sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Rogério decide por apoio a Valter Pomar

Valter Pomar concede entrevista coletiva à imprensa na Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Valter Pomar, candidato da tendência interna do PT, Articulação de Esquerda, que está na chapa Coerência Petista em Minas, recebeu ontem a decisão de apoio de Rogério Correia à sua candidatura à presidência do PT Nacional.

Valter se reuniu pela manhã com Rogério e à tarde em coletiva à imprensa Rogério anunciou a decisão; discutiu-se também questões do PED 2013, das eleições presidenciais do próximo ano e sobre a política de alianças que o partido vai aderir, no que diz respeito à relação com o PMDB. Foram definidos três pontos cruciais para esta nova gestão: a Reforma Política, a democratização da comunicação e a reconstrução social do partido. Segundo Valter, “O PT tem que ser o partido do futuro”. Logo após, Valter se reuniu com lideranças e militantes do PT no auditório da Assembleia. A noite, Valter Pomar participou de debate sobre conjuntura nacional e as manifestações de junho com alunos do curso de Engenharia da faculdade Newton Paiva a convite do Sindicato dos Engenheiros.

Durante o processo de eleição, estão sendo realizados debates entre os candidatos para que cada um exponha sua defesa de acordo com os temas centrais que são: as linhas do partido para as eleições de 2014 (tática de campanha eleitoral, balanço do governo, política de alianças, entre outros), a estratégia de médio prazo do PT e o funcionamento partidário. Ao todo serão 27 debates, um para cada estado e o Distrito Federal, sendo nove destes entre candidatos à presidência. Quatro desses debates podem ser acompanhados online pelo site do PT e os outros cinco serão presenciais.

“O 2° mandato da Dilma tem que ser superior ao atual. Isso quer dizer que ele deve ser capaz de fazer um conjunto de reformas estruturais no Brasil, como a reforma política, agrária e urbana, tributária e a democratização da comunicação”, afirmou Valter. De acordo com o candidato, tudo isso irá cooperar para a melhoria da saúde, educação e transporte, que foram temas abordados durante as manifestações do último mês de junho.

Rogério Correia declarou que o partido deve ser “capaz de propor mudanças mais profundas para o estado de Minas Gerais e que o partido deve estar preparado para um novo momento e para a campanha presidencial”. Ele ainda destaca que esta eleição tem papel estratégico dentro do partido: “É preciso se desvencilhar dessa governabilidade institucional que o partido enfrenta, estamos reféns disso”, elucidando a questão social e popular do PT. Sobre a coligação com o PMDB, que faz parte do bloco Minas sem Censura, o qual Rogério faz parte, esclareceu que defende a coligação em cargos majoritários.

A votação do PED ocorre no dia 10 de novembro e cerca de 430.000 filiados são esperados para participar. Na última eleição, em 2009, quando José Eduardo Dutra foi eleito presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, 515.000 filiados votaram.



NO DIA 10 DE NOVEMBRO VOTE:




ROGÉRIO CORREIA
PRESIDENTE PT MG - 320

COERÊNCIA PETISTA - 420


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A moto da Dilma e o ônibus do Brizola

“Há quanto tempo o senhor não pega um ônibus, Dr. ?” – Esse Briza …

Saiu no Tijolaço:





Sensacional a matéria da Folha hoje sobre o passeio de moto de Dilma por Brasília.

Para quem não leu: a Presidenta driblou os seguranças, colocou um capacete e saiu de moto pelas ruas de Brasília, livre, leve e solta.

Se é verdade ou não, não sei.

Mas se não é, deveria ter sido.

Um dos maiores males de que se acometem os governantes é o isolamento palaciano.

A maioria porque gosta de bajulação e salamaleques, mesmo.

Mas também aos que não o querem, pela liturgia e responsabilidade dos cargos.

E isso, exceto a fenômenos políticos como um Lula ou um Brizola, personagens especiais que dificilmente perdem a sintonia com o povão, gera um desconhecimento que induz a erros e armadilhas que estão sempre a nos espreitar, ao governar.

O episódio me lembrou outro, que vivi.

Às vésperas da inauguração da primeira etapa da Linha Vermelha, ligando a Ilha do Governador ao Centro do Rio e ao Elevado da Paulo de Frontin, fui ao apartamento de Leonel Brizola, conversar sobre assuntos de Governo.

Ele estava reunido com duas pessoas, uma delas o Secretário de Transportes. Sentei-me no sofá próximo à mesa redonda onde ele despachava e esperei.

À saída do secretário, dei o bote.

- Dr. Fulano, foi ótimo o senhor estar por aqui: eu preciso divulgar quais serão as linhas de ônibus que vão passar pela Linha Vermelha…

Eu sabia que uma empresa, a Paranapuã, detinha quase o monopólio dos ônibus na Ilha do Governador e não ia pegar nada bem se só ela pudesse usar a nova via.

- Olha, ainda está em estudos, porque é uma via segregada, temos de considerar a velocidade do tráfego, etc, etc…

E o velho Briza olhando…

- Mas Doutor, eu não sou técnico de transportes, mas fico pensando no sujeito ali, no ônibus lotado, pendurado no balaústre, suando e vendo os carros particulares ..zupt!…pela Linha Vermelha e o ônibus dele parado para pegar o engarrafamento da Avenida Brasil… Será que ele não vai ficar chamando o Brizola de fdp, que faz obra só para quem tem carro?

O homem ficou pasmo…

E o Brizola, que sacou tudo, não perdoou:

- Olha, Dr. Fulano, o Brito pega ônibus, escute o que ele fala…Há quanto tempo o senhor não pega um ônibus, Dr. Fulano?

Suba na moto, Presidenta.

Dirija seu próprio governo, acelere, até mesmo correndo riscos, porque risco se corre em tudo.

E ficar parado, sendo corroído pelo tempo, é o pior deles, porque tem 100% de possibilidades de acontecer.

Não havia uma história sobre não ter medo de ser feliz?

Por: Fernando Brito

Fonte: CONVERSA AFIADA  

Lei da Mídia Democrática mobiliza sociedade civil em seu lançamento no Congresso



Integrantes da sociedade civil organizada, como o MST, participaram do lançamento da Lei da Mídia Democrática
O projeto de lei da sociedade civil propõe a regulamentação dos artigos da Constituição de 1988 que garantem a pluralidade e diversidade e impedem monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação de massa, estabelecendo princípios para a radiodifusão sob concessão pública (rádio e televisão), foi lançado nesta quinta-feira, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. O instrumento foi levado às ruas em 1º de maio, Dia do Trabalhador, pelas entidades da sociedade civil que apoiam a campanha Para Expressar a Liberdade. Desde então, já recebeu milhares de assinaturas e já terá atos de lançamento estaduais. Para ingressar no Congresso como vontade popular o Projeto de Iniciativa Popular deve receber 1,3 milhão de assinaturas. Ainda não há prazo para o término da coleta das assinaturas. A primeira contagem coletiva será realizada após o dia 22 de setembro.

O lançamento da Lei da Mídia Democrática, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações, foi aberto ao público e contou com a presença de representantes de movimentos sociais, ativistas, personalidades públicas e políticos, entre eles a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e Jandira Feghali (PCdoB), que apoiam a democratização da comunicação no Brasil. Apesar do que diz a Carta Magna, no Brasil há uma grave situação de concentração monopólica da mídia: poucos grupos privados e menos de dez famílias são donos dos meios de comunicação.

No dia em colocarmos uma proposta que levará a democratização de um bem público que é essencial, que é o direito à comunicação, vai nos habilitar para acumular força política na sociedade para fazer as outras reformas, como a reforma agraria, politica, tributária – afirmou a deputada Luiza Erundina, em seu discurso, no lançamento da Lei da Mídia Democrática.

O projeto é um instrumento da campanha “Para Expressar a Liberdade”, realizada por entidades da sociedade civil que lutam por um sistema de comunicação democrático. Ele é fruto de mais de 30 anos de luta pela regulamentação das comunicações no país e está baseado nos resultados da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em 2009. A campanha “Para Expressar a Liberdade” vem mobilizando e esclarecendo a sociedade civil sobre a necessidade da descentralização e da pluralização do setor e tem recebido um amplo respaldo popular. As manifestações de junho demonstraram a inquietude da população frente à situação de monopólio dos meios de comunicação no país e a Lei da Mídia Democrática se tornou um importante instrumento desse debate.


A Lei da Mídia Democrática já recebeu o apoio de centenas de entidades e, desde o dia 1º de maio, quando foi levado às ruas, conta com milhares de assinaturas. Para tramitar como vontade da população no Congresso Nacional, o projeto necessita hoje de 1,3 milhão de adesões. A população brasileira reivindica a regulamentação do que está escrito na Constituição Brasileira para que todos tenham o direito à informação e à liberdade de expressão.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

PBH é investigada por desvio de R$ 23 milhões na obra do BRT na Pampulha

O Constrói, quebra, constrói, quebra, já tá dando problema....
Cadê a oposição na Câmara de Vereadores de BH?
Cadê a bancada do PT ?
Aliás, quantos vereadores o PT tem? 

Marco Aurélio




PBH é investigada por desvio de R$ 23 milhões na obra do BRT na Pampulha



Amália Goulart - Hoje em Dia



Frederico Haikal/Hoje em Dia


Suspeitas estão relacionadas às demolições de trechos desapropriados para o BRT na avenida Pedro I



A Controladoria Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) encontraram indícios de superfaturamento de R$ 23,3 milhões na obra de duplicação da avenida Pedro I, na região da Pampulha. A obra faz parte do complexo estrutural, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, para modernizar o trânsito com vistas à Copa do Mundo de Futebol de 2014. No local seria duplicada a avenida e construído um sistema rápido por ônibus, chamado BRT.

A CGU, ao realizar auditoria no contrato, encontrou superfaturamento no pagamento de serviços de demolição e de reciclagem dos resíduos de construção e demolição, superestimativa dos quantitativos da planilha orçamentária e itens comprados em duplicidade. Além disso, de acordo com a Controladoria, houve ainda irregularidades na composição do BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), que calcula o custo total da obra.

Os supostos desvios legais, juntos, somam um superfaturamento de R$ 23,3 milhões. O dinheiro refere-se à meta 2, de alargamento da via e desapropriações, orçada em R$ 353,6 milhões.

Os procuradores da República Adailton Ramos do Nascimento e Athayde Ribeiro da Costa noticiaram os achados da Controladoria ao Tribunal de Contas da União.

Os dois pediram a suspensão dos repasses à administração do prefeito Marcio Lacerda (PSB). “Os representantes pedem que o TCU determine cautelarmente a glosa (corte) no contrato de financiamento no valor de R$ 23.369.451,18, alegando que o ‘fumus boni iuris’ (indício de que quem está pedindo a liminar tem direito ao que está pedindo) se faz presente com os apontamentos efetuados pela CGU e que o ‘periculum in mora’ (perigo na demora) se caracteriza pela possibilidade de consumação do dano ao erário e a dificuldade de recuperação da verba pública após o desvio”, afirma relatório do Tribunal.
 
Os procuradores ainda solicitam à Caixa que averigue os demais contratos para obras de BRT que estão em curso em Belo Horizonte, para detectar possíveis irregularidades similares.


Recursos

Os contratos para os projetos referentes à Copa do Mundo são financiados pelo governo federal por meio de contratos com a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O TCU informou que não tem competência para apurar e punir as irregularidades, encaminhado o caso ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que possa tomar as medidas cabíveis.

O TCE informou que ainda não recebeu notificação do TCU, que deliberou sobre o envio dos autos apenas na última quarta-feira. A Prefeitura de Belo Horizonte não atendeu à solicitação de esclarecimentos encaminhada pela reportagem.


Fonte: HOJE EM DIA

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Rogério Correia registra candidatura com militância e movimentos sociais

Militantes do PT, MST, MAB, CUT e sindicalistas registraram 
a candidatura de Rogério Correia ontem na sede do PT-BH

Ontem, dia 12 de agosto, último dia de prazo para registro das candidaturas estaduais ao PED2013 do PT, o companheiro deputado estadual Rogério Correia registrou sua candidatura à presidência do PT mineiro.
Estiveram na plenária de registro vários militantes do partido e dos movimentos sociais e sindicais, representados por companheiros do MAB, MST, Sindieletro, Metroviários, Sindsaúde, SindUte, Executiva do PT-BH, além dos parlamentares que participam da chapa, deputado federal Padre João, deputado estadual Paulo Lamac, vereador de BH Arnaldo Godoy e o ex-prefeito de Coronel Fabriciano Chico Simões. O deputado estadual Adelmo Leão também prestigiou o evento e fez sua saudação.
Rogério enfatizou que sua candidatura não é uma candidatura de cúpula, e sim discutida e aprovada junto à militância e com os movimentos sociais e sindicais. Neste sentido, é com os movimentos é que será construído um novo projeto para o PT MG.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

FALTA QUEM PENSE

Na terra da casa grande e da senzala, os jornalistas aderem automaticamente às crenças dos patrões.


Independente. A busca incessante e corajosa da verdade factual




Porque as lições de Hannah Arendt também valem para o Brasil

por Mino Carta

Certo dia alguém perguntou a Hannah Arendt, a pensadora judia, se gostava do seu povo. “Não – respondeu –, gosto é dos meus amigos judeus.” Tratava-se de uma cidadã muito corajosa, pela ousadia de conduzir sua inteligência pelos caminhos da independência.

O pensamento de Hannah Arendt sempre me atraiu e foi dela que furtei a expressão “verdade factual”, cuja busca é fundamento do jornalismo. Nem bom, nem mau, jornalismo, e ponto. Digo, aquele que a mídia nativa não costuma praticar.

Entra em cartaz um filme de Margarethe von Trotta, a cineasta alemã, intitulado Hannah Arendt. E lá vou eu, devidamente imantado. Conta um largo e decisivo episódio da vida da escritora. O serviço secreto israelense invade a Argentina e sequestra o criminoso nazista Adolf Eichmann, que para lá fugiu logo após a guerra.

Hannah é convidada pela New Yorker a acompanhar o julgamento do criminoso, que Israel instaura em Jerusalém, e a escrever a respeito. Penas iluminadas saíram-se bem em ocasiões similares. Por exemplo, John dos Passos quando da morte de Rodolfo Valentino. A profundidade das observações enriquece a reportagem, mas não tentem explicar o conceito aos editores dos nossos jornalões e revistões.

A escritora aceita a tarefa insólita, e viaja a Jerusalém, onde a esperam velhos e queridos amigos. Von Trotta insere na sua filmagem trechos do documentário realizado durante o processo, e sabe escolhê-los, de sorte a expor a personalidade do réu a bem da fluência do enredo.

Passa-se um tempo antes que Hannah, de volta a Nova York, onde vive e leciona, passe à escrita. Uma demorada reflexão obriga-a a um penoso exercício de espeleologia interior, à caça do verdadeiro rosto de Eichmann. Quem é ele? Um homem que não pensa, conclui a filósofa-repórter, algo assim como um autômato. E esta é verdade factual.

Burocrata zeloso, Eichmann incumbe-se da inexorável pontualidade dos trens que carregam dezenas de milhares de judeus para os fornos crematórios, assim como faria se em lugar de seres humanos houvesse gado, ou cães raivosos. Ele executa ordens sem inquirir a sua consciência a respeito de coisa alguma, com obediência robótica à vontade do Führer. Desta investigação alma adentro de um criminoso exemplar nasceria uma das obras mais notáveis de Hannah Arendt, A Banalidade do Mal.

A nação judia entendeu que uma das suas cabeças privilegiadas defendia Eichmann, e mesmo os amigos mais queridos, e os diretores da universidade onde lecionava, a condenaram sem recurso. Eles também não pensavam. Outro filósofo disse “penso, logo existo”.  No entanto, que significa pensar? Tudo se reduziria apenas e tão somente à consciência da existência? Donde, à percepção do efêmero, colhida pelo ser pré-histórico, talvez em meio a uma clareira remota iluminada pela lua, ao erguer os olhos e se inteirar pela primeira vez do céu estrelado.

Hannah apontou também as responsabilidades das lideranças judias, que, entre outras coisas, não haviam hesitado em violar as fronteiras argentinas e em evitar um processo internacional como a Justiça recomendava. Com isso, piorou muito a sua situação aos olhos judeus. Impecável, de verdadeiro jornalista, foi o comportamento do diretor da New Yorker. Até seus colaboradores mais próximos se empenharam para impedir a publicação dos textos da “enviada especial”. Ele foi até o fim e os estampou sem arrependimentos.

O homem é um bicho imperfeito, muito imperfeito, a gente sabe. Dispõe dos instrumentos para pensar, mas a maioria não sabe usá-los. A maioria felizmente não é de criminosos nazistas, mas é incapaz de fugas do clichê, do chavão, do lugar-comum, da frase feita. Deste ponto de vista, a sociedade emergente do Brasil é imbatível, ipsis litteris repete incansável as passagens mais candentes dos textos de jornalões e revistões enquanto os jornalistas aderem automaticamente às crenças dos seus patrões. Na terra da casa-grande e da senzala, a maioria vive ainda no limbo e os senhores jogam ao lixo o patrimônio Brasil. O mundo atravessa dias decadentes, é inegável. O País, contudo, bate recordes nestas areias movediças.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

PLENÁRIA NACIONAL DE MOVIMENTOS SOCIAIS BRASILEIROS

ENCAMINHAMENTOS

São Paulo, 5 de agosto de 2013
Estiveram presentes na Plenária representantes de 15 estados (RS; SC; PR; SP; MG; ES; RJ; GO; MS; DF; BA; PE; PB; MA; AC) e mais de 45 Movimentos Sociais (CUT; CTB; INTERSINDICAL; UNE; MST; MAB; MPA; MMC; MAM; CIMI; VIA CAMPESINA BRASIL; MCP; INESC; PLATAFORMA PELA REFORMA POLÍTICA; FETRAF; MDM/FEPAC ; CONTEE; POVOS INDÍGENAS PATAXÓS E TUPINAMBÁS (BA); FRENTE NACIONAL DOS TORCEDORES ; BLOCO DE LUTAS DO RS; ASSEMBLÉIA POPULAR; CMS; CMP; SINDIELETRO – MG; SASP – SP; SINTAEMA – SP ; SINERGIA – CAMPINAS – SP ; FTUESP/URBANITÁRIOS SP; MMPT; CONEN; UNEGRO; PJR; LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE; ENEBIO; UEE – MG; REDE FALE; PASTORAL DA MORADIA; PASTORAL DO MIGRANTE; GRITO DOS EXCLUÍDOS CONTINENTAL; JUBILEU SUL; MMC-SP; FNDC; CONSULTA POPULAR; AÇÃO CIDADANIA; CAMPANHA CONTRA OS AGROTÓXICOS; ARTICULAÇÃO PAULISTA DE AGROECOLOGIA; FRENTE DE LUTAS DE JUIZ DE FORA ; MOVIMENTO REFORMA JÁ).

1. MANHÃ: Na parte da manhã dedicou-se à construção de uma análise coletiva da conjuntura política, realizada pela intervenção de mais de vinte companheiros/as
SINTESE DOS ENCAMINHAMENTOS
2. Resumo do debate sobre a luta por uma reforma política, pelas reformas estruturais e por uma constituinte exclusiva.
2.1) O caminho que vinha sendo trilhado há muito tempo pela articulação de entidades da sociedade civil e a sua proposta de reforma política, (e coordenado pelo INESC, CNBB E OAB) foi derrotada, pela ação dos parlamentares que não querem mudanças. A proposta do Governo Dilma, apesar de tímida e restrita a reforma eleitoral também foi derrotada pelas mesmas forças conservadoras.
2.2) Nosso compromisso é estimular ainda mais as lutas sociais.
2.3) Se abriu uma nova conjuntura de luta de classes no Brasil e agora está colocado na pauta a luta por mudanças estruturais. Se abre assim possibilidade de debater a necessidade de reforma estruturais junto a sociedade.
2.4) Para dialogar com as mobilizações das ruas e as manifestações da sociedade temos três caminhos:A) Seguir fazendo a luta concreta pelas conquistas imediatas da classe trabalhadora; B) Estimular e participar de todas as mobilizações de massas nas ruas;C) Na institucionalidade, a única forma de dialogarmos agora é pela via da luta por uma Constituinte Exclusiva sobre o sistema político brasileiro, que coloque em debate na sociedade a necessidade das reformas estruturais. Para que se crie uma correlação de forças na qual tenhamos a capacidade de avançar nesta luta é preciso que o povo brasileiro exija essa Constituinte. Por isso a realização de um Plebiscito Popular que leve o povo a participar de todo este processo de debates e lutas é a melhor forma tática e pedagógica de fazer o debate das mudanças políticas necessária no nosso país.
2.5) Precisamos ainda construir um entendimento no campo popular, sobre quais as mudanças políticas que queremos, sobre que tipo de reformas estruturais e que tipo de reforma política. Também precisamos aprofundar sobre quais são as características da eleição de uma constituinte para que ela seja popular e exclusiva apenas para fazer as leis das reformas. Isso será debatido e aprofundando entre os Movimentos Sociais ao longo deste processo de construção.
2.6) Aprofundaremos também o debate sobre as características do Método e Organização do Trabalho a ser realizado no Plebiscito Popular, já que pensamos realizá-lo ao longo de um período que vá até o próximo ano.

3. ENCAMINHAMENTOS ORGANIZATIVOS
3.1) Em todos os atos que participarmos na Jornada da Semana da Pátria (7 de setembro) devemos anunciar e fazer propaganda de que os movimentos sociais realizarão um Plebiscito Popular para convocar Uma Constituinte Exclusiva. É a forma de fazermos o anuncio publico, em todo país.

3.2) Realizar Plenárias dos Movimentos Sociais nos Estados, de caráter amplo, com maior numero possível de movimentos que se somem a esse debate, para ir aprofundando as ideias. Nos estados aonde já existem fóruns e plenárias unitários devemos aproveitar os espaços e pautar então esse debate de consulta.
3.3) Realizaremos uma nova PLENÁRIA NACIONAL DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, mais ampla com representantes de todos os movimentos sociais, centrais sindicais e partidos que quiserem aderir a esse processo, num verdadeiro BLOCO POPULAR DE LUTA POR REFORMAS ESTRUTURAIS.
Essa plenária será realizada dias 14 e 15 de setembro em São Paulo.
A plenária se dedicara a preparar o Plano De Trabalho para implementar o Plebiscito Popular de consulta sobre a Constituinte Exclusiva.
Oportunamente avisaremos o local, e pedimos que todos marquem em suas agendas e ajudem a articular todas as forças populares.
3.4) Foi constituída uma equipe de trabalho para preparar a plenária, formada pelos seguintes Movimentos Sociais: MMM, MST, MAB, AP, Unegro, Conen, CUT, Grito Dos Excluídos, Levante Popular da Juventude, UNE e INESC. A reunião dessa equipe será dia 19 de agosto (9-13hs) na sede da Une em São Paulo.
3.5) Onde houver possibilidade, já podemos construir Comitês Populares nos bairros e municípios para fazermos o debate das reformas necessárias com o povão.
3.6) Usar todos os Meios De Comunicação Popular que temos a dispor (pagina na internet, jornais, boletins, programas de radio, TVs comunitárias, pixações, cantorias, musicas, blocos de rua, bandas, etc) para difundir e fazer agitação e propaganda sobre o tema;
4. CALENDARIO DE MOBILIZAÇÕES EM CURSO JÁ APROVADOS NAS INSTANCIAS CORRESPONENTES E QUE DEVEMOS NOS SOMAR COM TODAS ENERGIAS POSSIVEIS.
4.1) Dia 28 de agosto a 7 de setembro: mobilização de estudantes e jovens por educação publica e gratuita e pela democratização dos meios de comunicação.
4.2) 30 de agosto : Dia de paralização nacional, pela mesma pauta da jornada de 11 julho, puxada pelas centrais sindicais;
4.3) Semana da pátria: participar da Jornada Contra Os Leilões De Petróleo E Das Hidrelétricas, e das mobilizações do Grito Dos Excluídos.
4.4) Semana De 16 a 20 De Outubro: Jornada Internacional Em Defesa Dos Alimentos Sadios, contra os agrotóxicos e as transnacionais do agro. Contra os leiloes do petróleo e em defesa de nossos minérios.
PS: em quase todos os estados haverão também outras manifestações populares com temas estaduais, como e sobretudo no Rio de janeiro e são Paulo.
5. OUTROS ENCAMINHAMENTOS POLITICOS
5.1) Debater com os movimentos populares de saúde e outros movimentos sociais como nos engajarmos na luta pelo direito a saúde, pela melhoria da qualidade do SUS, por mais verba para saúde e pela vinda de médicos cubanos e legalização dos diplomas dos brasileiros que estudaram em Cuba;
(ficou marcada uma reunião de preparação para a próxima semana, dia 20 de Agosto, em São Paulo)
5.2) SOLIDARIEDADE AOS TRÊS COMBATENTES QUE TIVERAM CORAGEM DE DENUNCIAR OS ESQUEMAS DE ESPIONAGEM DO GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS CONTRA O BRASIL, AMERICA LATINA E O MUNDO: Bradley, Assange e Snodwen.
A) difundir amplamente o cartaz de solidariedade a eles;
B) apoiar a iniciativa em curso na Câmara dos Deputados - Fernando Ferro (PT-RS)- e no Senado - Senadora Graziotin (PCdoB-AM) - de instalação de uma CPI para investigar a espionagem do governo dos Estados Unidos no Brasil; através de uma moção de apoio.
C) realizar abaixo assinado em todo país, para que o brasil conceda asilo permanente a Snowden, que tem visto provisório na Rússia.
D) apoiar iniciativa na internet dos movimentos sociais italianos que lançaram a campanha de indicação de Snowden Ao Premio Nobel Da Paz
E) realizar dia 11 de setembro atos de protesto em frente a Consulados e Representações do Estados Unidos, e em solidariedade aos três combatentes contra o império.
5. Moção de apoio a greve dos eletricitários de todo país.
Os trabalhadores eletricitários estão em greves, são 27 mil trabalhadores da Eletrobras, aprovado enviar nota de solidariedade a eles, a imprensa e ao governo.


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Metrô SP: o cartel planeja a sociedade

A coisa goteja de forma dolorosa no noticiário conservador, que resiste em expelir o que sabe como quem guarda uma pedra no rim.


Machuca mais segurar ou botar para fora?

Difícil.

A Siemens, uma das grandes fornecedoras de equipamentos do metrô de São Paulo, já decidiu.

E contou tudo, ou quase tudo, sobre a pré-definição ilegal de cotas e preços entre ‘concorrentes’ nas grandes licitações tucanas.

A acomodação desse condomínio de interesses lesou o cofre público com um sobrepreço ora aventado em torno de 30%.

Durante década e meia.

Período no qual a rede metroviária da capital avançou a passo de preguiça para somar 74 km de trilhos: 1/3 da mexicana, que começou junto.

É possível que o curso das investigações elucide os nexos entre uma coisa e outra: a lerdeza operacional tucana e o conluio de seus governantes com o oligopólio.

Por ora, a pergunta que aflige a atividade renal do colunismo da indignação seletiva é de natureza mais ampla:

'Uma lambança dessa ordem, assentada no aconchego de três governos sucessivos do PSDB – Covas, Serra e Alckmin – teria prosperado, por tanto tempo, sem a parceria orgânica de altos escalões?'

A ver o empenho investigativo da artilharia que sempre atuou a plenos pulmões em ocasiões em que o seu alvo eram reputações progressistas.

Duas ou três coisas precisam ser ditas enquanto isso.

Elas remetem ao núcleo duro desse enredo: a união estável entre cartel e política nos dias que correm.

O oligopólio flagrado sob as asas do PSDB em São Paulo é a forma hegemônica de planejamento no mundo atual.

Uma modalidade de ‘intervencionismo' às avessas.

Uma forma de planejamento privado; do capital contra a sociedade.

É disso que se trata.

Cada vez mais, grandes corporações substituem a concorrência pelo rateio clandestino de mercados, bem como de cotas em uma licitação, formando neste caso um cartel de preços.

O ilícito assegura lucros robustos de oligopólio a cada um dos participantes.

Imperasse a livre concorrência, os preços desabariam.

O lucro seria da sociedade.

No caso de São Paulo, os cofres públicos pagaram o sobrepreço do butim.

Invariavelmente, esse arredondamento financeiro inclui a comissão daqueles que deveriam zelar pelos interesses da sociedade, mas aderem ao desfrutável complô contra ela.

Paradoxalmente, esse talvez seja o ingrediente mais barato do enredo em questão.

Mais grave é o assalto que os seus protagonistas praticaram, simultaneamente, ao longo de anos, contra o discernimento crítico da sociedade.

Estamos falando da catequese da livre concorrência contra tudo o que exalasse o mais tênue aroma de regulação da economia pelo interesse público.

No jogral que nunca desafina, lá estavam os titãs das privatizações; a turma do choque de gestão; os liquidacionistas da era Vargas; os pregoeiros do câmbio livre; os trovadores do Estado mínimo; o pelotão antigasto público; os áulicos das finanças desreguladas; os vigilantes do ‘superávit cheio’; os algozes do BNDES; os prosadores da desindustrialização virtuosa (laissez passer); os mariners do ‘custo Brasil’; os doutores da purga da produtividade (‘tarifa zero’); os droners das ‘incertezas dos mercados...

Tudo modulado pelo diapasão da vantagem inexcedível dos mercados autorregulados na alocação de recursos para gerar riqueza ao menor custo, com maior eficiência.

Eis que, todos juntos, são apanhados na peculiar lubrificação de um comboio antagônico à livre concorrência em São Paulo.

Demolidor, mas não tão original assim.

E esse é o ponto a reter da grande fraude por trás das outras menores, como essa do assalto ao metrô.

Na realidade, as ditas ‘economias de mercado’, acalentadas no discurso tucano, debatem-se hoje estruturalmente com o assalto da escala capitalista, que capturou todas as instancias da sociedade e, por decorrência, a própria soberania de governos e nações.

‘Globalização’ é o nome fantasia desse agigantamento do capital que desafia partidos, urnas e povos, subtraindo-lhes o direito de comandar o próprio desenvolvimento.

Não é um discurso.

Há um indicador que mede esse emparedamento: a ‘razão de concentração de mercados’.

Ela indica o quanto um setor da economia é dominado pelos seus quatro maiores atores corporativos.

Nos EUA, por exemplo, o mercado de lâmpadas é 88,9% dominado pelo quarteto do setor.

E daí?

Um caso clássico na literatura econômica remete à decisão do cartel dos fabricantes de lâmpadas, em 1924, de limitar em 1000 horas a vida útil de seus produtos.

Já então, a tecnologia permitia esticar esse prazo a 2.500 horas.

A ganância não se restringe mais a fabricantes de lâmpadas.

Ela se tornou infecciosa, açambarcando boa parte da economia, desde a produção de cerveja, sucrilhos, aviões ou vagões de metrôs.

E não só na esfera produtiva.

A exemplo do que acontece no resto do mundo, o cartel mais poderoso no Brasil, hoje, tem nome e endereço conhecidos.

Chama-se Febraban, reúne os grandes banqueiros do país, administra os spreads cobrados da população e arregaça os caninos quando o Estado interfere no seu negócio.

O ganho econômico auferido dessa forma é facilmente identificável em exemplos como os da obsolescência das lâmpadas, o custo do crédito ou o ‘plus’ no caso do metrô.

Mas existe algo ao mesmo tempo mais significativo e menos transparente a ligar todas essas manifestações.

Trata-se da pertinência emergencial do planejamento econômico na sociedade contemporânea.

A escala atingida pelas grandes concentrações oligopolistas não pode mais ser ativada racionalmente sem planejamento.

O risco é a autodestruição produtiva, de um lado; ou a espoliação da sociedade, de outro.

Quem fará esse planejamento é uma das grandes questões da luta democrática em nosso tempo.

Ela permeou a disputa presidencial em 2002, 2006 e 2010.

Permeará igualmente a de 2014.

A reação irritada dos tucanos contra o CADE, que investiga o abuso do poder econômico contra a sociedade, nas licitações de São Paulo, resume o lado do PSDB nessa disjuntiva histórica.

Ao tucanato conceda-se o mérito da coerência.

O Estado mínimo que tem no PSDB um centurião canino é o regaço histórico dessa modalidade de planejamento do capital contra a sociedade.

Ou da sociedade a serviço do capital.

O caso do metrô, devidamente investigado, poderá se revelar uma pedagógica ilustração dessa mecânica, que desautoriza o cuore neoliberal nos seus próprios termos.

A ver.


Postado por Saul Leblon às 05:08

Fonte: CARTA MAIOR

Estatuto da Juventude é sancionado nesta segunda-feira

Lei garante acesso a direitos básicos e traz como novidades o direito à meia passagem e meia entrada em eventos culturais para jovens de baixa renda.


Depois de quase dez anos de tramitação, no dia 9 de julho foi aprovado no Congresso Nacional o Estatuto da Juventude. A lei estabelece direitos e políticas públicas voltadas à população entre 15 e 29 anos.

Foi sancionado nesta segunda-feira (5), o Estatuto da Juventude, aprovado em julho pelo Congresso Nacional. O estatuto trata dos direitos da população jovem entre 15 a 29 anos, além de definir os princípios e diretrizes para o fortalecimento e a organização das políticas de juventude, em âmbito federal, estadual e municipal. Atualmente, existem cerca de 51 milhões de brasileiros e brasileiras considerados jovens, maior número já registrado no país.

O Estatuto faz com que os direitos já previstos em lei sejam aprofundados para atender às necessidades específicas dos jovens, respeitando as suas trajetórias e diversidade. Por outro lado, faz com que novos direitos como os direitos à participação social, ao território, à livre orientação sexual e à sustentabilidade sejam assegurados pela legislação.

Além de fortalecer as políticas para juventude, o Estatuto também garante a criação de espaços para ouvir a juventude, estimulando sua participação nos processos decisórios, para isto será obrigatória a criação dos Conselhos Estaduais e Municipais de Juventude.

Estatuto
As principais novidades do Estatuto são o direito de estudantes a pagar meia passagem nos ônibus interestaduais e direito a meia entrada em atividades culturais para jovens de baixa renda (com renda familiar de até 2 salários mínimos). Em cada evento, os produtores poderão limitar em 40% o percentual de ingressos vendidos com desconto, para ambos os públicos. Os jovens de baixa renda e estudantes que estiverem além deste percentual não terão o direito.

A lei também estabelece, de forma mais genérica, acesso a direitos básicos, como justiça, educação, saúde, lazer, transporte público, esporte, liberdade de expressão e trabalho. Institui o Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve), cujas competências serão definidas posteriormente.
Alguns dos princípios do estatuto são os de promoção da sua autonomia, valorização da participação social e política, promoção da criatividade, do bem-estar e do desenvolvimento, respeito à identidade e diversidade e promoção de uma vida segura e sem discriminação.

Fonte: EM QUESTÃO

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Sobre o PT, a esquerda e as massas

Enviado por luisnassif, qui, 01/08/2013 - 11:31
Por Diogo Costa

SOBRE O PARTIDO DOS TRABALHADORES, A ESQUERDA E AS MASSAS - Volta e meia surgem vozes do senso comum a dizer que o PT se "divorciou" dos movimentos sociais, estudantis, dos sindicatos, das ruas e das massas, etc. É mesmo? Vejamos.

-O PSTU existe há vinte anos, disputou três eleições presidenciais e na última, em 2010, fez 0,08% dos votos.
-O PCO existe há dezoito anos, disputou três eleições presidenciais e na última, em 2010, fez 0,01% dos votos.
-O PSOL existe há oito anos, disputou duas eleições presidenciais e na última, em 2010, fez 0,87% dos votos.
-O PCB existe há noventa e um anos, depois da briga com o oportunista, renegado e quinta-coluna Roberto Freire (PPS), nos anos 90, disputou uma única eleição presidencial, em 2010. Fez 0,04% dos votos.

O PSTU, o PCO e o PCB até hoje não conseguiram eleger um mísero deputado federal sequer. O PSOL hoje conta com a "imensa" bancada de três deputados federais... É o PT que se "divorciou" das ruas ou são os outros partidos de esquerda aqui citados que infelizmente só convencem as paredes de seus próprios quartos?

Quem está dissociado das massas populares, é o PT? Não foi por acaso o PT que fez em 16% dos votos no primeiro turno da disputa em 1989? E 24% em 1994, e 32% em 1998, bem como conseguiu fazer 46% em 2002, 48% em 2006 e 47% em 2010? E uns e outros ainda tem coragem de dizer que o Partido dos Trabalhadores "se afastou das massas"!Quem sabe vamos lutar para eleger o Zé Maria do PSTU, em 2014, e cobrar dele que faça todas as reformas que a esquerda defende desde sempre! Não seria uma beleza? Lembro apenas que o PSTU não tem um único parlamentar no Congresso Nacional, talvez consiga fazer as reformas com uma varinha mágica de condão!

O PT (que alguns pensam equivocadamente ter a força do PSUV), infelizmente não tem sequer 1/6 dos parlamentares no Congresso Nacional! Como não ter um governo de coalizão dentro deste cenário?

Esse é o dilema!

Quando o PSOL, o PSTU, o PCO e o PCB elegerem uns 20 ou 25 deputados federais cada um, aí a correlação de forças no parlamento começará a mudar... Aliás:

-Porque cargas d'água o PSTU, que existe há 20 anos, não consegue eleger um único deputado federal?
-Porque cargas d'água o PCO, que existe há 18 anos, não consegue eleger um único deputado federal?
-Porque cargas d'água o PCB, que existe há 91 anos, não consegue eleger um único deputado federal?
-Porque cargas d'água o PSOL, que existe há 08 anos, não consegue eleger mais do que a "imensa" bancada de 03 deputados federais?
-Porque estes partidos de esquerda não conseguem se aproximar das massas?

Lamentavelmente, urge constatar que tirando o PT, que é um partido de massas, os outros partidos de esquerda no Brasil infelizmente não falam às massas, não alcançam as massas e não tem base social real. Somados, são menores do que o PT era em 1982, há incríveis 31 anos já passados!

Sabendo que o PT tem apenas 1/6 do parlamento, forçosamente isso quer dizer que os outros 5/6 do parlamento estariam, em tese, em disputa para os outros partidos de esquerda. No entanto, esses partidos não conseguem aumentar a sua base social e, somados, elegem apenas 03 deputados federais. Isso é um sintoma incontestável de que a tática e o discurso desses partidos culmina, ao fim e ao cabo, em sectarismo e principismo, logo, não dialogam com a vida real do povo brasileiro.

Na prática, vislumbra-se o quão equivocada é a tática atual do PSOL, do PSTU, do PCO e do PCB. Essa tática de bater violentamente no PT, para tentar ficar com nacos de suas bases, é contraproducente e infantil. Primeiro, porque com essa tática não disputam os já famosos 5/6 dos votos que os brasileiros não conferem ao PT para o parlamento. Segundo, porque obviamente essa tática apenas fraciona (ou tenta fracionar) os já parcos 1/6 de votos parlamentares que o PT tem.

O problema das esquerdas em Pindorama, infelizmente, segue sendo o sectarismo pueril. O PSOL chama o PT de traidor. O PSTU chama o PSOL de pelego. O PCO chama o PSTU de renegado. E o PCB diz que todos esses são burgueses e que somente ele é que representa a vanguarda do proletariado! Enquanto isso, o PT segue sendo o único partido de esquerda de massas no Brasil e os outros continuam brigando entre si, sem base social real e cada vez mais principistas, dogmáticos e sectários!

Enquanto ficarem só na crítica e elegerem, em conjunto, a "imensa" bancada de três deputados federais, pouca coisa vai avançar! Esses partidos não são a 'vanguarda' da classe operária no Brasil? Porque em 2010, somados, fizeram somente 01% dos votos na eleição presidencial?

Enfim, lamento ter que repetir isso pela milésima vez. Muitos certamente não irão gostar. Paciência... O Partido dos Trabalhadores é o único partido de massas no Brasil atual, gostem ou não os seus habituais detratores!

Entendem agora o porquê da luta inglória do PT contra as forças que sempre dominaram este país? Onde está a esquerda que "não se divorciou" das massas para ajudar o PT a fazer as transformações sociais? A verdade nua e crua é que temos partidos de esquerda que não alcançam a grande massa da população brasileira, eles é que precisam encontrar e convencer a massa, não o PT!

Quanto ao PT, segue a sua luta desigual, onde tem apenas 1/6 dos parlamentares no Congresso Nacional. Onde é a cabeça de um governo de coalizão, eivado de contradições, justamente porque a esquerda que se pretende revolucionária elege, em conjunto, a "imensa" bancada de três deputados federais...

Finalmente, constata-se que entre o sonho e a realidade vai um longo caminho a ser percorrido. Espero que os protestos do mês de junho de 2013 se traduzam em algo de concreto para 2014, no que tange ao parlamento nacional.


As ruas são importantíssimas, mas, para desespero de alguns, ainda continuam sendo necessários os votos de 50% dos deputados e senadores para se aprovar um simples projeto de lei. E 60% de votos no Congresso Nacional para se aprovar Emendas Constitucionais.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Saiu o Pagina13 de agosto

Prezados leitores e leitoras do blog, o jornal Página 13, publicação da tendência interna do Partido dos Trabalhadores, Articulação de Esquerda, acaba de sair, confira a edição digital clicando no link abaixo: