segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pesquisa: Patrus Ananias empata com prefeito Lacerda em BH


11 de julho de 2012 10h29 atualizado em 13 de agosto de 2012 às 13h24

Ex-prefeito de BH, Patrus Ananias está empatado tecnicamente com o atual prefeito da cidade, Marcio Lacerda. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil Ex-prefeito de BH, Patrus Ananias está empatado tecnicamente com o atual prefeito da cidade, Marcio Lacerda
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O instituto de pesquisas EMData divulgou nesta quarta-feira os números da corrida pela prefeitura de Belo Horizonte (MG). Nela, o atual prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda (PSB), lidera a pesquisa com 34% das intenções de voto. A surpresa surge com o ex-ministro do Desenvolvimento Social e ex-prefeito de BH, Patrus Ananias (PT), com 29%, mesmo tendo entrado apenas há duas semanas na disputa já está tecnicamente empatado com Lacerda, uma vez que a margem de erro é de quatro pontos percentuais.
 
Veja o cenário eleitoral nas capitais
Na terceira posição surge a candidata do PSTU, Vanessa Portugal, com 3%. Maria da Conceição (Psol), Pedro Paulo (PCO), Alfredo Flister (PHS) e Tadeu Martins (PPL) tiveram 1% das intenções de votos na pesquisa. A pesquisa foi encomendada pelo jornal Estado de Minas , entrevistou 600 eleitores entre os dias 8 e 10 de julho, e foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) com o número 00136/2012 e teve consultoria técnica da empresa Giga Consultoria.

domingo, 26 de agosto de 2012

Página 13 - site da AE repercute campanha de doação de Gonzaguinha em BH

BH: Campanha de doação Gonzaguinha 13123

Desde o primeiro dia de campanha eleitoral estamos anunciando nossa candidatura ao eleitorado de Belo Horizonte, trazendo nossas propostas para implantar na Câmara Municipal de Belo Horizonte, caso eleitos. Dos candidatos a vereador do Partido dos Trabalhadores, Gonzaguinha é o único que é Sindicalista e ao mesmo tempo tem trabalho e inserção no movimento social, como por exemplo na luta por moradia popular e regularização das ocupações em nossa capital como é o caso do Zillah Spósito e Dandara.
Mas, para isso sabemos que as campanhas hoje são milionárias e vários candidatos fazem acordos com grandes empresas e empreiteiras, e lógico, que eleitos terão que pagar esta ajuda votando projetos de interesses das grandes corporações.
A parceria que queremos fazer é diferente, é com os trabalhadores e com os movimentos sociais e sindicais, e nosso compromisso é com estes segmentos. Portanto, companheiro e companheira, precisamos de sua contribuição espontânea para nossa campanha, devidamente autorizada e com recibo do Tribunal Regional Eleitoral, conforme manda a legislação, para isso entre no link abaixo e faça sua contribuição com o valor que você achar que deve e de acordo com suas possibilidades:
http://www.gonzaguinha13123.com.br/?p=Contribua
Quando nosso partido começou a 32 anos atrás vendíamos as estrelinhas, infelizmente agora elas já não dão conta de manter uma candidatura firme e com intenção de eleição, portanto este novo método é o que queremos inaugurar em nossa campanha. Boa contribuição! E mais que isso, compareça em nosso Comitê na Rua Tamóios, 669, sala 12, 2º andar, pegue material e nos ajude a fazer campanha com os amigos e familiares, até a vitória!
O Texto abaixo é cópia de um dos nossos primeiros panfletos de apresentação do Gonzaguinha 13123:
Gonzaguinha entrou para a Cemig em 1976, como técnico em eletrônica e se aposentou como supervisor técnico de telecomunicações. Liderança entre os trabalhadores, foi eleito para a diretoria do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG) em 1991, onde dentre outras atuações, liderou o debate sobre o fim do trabalho isolado com eletricidade, que ganhou repercussão nacional e conquistou a legislação que proíbe o trabalho individual.
Formado no curso superior em Gestão Pública pelo Uni-BH, foi diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Contagem.
A vasta experiência em movimento sindical e a participação ativa na Articulação dos Movimentos Sociais de Minas Gerais preparam Gonzaguinha para um mandato coletivo na Câmara de Belo Horizonte.
O Gonzaguinha tem lado e é o da população de Belo Horizonte:

Gonzaguinha está ao lado da Habitação Popular:
- Mudança na política habitacional do município;
- Priorizar a construção de moradias com renda familiar de 0 a 3 salários-mínimos;
- Regularização do assentamento Dandara;
- Regularização da ocupação Zilah Spósito.


Gonzaguinha está ao lado da Educação
- Implantação da escola em tempo integral em Belo Horizonte.


Gonzaguinha está ao lado da Democracia Participativa
- Consolidar e ampliar os conselhos municipais de políticas públicas.


Gonzaguinha está ao lado do Transporte Público
- Criar o Conselho Municipal de Transportes.

Gonzaguinha está ao lado da Inclusão da juventude

- Estimular a participação dos jovens em todas as discussões de interesse da cidade, do estado e do país;
- Apoiar todas as iniciativas de mobilização da sociedade para combater o avanço das drogas na juventude;
- Apoiar programas de formação profissional e primeiro emprego.


Gonzaguinha está ao lado do Serviço Público
- Cobrar qualidade e redução das tarifas de energia elétrica;
- Discutir com a comunidade, por meio dos conselhos distritais e municipal de saúde, as prioridades na gestão da SUS em nossa cidade.


Gonzaguinha está ao lado do Meio ambiente
- Lutar pela despoluição dos córregos, pela preservação de nascentes e dos parques municipais;
- Defender o desenvolvimento sustentável, com inclusão social e preservação dos recursos naturais.

Fonte: PÁGINA13\

sábado, 18 de agosto de 2012

Executiva do PT BH não vai tolerar traição, Comisão de Ética será acionada

Na Campanha de 2006 a deputados, governadores, senadores e presidente da república, alguns candidatos do PT fizeram santinhos para candidatos de outros partidos que não estavam na coligação, o que na época foi denunciado por vários militantes. Chegaram ao disparate de imprimir os famosos santinhos de boca de urna, as chamadas "colinhas" com o nome apenas do candidato a deputado estadual e federal, deixando em branco o nome do nosso candidato  a senador Fernando Pimentel e do nosso candidato a governador Hélio Costa em nossa aliança com o PMDB Hélio e Patrus.
Pois bem, agora o jornal O Tempo, trás matéria aonde a prática novamente começa a tomar corpo, onde denuncia que candidatos a vereador do partido imprimem seus santinhos eleitorais omitindo o nome de Patrus prefeito e Aluísio vice. Alguns são os mesmos de sempre que pululam de partido em partido e nunca se firmam em uma agremiação, outros são os chamados neo-petistas e outros são os antigos do espólio do saudoso Célio de Castro que veio para o PT à época e que após sua morte parecem que ainda não encontraram o argumento para fazer o caminho de volta.
De nossa parte foi com grande prazer que o primeiro material impresso do candidato que apoio, o nosso Gonzaguinha 13123 trouxe ao seu lado a foto do nosso futuro prefeito, Patrus Ananias

Desta vez ficaremos atentos, e como membro da executiva municipal acionarei abertura de processo no conselho de ética para apurar as possíveis irregularidades.
Confira abaixo a matéria do jornal O Tempo.

Por Marco Aurélio Rocha

Vereadores aliados escondem Patrus dos materiais de campanha

Ao contrário do que diz a matéria nosso primeiro panfleto de campanha tem Patrus na foto:

BH devia ser bem melhor e será!!!!
Com Patrus prefeito e Gonzaguinha 13123

Ezequiel Fagundes - Do Hoje em Dia


Arte

Candidatos a vereador da coligação “Frente BH Popular-PT, PMDB, PCdoB e PRTB” evitam estampar a imagem do ex-ministro Patrus Ananias (PT) em seus materiais de campanha.
Enquanto Patrus aparece ladeado por Lula e pela presidente Dilma Rousseff em placas espalhadas nos principais pontos de Belo Horizonte, postulantes à Câmara Municipal optaram por aparecer sozinhos.
Dessa forma, o candidato a prefeito do PT teve sua fotografia e até mesmo o nome excluídos de santinhos, panfletos, sites de campanha na internet, placas e cartazes.
Líder do governo Marcio Lacerda (PSB) até a véspera da ruptura da aliança com o PSDB, o vereador Tarcísio Caixeta tenta conquistar o quarto mandato. Para alavancar sua campanha, mandou fazer 500 mil santinhos para distribuir para o eleitorado, nesse início de disputa.

No material, Caixeta apresenta sua biografia, aponta seus compromissos, fornece o endereço do comitê, telefone e site na internet. Menção a Patrus Ananias, no entanto, só pelo nome. Mesmo assim, de forma bastante discreta, na parte inferior do santinho.
Outro petista que tem escondido Patrus é o ex-presidente da Câmara Silvinho Rezende, candidato ao sexto mandato consecutivo. Quem passa pelas ruas de Venda Nova, principal reduto de Silvinho, vai ver a grande quantidade de placas do parlamentar.
Excluindo a expressão “Patrus 13”, colocada embaixo da estrela vermelha do PT, não há outra referência do candidato a prefeito do partido. Em seu site na internet, o petista nem sequer cita o nome do ex-ministro.
Embora seja estreante em disputas eleitorais, o candidato a vereador Juninho (PT), da ONG Mudança, fundada pelo deputado Miguel Corrêa (PT), também não dá bola para Patrus. Pelo menos em suas placas, Juninho abriu mão de exibir imagens do candidato a prefeito.
Único nome do PCdoB no Legislativo da capital, a vereadora Maria Lúcia Scarpelli excluiu o ex-ministro petista de seus santinhos, panfletos, adesivos de carros, banners e placas de seu comitê, no bairro Prado, região Oeste da capital.
“A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados”, anotou, citando Mahatma Gandhi.

Scarpelli preferiu até explorar a imagem do locutor Mario Henrique, candidato derrotado a deputado federal em 2010, a ter a foto de Patrus.

Pressionados pela cúpula nacional do PMDB, os quatro vereadores do partido garantem que vão se empenhar na campanha.
Porém, se o desempenho petista dependesse do material peemedebistas, Patrus já estaria fora da disputa.
Iran Barbosa fez 50 mil exemplares de um panfleto com quatro páginas. A única citação do PT está ao lado do CNPJ do comitê do candidato. A mesma estratégia foi adotada pelos peemedebistas Preto do Sacolão, Geraldo Félix e Cabo Júlio, todos escondem o petista.

Fonte: HOJE EM DIA

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

BH não avança no tratamento do lixo

Levantamento do EM mostra que cidade não avança no tratamento do lixo. Falta de estrutura do poder público e desinteresse da população contribuem para o problema estagnada em BH


Flávia Ayer -
Junia Oliveira -
Publicação: 13/08/2012 06:42 Atualização: 13/08/2012 07:00

 Simone Hanke luta para conscientizar os vizinhos e instalou recipientes para a coleta separada de resíduos sólidos no condomínio onde mora   (LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS )
Simone Hanke luta para conscientizar os vizinhos e instalou recipientes para a coleta separada de resíduos sólidos no condomínio onde mora
O que têm em comum a professora Simone Hanke, de 35 anos, moradora do Bairro Estoril, na Região Oeste de Belo Horizonte, e o catador Claudinei Custódio Santos, de 42, que trabalha diariamente em um dos galpões da associação dos catadores Asmare, também na capital? Ambos enfrentam a ineficiência do poder público e a falta de condições de a cidade reciclar o lixo produzido por seus moradores. Do montante ínfimo de 30 toneladas diárias de resíduos sólidos enviadas para a reciclagem, que representa menos de 1% do total de 3,5 mil t de lixo produzidas por dia em BH, cerca de 30% viram rejeito nos galpões de reciclagem e vão direto para o lixo comum.

A constatação vem de levantamento feito pelo Estado de Minas nas sete cooperativas que trabalham com reciclagem na capital e que, além de doações, recebem resíduos da coleta seletiva da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Não bastasse o baixo alcance do serviço na capital mineira, onde apenas 30 dos 324 bairros são atendidos pela coleta porta a porta, o gargalo da reciclagem é reforçado pela falta de consciência da população e pela dificuldade de comercializar materiais que, apesar de recicláveis, acabam parando no aterro sanitário.

Clique e aprenda a separar o lixo
Clique e aprenda a separar o lixo
Em frente ao condomínio onde mora, formado por três blocos de prédios e 64 apartamentos, Simone tenta colaborar para o maior aproveitamento do material reciclável e instalou lixeiras próprias para a separação dos resíduos. São dois recipientes para material orgânico, um para metal, um para papel, outro para plástico e um para vidro. Mas o esforço vai por água abaixo. Como a Rua Paulo Piedade Campos não é atendida pela coleta porta a porta, todo o material separado vai para o caminhão de lixo comum, caçamba adentro. Simone esbarrou ainda no despreparo de quem deveria orientar, quando buscou informações sobre o manejo correto dos materiais. “Procurei a prefeitura para saber quais eram as regras. O primeiro entrave foi obter informação e achar a pessoa certa para dizer como procedermos.”

Mas o problema não acabou por aí: “Como vi que o caminhão da coleta seletiva não passaria, entrei em contato com catadores, mas eles também não apareceram”. A professora, que é bióloga e pós-graduada em resíduos sólidos, não perde a esperança de os vizinhos aderirem integralmente à causa e, principalmente, de terem o lixo reciclável recolhido: “Ainda tenho esperança de o caminhão passar”.


PORCARIA NAS MÃOS

Na outra ponta da reciclagem, o catador Claudinei lida com uma situação ainda pior. Papel higiênico, absorvente íntimo, seringas e restos de comida passam todos os dias por suas mãos desprotegidas. Sem luvas, ele despeja os sacos de lixo numa bandeja de madeira e tenta garimpar materiais onde, em tese, deveria haver apenas recicláveis – plástico, vidro, metal e papel. Com a agilidade de quem está há 30 anos no ofício, Claudinei deposita num tambor a porcaria a ser levada para o aterro sanitário, destino final de um terço do material recolhido pela coleta seletiva na capital.

“Infelizmente, tem muito papel higiênico e comida junto do material reciclável. Isso atrai roedores, contamina o que pode ir para a reciclagem, ocupa o galpão e o catador ainda perde tempo. O mercado da reciclagem também é muito difícil ainda”, afirma Fernando Godoy, um dos administradores e associados da Asmare, a maior cooperativa de Minas, onde a taxa de rejeito chega a 40%.

Com tanta sujeira, profissionais da reciclagem acabam expostos a riscos. “Direto tiro absorvente usado do saco de recicláveis”, conta Claudinei, que nem se importa mais com o papel higiênico. “A gente se acostuma.” Enquanto o irmão dele, Claudecy Custódio Santos, de 35, descarrega carrinho lotado de sacos de rejeitos, Claudinei faz o apelo: “Se a população ajudasse, ficaria mais fácil para a gente.” A realidade é comum nas demais cooperativas. “Muitos não se importam de fato com que o que jogam dentro do lixo reciclável e acham que estão contribuindo simplesmente por mandar material. Já recebemos sondas de hospital, uma caixa de pizza cheia de seringas, muita fralda”, conta a administradora da Cooperativa Solidária dos Recicladores e Grupos Produtivos de Venda Nova.

Mas caminhões que saem dos galpões das cooperativas direto para o aterro sanitário Macaúbas, em Sabará, para onde é levado o lixo comum de BH, carregam também fardos de isopor, embalagens de biscoito, vasilhas de marmitex, copos de liquidificador e até vidro. Embora sejam recicláveis, esses produtos não encontram mercado na capital mineira e, por vezes, lotam galpões já saturados à espera de compradores. “Faltam indústrias de reciclagem próximas a BH. Como o preço da mercadoria é muito baixo, não conseguimos mandar certos produtos para outros estados, pois o frete é caro e não compensa. Estou com cinco fardos de marmitex parados no galpão. Outro dia tive que mandar 40 fardos de embalagem de biscoito para o aterro”, conta a presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis da Região Oeste, Maria das Graças Silveira.

Fonte: ESTADO DE MINAS

domingo, 12 de agosto de 2012

Tome Partido. Não basta participar, filie-se ao PT!


Para a maioria dos candidatos, época de eleição é como temporada de caça aos eleitores.
Para nós, época de eleição é mais um momento de discutir política e estimular a organização da sociedade.
Por exemplo, um momento de propor que voce se filie ao Partido dos Trabalhadores: um partido socialista, democrático e de classe.
Se você quiser fazer parte do nosso Partido, leia os documentos partidários (www.pt.org.br) e, se estiver de acordo, preencha sua ficha de filiação. Nós a abonaremos e encaminharemos para o Diretório Municipal.
Quem se filiar até o final de outubro de 2012, poderá participar da eleição das direções do PT, que vai ocorrer em novembro de 2013.
Para fazer sua filiação clique aqui: http://www.pt.org.br/mobilizebrasil/index2

Descarregue aqui as logo marcas da campanha:

domingo, 5 de agosto de 2012

Bairro de Isidoro, na região Norte de BH, amarga falta de estrutura


Ernesto Braga - Do Hoje em Dia


EUGENIO MORAES
Gracenilde sonha com estrutura básica: água encanada, asfalto, ônibus perto de casa e acesso a saúde
Gracenilde sonha com estrutura básica: água encanada, asfalto, ônibus perto de casa e acesso a saúde

Todos os dias, a operadora de caixa Gracenilde Aparecida Gonçalves, de 48 anos, olha pela janela da casa humilde onde mora, no bairro Mirante, região Norte de Belo Horizonte, e vislumbra um futuro bem diferente.

Ela avista a maior área verde preservada da capital, chamada de mata do Isidoro, e fica imaginando como seria a vida se a operação urbana prevista no local saísse do papel. “Acho que os bairros vizinhos passariam a ter mais estrutura, mais qualidade de vida”, diz Gracenilde, cuja realidade é outra. As ruas do Mirante não são pavimentadas, falta rede de esgoto e o abastecimento de água é feito por mangueiras improvisadas. “É comum faltar água por uma semana, a iluminação é precária e não há linha de ônibus”, lamenta.

O sonho de Gracenilde é poder desfrutar de melhor infraestrutura urbana, encontrando perto de casa serviços essenciais, como na área de saúde e mobilidade, além de opções de trabalho. Para o urbanista Sérgio Myssior, vice-presidente da seção mineira do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG), os anseios da operadora de caixa só serão realizados se as operações urbanas planejadas para BH forem executadas. “A cidade tem de oferecer, de forma descentralizada, condições de moradia, trabalho e lazer. O Centro não pode ser um local só de trabalho ou comércio, nem os bairros devem servir apenas para morar”, afirma.

Intervenções que promovam a descentralização sugerida por Myssior fazem parte do BH Metas e Resultados, planejamento estratégico da prefeitura, em 12 áreas, projetando a cidade para 2030. A operação urbana no Isidoro faz parte do pacote de obras, mas está emperrada. “O Isidoro tem mil hectares de área, onde cabe uma avenida do Contorno. É possível que a região se desenvolva respeitando o meio ambiente”, ressalta Myssior.

Entenda

A urbanização do Isidoro, na divisa com Santa Luzia, foi aprovada e sancionada em julho de 2010. Está prevista a construção de mais de 67 mil unidades habitacionais, centros de saúde, escolas e parques, um deles com 2 milhões de metros quadrados, o segundo maior da capital. A região é marcada por ocupações irregulares e degradação ambiental.

Chamado de Estrada do Sanatório, o principal acesso aos bairros que circundam a mata do Isidoro está tomado de bota-foras irregulares. Sobra de material de construção, restos de pneus, carcaças de aparelhos eletrônicos e lixo orgânico causam mau cheiro, atraindo urubus e outros bichos. Parte da sujeira vai parar no leito do ribeirão Isidoro, poluindo o curso d´água. “Não há fiscalização para impedir que os caminhões despejem o entulho, que é levado pela chuva para o rio. Nossa esperança é que esse problema acabe com a urbanização prometida na região”, disse o motorista Gleison Rozete, de 35 anos, morador do Tupi.


sábado, 4 de agosto de 2012

Inauguração do Comitê Popular do Patrus


Segunda-feira, 06 de agosto vamos todos à inauguração do Comitê Popular do Patrus:

BH DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁ: GONZAGUINHA VEREADOR 13123

Rumo ao desenvolvimento sustentável


A Rio+20, realizada durante mês de junho deste ano, na cidade do Rio de Janeiro, foi a maior conferência da Organização das Nações Unidas em toda a sua história. A cidade recepcionou delegações de todos os continentes em uma grande festa da democracia.

Foram dias de grandes debates em várias partes da cidade. A agenda oficial ocorreu principalmente no Riocentro e no Parque dos Atletas. Já os eventos da sociedade civil concentraram-se no Aterro do Flamengo por meio das atividades desenvolvidas pela Cúpula dos Povos e pela Arena Social. Tivemos ainda uma grande caminhada da sustentabilidade pelas ruas do centro da cidade.

Os resultados oficiais expressos na declaração da Rio+20, apesar das omissões, apontam para a retomada de um debate necessário rumo ao reequilíbrio das relações entre o desenvolvimento econômico e a  sustentabilidade ambiental e social.

Caberá à sociedade acompanhar os desdobramentos da Rio+20 e cobrar decisões. O mapa do caminho pode ser exatamente o documento final da Conferência que, ao reafirmar os princípios da Rio 92, apontou também para algumas iniciativas que devem ser adotadas nos próximos três anos.

No documento ficou pactuado que devemos buscar indicadores de desenvolvimento mais amplos que o Produto Interno Bruto (PIB). Os países solicitaram à Comissão de Estatística das Nações Unidas que inicie um programa de trabalho sobre o tema, em consulta com outras organizações, dentro e fora do Sistema ONU, para tratar deste assunto.

Um comitê de trinta membros será formado com participação das instituições internacionais e demais partes interessadas. Este comitê analisará as demandas de financiamento para o desenvolvimento sustentável, as diferentes fontes de recursos já existentes e sua efetividade. Até 2014 este comitê deverá apresentar propostas à Assembleia Geral da ONU.

Um grupo de trabalho deverá ser criado até setembro de 2012 para definir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que serão submetidos a validação e implementação a partir de 2015. Esse processo intergovernamental deverá ser aberto à participação de todas as partes interessadas.

Foram identificadas ainda 26 áreas de atenção, elencadas a seguir: erradicação da pobreza; agricultura sustentável; segurança alimentar e nutricional; água e saneamento; energia; turismo sustentável; transporte sustentável; cidades e assentamentos humanos sustentáveis; saúde e população; promoção de emprego pleno e produtivo; trabalho decente para todos, e proteção social; mares e oceanos; pequenos Estados insulares em desenvolvimento; países menos desenvolvidos; países em desenvolvimento sem acesso ao mar; África; esforços regionais; redução do risco de desastres; mudança climática; florestas; biodiversidade; desertificação; degradação de solos e seca; montanhas; produtos químicos e resíduos; produção e consumo sustentáveis; mineração; educação; igualdade de gêneros e empoderamento da mulher.

Temos um caminho de muita mobilização e trabalho a ser seguido. Esses temas devem ser debatidos a partir dos interesses da sociedade. O desenvolvimento sustentável só logrará êxito se formos capazes de alterar os rumos do atual modelo que exclui, discrimina e concentra riquezas. Um outro mundo é possível!

Geraldo Vitor de Abreu é membro da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do PT

FONTE: TEORIA E DEBATE

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

À Direção Nacional do PT

2 de agosto de 2012Publicado em: 

 Durante os oito anos de governo FHC, encabeçados por PSDB e PFL (atual DEM), a política de estado com relação ao serviço público era de liquidação. Terceirizações, achatamento salarial, o mínimo de concursos. O resultado obtido: precarização das relações e do ambiente de trabalho.
Ao assumir o governo em 2003, o governo petista mudou esta história recente. Foram retomados os concursos públicos, houve recomposição salarial e cancelamento de contratos de terceirização, recompondo parcialmente o que foi perdido em mais de dez anos de hegemonia neoliberal.
A partir de 2007, as recomposições salariais cessaram, passando a ocorrer basicamente um “crescimento vegetativo” da massa salarial do funcionalismo, repondo parcialmente as perdas inflacionárias represadas.
No governo Dilma os salários foram congelados no primeiro ano de governo e as reposições inflacionárias passaram a ser promessas, feitas de forma parcelada e após o período de apuração.
As propostas para algumas carreiras, como a dos professores universitários, por exemplo, desvalorizam a qualificação profissional, mantendo a política de reajuste vegetativo. Algumas destas propostas colocadas em negociação propõem aumentos que sequer recompõem em algumas categorias o que é previsto como inflação para o período.
A iniciativa de recompor o quadro funcional por meio de concursos públicos é fundamental e estratégica na reversão do desmonte que a era neoliberal implicou na capacidade de planejamento e oferta dos serviços públicos essenciais à população por parte do Estado. Porém, sem estruturação de carreiras e valorização dos profissionais, este esforço de ampliação quantitativa dos quadros do serviço público pode ver-se dissipado. Uma carreira em que os funcionários não são valorizados não traz melhoria na qualidade dos serviços públicos, essenciais para que se tenha o crescimento sustentado almejado pelo governo.
Assim como o governo deu um grande passo para reduzir a hegemonia do capital financeiro ao reduzir os juros dos bancos públicos, valorizaro funcionalismo público federal é importante para aprofundar uma mudança de orientação iniciada em 2006 e que teve na edição do PAC uma sinalização importante com o aumento do gasto público na infraestrutura e nas politicas sociais fundamentais. Neste sentido é fundamental que o governo federal se empenhe efetivamente em abrir amplos e permanentes canais de diálogo e negociação com os servidores em greve, afastando qualquer postura de intransigência, que identificamos lamentavelmente na edição do decreto 7.777 que prevê a substituição dos servidores grevistas por funcionários estaduais e/ou municipais.
O Partido dos Trabalhadores deve apoiar a luta dos servidores em greve em suas reivindicações relativas à melhoria das condições dos locais de trabalho (reforma do espaço físico, renovação de equipamentos etc), de estruturação dos planos de carreira e de aumento real de salário para todos os servidores públicos federais, em especial os que estão em greve, instando o governo federal a ampliar e renovar seu empenho para o avanço das negociações.
A valorização do funcionalismo público não pode ser interditada em nome de suposta necessidade de contingenciamento orçamentário. A experiência dos anos recentes já demonstrou que a melhor maneira de enfrentarmos os efeitos (e as raizes) da crise econômica internacional é aumentar o gasto público com equivalente aumento da capacidade geral do Estado em prover serviços e infraestrura de qualidade para o conjunto da população.
É esta politica que está em jogo na atual greve do funcionalismo. Cabe ao PT cumprir um papel ativo na tentativa de fortalecer os canais de diálogo e negociação efetiva entre o governo e o movimento sindical do funcionalismo.

Direção Nacional da Articulação de Esquerda

Fonte: PÁGINA 13