexandre Kalil.
Do
lado petista, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e o
secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães, braço-direito de Pimentel,
estão no páreo.
Patrus
enfrenta resistência de outros grupos dentro do partido que defendem o
lançamento de um nome novo, a ser escolhido pelo governador Pimentel. Seria um
nome técnico que compõe o governo.
Apresentador
Já
o PRB convidou e aguarda posicionamento do apresentador de TV e rádio Carlos
Viana.
O
PCdoB vai de Mário Henrique Caixa, deputado e atual secretário de Turismo.
Filiados
a legendas nanicas, os deputados federais novatos Marcelo Álvaro Antônio (PRP)
e Marcelo Aro (PHS) ameaçam entrar na disputa.
Marcelo
diz que já foi sondado pelo DEM, PRB, PR, PSD e PTN. Aro planeja ir pelo
próprio PHS.
O
Solidariedade negocia a filiação à legenda do deputado federal Eros Biondini,
que estaria de saída do PTB.
O
PEN, do deputado estadual Fred Costa, também promete concorrer, assim como o
PSOL e o PSD.
Os
nomes, no entanto, ainda não estão definidos.
Para
especialista, pulverização reflete o descontentamento
Embora
considere que o momento é de marcação de território e de lançamento de balões
de ensaio, para Paulo Diniz, doutor em Ciências Sociais e professor da PUC
Minas, a tendência de pulverização na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte
é um reflexo da crise política.
“É
sempre uma possibilidade, levando em conta o enfraquecimento do PT,
principalmente, e a desconfiança geral da população em relação aos grandes
partidos”, explica.
“Essa
tendência de fragmentação das candidaturas é mais latente agora do que na
última eleição. Isso porque, de lá para cá, nós tivemos as manifestações de
2013, seguida dos novos casos de corrupção em 2014 e 2015”.
Segundo
o especialista, a ausência de um grande nome reforça a tese da estratégia de
pulverização.
“Sem
uma voz ressonante, vão surgindo candidaturas de todos os lados. Os partidos
estão se apresentando, analisando a conjuntura. Na hora da definição, o número
de candidatos deve diminuir, mesmo porque existe o sério risco de esses
partidos não conseguirem uma composição futura e saírem enfraquecidos da
disputa”.
Para
Paulo Diniz, a possibilidade de surgir uma liderança nova é praticamente nula.
“Está faltando pouco mais de um ano e ninguém surgiu. Pode até aparecer um
candidato que gere tumulto, agite a campanha, mas dificilmente vai se sustentar
até o final”.
De
acordo com o doutor em Ciências Sociais, a maior possibilidade é de alinhamento
em bloco em torno das lideranças mais conhecidas.
•
70 é o número de candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte de 1985 a 2012
•
PRB é a mais nova legenda a decidir lançar candidatura própria. Congresso
realizado ontem na capital optou por voo solo
•
Pela lei, o pré-candidato tem até o dia 1º de outubro, um ano antes do pleito,
para definir a filiação partidária
Fonte:
HOJE EM DIA
Vice-governador
convida Kalil para disputar a PBH pelo PMDB
Em
conversa com a coluna, Kalil confirmou a reunião, mas não revelou o conteúdo do
encontro
RICARDO
CORRÊA / LUCAS RAGAZZI
O
ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil passou boa parte da tarde desta terça
reunido com o vice-governador do Estado, Antônio Andrade (PMDB), na Cidade
Administrativa. No encontro, o peemedebista, que é presidente do partido em
Minas, convidou o atleticano para se filiar à sigla e ser seu candidato à
Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem.
Não
é a primeira vez – e, segundo interlocutores, não será a última – que Kalil é
convidado para a disputa eleitoral de Belo Horizonte. Em julho, como noticiado
pelo Aparte, o deputado federal Marcelo Aro (PHS) chamou o ex-presidente do
Galo para pleitear o cargo pelo PHS. Na época, Kalil negou a informação.
A
reunião desta terça, coberta de mistério até para pessoas próximas do
vice-governador, não contou com um desfecho claro. Segundo fontes da coluna,
não houve recusa nem acerto entre as partes. Como o “assédio” das siglas em
cima de Kalil tem sido grande, o atleticano deve considerar as opções para
optar por aquela que tiver mais independência.
Em
conversa com a coluna, Kalil confirmou a reunião, mas não revelou o conteúdo do
encontro. “Isso você tem que perguntar para o Antônio Andrade”, disse. O
vice-governador adotou postura semelhante. “Não vou comentar, até porque não
tocamos nesse assunto (filiação ao PMDB). Foi apenas uma reunião de cortesia”,
afirmou o peemedebista, em tom esquivo.
Não
se descarta, ainda, uma nova dobradinha entre PT e PMDB. Se o nome for
Alexandre Kalil, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT), que é próximo do
atleticano, ganha força e poderia ser alçado até mesmo ao posto de candidato a
vice-prefeito. Na eleição do ano passado, o ex-cartola do Galo, que ainda é
filiado ao PSB, pretendia se eleger deputado federal, mas, após a morte de
Eduardo Campos, tirou sua candidatura.
Fonte:
O TEMPO