sexta-feira, 30 de março de 2012

Aécio ataca Dilma e o PT

Vamos tentar entender: Se o maior argumento dos que defendem aliança com Lacerda e seu PSDB é o projeto nacional, como é possível subir no palanque com aquele que ataca o PT e Dilma o tempo todo?

Aécio Neves critica governo Dilma e ataca 'regime do improviso'

Em seu pronunciamento, o senador também destacou a descontinuidade da autoridade central construída nos 8 anos do governo Lula e sublinhou a recente crise na base aliada do governo
28/03/12, 21:14
O
senador Aécio Neves (PSDB-MG) não poupou a presidente Dilma Rousseff de duras críticas realizadas em discurso nesta quarta-feira, 28, no plenário do Senado. Na avaliação do senador, o primeiro ano de gestão da presidente ficou aquém do que se projetou em todos os setores, além de não ter apresentado um projeto ao País. "Para onde quer que se olhe, o cenário é desolador", afirmou. Para ele, o Brasil é governado sob regime do improviso.

Aécio Neves disse que a presidente, em vez de se mostrar uma gestora implacável, tem mostrado incapacidade de dar soluções ao País. "Vendeu-se a imagem de uma gestora impecável e impositiva, que por si só seria capaz de tomar heroicamente as rédeas do País e transformar em realidade os tantos sonhos prometidos em vão."
Em seu pronunciamento, o senador também destacou a descontinuidade da autoridade central construída nos 8 anos do governo Lula e sublinhou a recente crise na base aliada do governo. "A presidente estaria refém do seu próprio governo. É como se não tivesse sido a autoridade central nos oito anos da administração anterior. É como se ela não houvesse, de próprio punho e com a sua consciência, colocado de pé o atual governo, com as suas incoerências e incongruências irremediáveis", apontou Aécio.
Aécio disse ainda que a presidente abriu mão de conquistas, como a a alta popularidade, para conseguir fidelidade de seus aliados. O senador relembrou dos inúmeros escândalos que despontaram na gestão. "Os escândalos se sobrepuseram em recorde de ministros caídos sob grave suspeição, enquanto avançou à luz do dia - e sem quaisquer constrangimentos - o gravíssimo aparelhamento partidário da máquina governamental".
Tempo esgotado. O pré-candidato tucano falou durante 15 minutos e não concedeu aparte para conseguir concluir um discurso de cinco páginas e meia. No início da sessão plenária, antes da ordem do dia, os oradores inscritos têm apenas dez minutos para discursar. Na presidência da Casa, a senadora Marta Suplicy tocou insistentemente a campainha, por cinco vezes, para lembrar Aécio que seu tempo estava esgotado. Encerrado o discurso, ela teve de ouvir os protestos do senador tucano Mário Couto (PA), que lhe cobrou o tratamento diferenciado concedido ao presidente do Senado, José Sarney. Há 20 dias, quando Sarney subiu à tribuna para fazer um discurso segurança, a presidente em exercício Marta Suplicy foi bem mais flexível, concedendo 45 minutos.
"Aqui não tem regimento. Para o Sarney ela desligou o cronômetro. O Aécio ela não deixa falar", reclamou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PB). Diante dos protestos, Marta assumiu a diferença de tratamento: "Fiz uma liberalidade com o senador Aécio, agora; e uma liberalidade com o presidente Sarney, por decisão própria". Mário Couto reagiu aos gritos. "A senhora manda e desmanda, faz o que quer?", indagou Couto, ao que Jarbas completou: "É o PT que faz o que quer. Querem fazer o Senado de idiota."

Vereadores de BH só conversam na hora de pedir o voto?

Maracutaia na Câmara Municipal de Belo Horizonte, porque os vereadores não querem discutir com a população a polêmica da Pampulha?
Só conversam com o povo na hora de pedir o voto? Vergonha!
Manobra impede reunião popular sobre a Pampulha
Objetivo foi poupar Compur de dar explicações sobre liberação de obras
IANE CHAVES
Especial para O Tempo
Uma reunião marcada às pressas por vereadores da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara Municipal desmarcou, com apenas quatro horas de antecedência, a audiência pública que discutiria o projeto que alterou a altimetria numa parte da Área de Diretrizes Especiais (ADE) da Pampulha.


A audiência tinha como objetivo ouvir do Conselho Municipal de Políticas Urbanas (Compur) e da própria prefeitura as justificativas para a aprovação, no último dia 1º, do projeto de construção de dois hotéis de 13 andares no bairro São Luiz.


A reunião, que adiou por tempo indeterminado a discussão, foi solicitada pelo presidente da comissão, vereador Autair Gomes (PSC). O encontro de ontem aconteceu sem até mesmo entrar na pauta de reunião da Câmara.


Autair Gomes usou um argumento, previsto no regimento da Câmara, que liberava a necessidade de convocação de todos os membros da comissão. O objetivo do encontro às pressas, denunciaram fontes da Casa, foi poupar membros do Compur e da prefeitura dos questionamentos da população em relação a liberação dos hotéis numa área que antes só podiam ser construídos prédios de até 9 m. Os empreendimentos terão 40 m.


Além de Autair Gomes, Tarcísio Caixeta (PT), líder de governo, e Bruno Miranda (PDT), vice-líder, foram os únicos a completar o quórum mínimo. Em menos de 20 minutos eles aprovaram a decisão. "Essa audiência seria só mais uma manifestação popular, que não levaria a resultado algum", disse Autair Gomes.


Os vereadores Leonardo Mattos (PV) e Elaine Matozinhos (PTB), que também fazem parte da comissão, sequer foram convocados. "Isso é um absurdo. Foi uma tentativa de abortar uma voz contrária ao adiamento", disse Mattos.


O vereador Iran Barbosa (PMDB) questionou a manobra. "A audiência seria baseada nos próprios relatórios do Compur, que aprovou os empreendimentos".
Membros do conselho atestam decisão
No mesmo dia em que a manobra de três vereadores conseguiu suspender a participação popular na discussão sobre a Pampulha, a ata da reunião do Compur, de 1º de março, que autorizou a construção dos dois hotéis na ADE Pampulha foi aprovada por membros do conselho. O encontro de ontem foi a primeira reunião do conselho desde que os empreendimentos foram aprovados.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento informou que todos os 19 conselheiros aprovaram o conteúdo da reunião que liberou os hotéis.


Apesar disso, moradores da Pampulha afirmam que não vão desistir de barrar os empreendimentos. "Vamos continuar lutando", disse o presidente da Associação dos Amigos da Pampulha, Flávio Campos. (IC)

Fonte: O TEMPO

Roberto Carvalho usa militância para frear avanço tucano

Estratégia é a de usar os petistas para fazer Lacerda vetar aliança com PSDB


FOTO: CARLOS ROBERTO














Vice-prefeito diz que Executiva nacional recebeu “interpretação política” da resolução votada

O vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) se reuniu nesta quinta-feira (29) com aliados petistas para reabrir a discussão em torno da proposta de candidatura própria. Segundo o petista, reabrir o debate é o próximo passo caso o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), opte por manter o PSDB na aliança. O socialista tem até o dia 15 para dar seu parecer. Apesar disso, na última quarta-feira, Lacerda declarou que não irá voltar atrás na aliança com os tucanos.

“A resolução não deixa margem de dúvida. Ou o prefeito Marcio Lacerda acata a todos os pontos da resolução ou reabriremos a discussão pela candidatura própria”, declarou o vice-prefeito, que fez um apelo à militância.

“Espero que todos mantenham sua palavra e apoiem o que realmente votaram no encontro do PT”. Segundo o vice-prefeito, o PT municipal encaminhou ao prefeito, ao presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos (PE), e ao presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, a resolução aprovada com um texto político anexo contendo a interpretação dos petistas sobre o documento.

Apesar da polêmica envolvendo a resolução do PT, editada no último domingo, petistas ligados à Executiva nacional garantem que todo o texto foi redigido exatamente como desejou o PT, em Brasília. Segundo uma fonte, o documento embasa o acordo firmado entre o PSB e os petistas para o pleito deste ano.

O petista garante que a resolução deixa a cargo de Lacerda a decisão de manter o PSDB na aliança. “A direção não fez nada para influenciar o resultado do encontro, mas tudo saiu como previsto. Se a decisão não tivesse sido favorável, aí sim, a nacional iria dar um jeito de garantir o resultado por aqui”, declarou o petista.

Os “aliancistas” garantem que o artigo 3º da resolução deixa para Lacerda a decisão de manter ou não o PSDB. Diz o artigo: “Proclamar que dentre os pontos a serem discutidos com os partidos e candidato a prefeito três deles são de natureza fundamental, portanto, obrigatoriamente considerados na formação dos acordos político-eleitorais com o PT BH em 2012”. De acordo com um dos “aliancista”, a palavra “considerados” obriga o prefeito a somente considerar os três pontos da resolução, mas não acatar aos três pontos.

“Considerar (os três pontos) eu tenho certeza que Lacerda vai, mas ele pode não acatar. Essa é a brecha”, declarou a fonte.
Os três pontos apresentados no documento são: coligação proporcional entre o PSB e o PT, nome do vice-prefeito indicado pelo PT e a não participação na coligação de partidos de oposição ao governo federal, como PSDB, DEM e PPS.

Fonte: HOJE EM DIA

quinta-feira, 29 de março de 2012

PSB confirma tucanos na chapa em Belo Horizonte

Direção do PSB não abre mão da presença formal do PSDB na aliança encabeçada pelo prefeito Marcio Lacerda, contrariando o PT. Socialistas dizem que o importante é o programa de governo
Bertha Maakaroun

A recomendação do PT ao PSB para que os tucanos sejam vetados na coligação em torno da reeleição de Marcio Lacerda (PSB) na disputa à Prefeitura de Belo Horizonte não será atendida. O PSB considera irreversível a aliança formal com o PSDB. "O que nós temos de concreto é que essa aliança está funcionando muito bem na prefeitura. Você tem aqui o secretário de Obras do PT e o secretário de Saúde do PSDB que trabalharam de forma harmônica nesse projeto. O projeto está de pé. Aqui dentro não há nenhum acirramento de ambos", afirmou nessa quarta-feira Marcio Lacerda.

Na mesma linha de argumentação, os vereadores socialistas e o presidente municipal da legenda declararam ontem que não abrem mão da presença dos dois partidos na coligação. "Desde o final do ano passado temos manifestado que fazemos questão absoluta de ter o PT e o PSDB na coligação. Ao PT caberia a indicação do vice da chapa e o PSDB participaria formalmente desta vez", considerou João Marcos, presidente municipal do PSB.

Evitando falar em "veto" a partidos, o vereador Alexandre Gomes (PSB) saiu pela tangente. "O grande problema não é vetar um ou outro partido. A preocupação tem de ser não de quem vai governar, mas como a cidade será governada", assinalou Gomes. Segundo ele, Marcio Lacerda tem cumprido o seu programa de governo não só com a participação do PT, mas sobretudo em atenção aos programas que o partido determinou. "Muitas das críticas que o PT tem feito ao governo Lacerda, atribuindo ao PSDB a responsabilidade, são em áreas encabeçadas por petistas. O segmento da educação e a área social do governo são exemplos disso", afirmou o vereador.

Para Alexandre Gomes, o mais importante é que o PT discuta os pontos programáticos que deseja incluir na plataforma de Lacerda. "O PT tem de ficar preocupado em criar com o PSB um programa de governo que dê continuidade ao que está sendo feito", disse. "O PSDB já foi convidado a ingressar a aliança no ano passado. Seria deselegante a executiva do partido ou mesmo o prefeito desconvidá-lo", acrescentou Alexandre Gomes.

Opinião semelhante manifestou o vereador Fábio Caldeira (PSB). "Acho muito rico e interessante o processo de deliberação no PT, um processo democrático. Mas o próprio Eduardo Campos (presidente nacional do PSB) fez o convite ao PSDB para participar formalmente da aliança", sustentou Caldeira. Para o vereador, o PT aprovou uma "recomendação" ao PSB, e não um veto aos tucanos. "Essa recomendação não suscitará nenhum tipo de questionamento em outras instâncias diante do fato consumado que é a presença do PSDB na coligação. Essa questão precisa ser sacramentada logo, porque precisamos iniciar a conversa com os partidos da aliança para a construção do programa de governo", assinalou Caldeira.

Desejo

Não apenas reivindicada por petistas, mas também por tucanos, a coligação com o PSB para a eleição à Câmara Municipal não é desejada pelos socialistas, principalmente pelos próprios vereadores, que serão beneficiados pelo voto de legenda com a candidatura majoritária de Marcio Lacerda. "Já há decisão do Congresso Municipal do PSB contra a coligação proporcional", afirmou Fábio Caldeira.

Menos contundente, o presidente municipal do PSB, João Marcos, abriu a possibilidade de interlocução sobre a coligação proporcional, para sugerir em seguida que ela não é desejada por seu partido. "Vamos ter de sentar e conversar. Mas não apenas o PT e o PSDB, todos os outros da coligação manifestaram interesse em se coligar para vereador com o PSB, como o PDT, o PMN e o PR. Agora, tem que ser bom para os dois lados", desconversou João Marcos.

Fonte: ESTADO DE MINAS

quarta-feira, 28 de março de 2012

Tucano alfineta petistas sobre aliança em Belo Horizonte

"Nós é que não sabemos se o PT vai estar na chapa", dispara João Leite

A decisão do PT municipal de recomendar ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que retire o PSDB da chapa com que concorrerá à reeleição em outubro irritou os tucanos, que não perderam a oportunidade de alfinetar os rivais históricos. "O PT nem está na aliança ainda, não conseguem se entender nem entre eles. Nós já estamos", afirmou o presidente do PSDB da capital, deputado estadual João Leite. O parlamentar considerou "jogo de cena" a resolução aprovada no domingo pelos petistas, que deram até 15 de abril para o prefeito se posicionar sobre uma possível exclusão do PSDB.

Para João Leite, a exigência é um teatro. "O presidente Lula já os mandou apoiarem o PSB na aliança conosco aqui." Além disso, segundo o tucano, o PT não tem tamanho suficiente para fazer esse tipo de exigência. Leite citou as últimas eleições gerais em que o governador Antonio Anastasia (PSDB) foi reeleito em primeiro turno, derrotando a chapa que tinha o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias (PT) como vice. Também o presidenciável José Serra (PSDB), apesar de derrotado para a presidente Dilma Rousseff (PT), a venceu na capital mineira.

"Nós é que não sabemos se o PT vai estar na chapa. O presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, convidou o PSDB a fazer parte formalmente da aliança em BH. Sinalizamos isso para as bases e aceitamos", reforçou. O dirigente não acredita em um eventual recuo por parte dos socialistas e lembrou que está em negociação para compor também uma aliança entre PSB e PSDB na eleição para vereadores.

Contribuição

O deputado ironizou as articulações dos petistas, que devem decidir em abril quem será o nome do partido indicado para vice na chapa do prefeito. "Nem entraram no ônibus, não sabemos em que lugar vão sentar. Vão querer ser vice de novo para fazer oposição, como fez o Roberto Carvalho? Campanha contra o Lacerda mais quatro anos?", afirmou. Apesar de ser um dos mais ferrenhos opositores à gestão federal petista, João Leite disse que os tucanos não vetam a presença do PT na aliança. "Não vetamos ninguém. Se estiverem dispostos a contribuir com a cidade, aceitamos."

No domingo, os delegados do PT aprovaram a aliança com o prefeito Marcio Lacerda, mas colocaram como um dos pontos fundamentais a serem discutidos com ele a ausência dos partidos opositores de Dilma. Para parte do partido, isso foi interpretado apenas como uma recomendação. Já o vice-prefeito e presidente municipal do PT, Roberto Carvalho, rompido politicamente com Lacerda, afirma tratar-se de um prazo para o socialista optar entre petistas e tucanos. Ofício nesse sentido já foi enviado ao prefeito e ao PSB, segundo Carvalho.


Fonte: ESTADO DE MINAS

Ultradireita tenta reagir à pressão popular pela Comissão da Verdade

A convocação dos oficiais aposentados para um ato público em favor da ditadura militar, nesta quinta-feira às 15h, horário semelhante aos dos manifestantes que tomarão a Cinelândia em uma manifestação de apoio à Comissão da Verdade, ganha contornos de uma paródia ao enfrentamento nos moldes conhecidos durante os Anos de Chumbo. Por e-mail, em mensagens apócrifas, militares afastados das tropas por alcançar idades acima dos 65 anos, apresentar problemas de saúde ou psicológicos, usam dos velhos jargões dos governos ditatoriais na tentativa de convocar simpatizantes a uma campanha denominada Brasil acima de tudo.
Com base no manifesto em que os sócios do Clube Militar, instituição ligada à ultradireita, com sede no Centro da cidade, tentaram pressionar – sem sucesso – a presidente Dilma Rousseff para não seguir adiante com as investigações de abusos e tortura de prisioneiros durante o regime de 64, os indivíduos que já não usam mais a farda e passam o tempo entre uma e outra conspiração contra a democracia, apelam aos aliados daquela era na tentativa de arregimentar apoiadores à palestra do general Luiz Eduardo Rocha Paiva, figura conhecida nos porões dos antigos Doi-Codi e Cenimar, centros de referência na tortura e morte de prisioneiros políticos no Brasil.
“Creio ser um assombro a luta de alguns poucos no sentido de abrirem os olhos da sociedade! Eles serão mártires ou heróis desta luta insana! De qualquer forma, que Deus os ilumine pela verdadeira guerra que fazem com as armas da crítica e do esclarecimento. Se cometerem algum erro, que tenham a certeza, ele será irrelevante no contexto do bom combate que travam, pois seu alerta está sendo dado!”, diz o texto, apócrifo, do “chamamento” que distribuem na web. Segundo os organizadores, policiais alinhados à extrema direita, integrantes de clubes de serviço que, na época da ditadura, apoiaram o regime militar, membros do grupo fascista Tradição, Família e Propriedade (TFP) e maçons que apoiaram o regime imposto pela força das armas deveriam ser convocados para comparecer ao Clube Militar.
Na mensagem, ditam como cada um dos ex-integrantes das Forças Armadas deveria atuar, na busca de mobilizar alguns incautos para uma reação à Comissão da Verdade.
“1 – Para tirar cópia do chamamento (…) na copiadora – 15 minutos. Quem preferir gastar alguns centavos, tire cópias no comércio local e distribua pelo menos nas caixas de correspondência de seus edifícios.
“2 – Quantos parentes sem e-mail já foram contatados pelo telefone? – 30 minutos;
“3 – Já telefonaram ou passaram e-mails para os conhecidos das (sic) polícias militares? – 15 minutos;
“O “LIONS” e o “ROTARY” da cidade já estão por dentro da campanha, telefonema ou e-mail? 10/15 minutos;
“4- A “loja maçônica” da cidade já está por dentro da campanha, telefonema ou e-mail? – 10/15 minutos”.
A mensagem, sem nenhuma assinatura, em tom de ameaça, alega ainda que os antigos militares não podem “entregar o ouro ao bandido vermelho, de graça”, talvez em referência à ação guerrilheira do Partido Comunista do Brasil e de outras vanguardas revolucionárias da resistência, que terminaram por determinar o fim da ditadura no país, com o apoio de toda a sociedade civil. Ainda segundo o texto, “depende das comunicação que vocês lograrem, por e-mail ou telefone, com os “LlONS’, ‘ROTARY’, ‘lojas maçônicas’, ‘TFP’ e assemelhados”, sem citar o que seriam estes últimos.
Sem dentes
Para alguns dos organizadores da manifestação, convocada pelas redes sociais em uma mensagem transmitida, por vídeo, pelo cineasta Silvio Tendler, essas “manifestações malucas que circulam pela internet” não significam um perigo real para a realização do ato convocado para as 14h, em frente ao Clube Militar, na Avenida Rio Branco, nesta quinta-feira.
– São leões sem dentes. Rugem, fazem barulho, mas já não mordem mais ninguém – concluiu um dos ativistas, que prefere não se identificar “para não jogar mais lenha na fogueira”.
Procurado pelo CdB, o presidente do Clube Militar, general aposentado Renato Cesar Tibau da Costa, sequer respondeu às ligações.

Fonte: Correio do Brasil

Em 2011, País registra 73,6 milhões de vínculos formais de trabalho e 8,3 milhões de empresas

Na Relação Anual de Informações Sociais de 2010 foram 66,3 milhões de trabalhadores e 7,7 milhões de empregadores

Cerca de 8,3 milhões de empregadores em todo o País encaminharam a declaração da Relação Anual de Informações Sociais (Rais/2011) e foram informados cerca de 73,6 milhões de vínculos empregatícios ativos e inativos. Na Rais 2010, 7,7 milhões de estabelecimentos enviaram informações sobre 66,3 milhões de vínculos, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os números confirmam as tendências apontadas nas pesquisas de um aumento da formalização do mercado de trabalho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, afirma que a proporção de pessoas ocupadas com carteira assinada saltou de 45,5% para 53,6%, entre 2002 e 2011 (na média anual).
Dados - As informações captadas sobre o mercado de trabalho formal referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos e temporários, subsidiam o monitoramento, análise e avaliação do mercado formal de trabalho e alimentam a formulação de políticas públicas. A Rais é, por exemplo, o único instrumento do governo para identificação dos trabalhadores com direito ao Abono Salarial. 
Os dados coletados da Rais, utilizados pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a Previdência Social, auxiliam na definição das políticas de formação de mão de obra, geram estatísticas sobre o mercado de trabalho formal e prestam subsídios ao Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE e às pesquisas domiciliares.
Além dos dados de todos os trabalhadores que estavam formalmente empregados em 31 de dezembro de 2011, as empresas e órgãos públicos enviaram informações sobre trabalhadores que se aposentaram, morreram e os que foram dispensados ou pediram demissão.
Os dados recebidos serão depurados para evitar duplicidade e gerarão relatórios segundo, por exemplo, remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade. Os dados dos estabelecimentos são relativos à atividade econômica e área geográfica.

Para fazer a declaração 
O prazo para a entrega dos documentos foi encerrado na última sexta-feira (23). A entrega da Rais é isenta de tarifas. As empresas que não fizeram a declaração até o dia 23 podem enviar as informações com atraso, mas ficarão sujeitas à multa prevista no artigo 25 da Lei 7.998, de 1990. O valor cobrado será a partir de R$ 425,64, acrescidos de R$ 106,40 por bimestre de atraso, contados até a data de entrega da Rais respectiva ou da lavratura do auto de infração, que não isenta o empregador da obrigatoriedade de prestar as informações ao MTE.
Todos os estabelecimentos existentes no território nacional devem declarar, mesmo em atraso, pela internet, nos endereços: portal.mte.gov.br/rais e www.rais.gov.br. Os estabelecimentos ou entidades que não tiveram vínculos laborais no ano-base deverão declarar a opção Rais Negativa.

Fonte: EM QUESTÃO

Confira a resolução aprovada pelo PT no Encontro do partido


Art. 1º - Fica aprovada a coligação com PSB para apoiar a candidatura Marcio Lacerda a Prefeito de Belo Horizonte, nos termos desta resolução.

Art. 2º - O Encontro de Tática Eleitoral do PT BH recomenda ao DM PT BH a imediata constituição de seu GTE 2012, a ser formado por onze membros, dentre os quais, para também o presidir, o Presidente Municipal do Partido, observando na composição do conjunto de seus membros a proporcionalidade da votação obtida pelas chapas, ou de agrupamentos de chapas que para este fim vier a se formar, por decisão de seus representantes, a quem caberá também indicar seus membros.

§1° - Caberá ao GTE, de maneira especial e sem prejuízo de suas demais atribuições, organizar o debate político interno, envolvendo as bases sociais e partidárias, preparando sua realização no próximo encontro municipal incluindo:
a) Avaliação das políticas públicas municipais ora em andamento;
b) As propostas petistas para o município a serem incluídos na plataforma do candidato;
c) Os compromissos com a democracia na gestão pública;
d) A repactuação das relações PT-PSB no plano da Administração da PBH;
e) Os pontos políticos/programáticos a serem levados aos partidos que pretendemos coligar e a seu candidato a prefeito para com eles discutir e acertar o conjunto dos temas relacionados às eleições.
§2° - As decisões previstas no parágrafo anterior terão obrigatoriamente como base o texto “REPACTUAR DEMOCRATICAMENTE”, assinado pelas chapas 102 e 103 sobre o qual se aporão emendas para sua aprovação final no próximo período.
§3° - Caberá também ao GTE, em colaboração com a CEM, estabelecer o diálogo com os demais partidos em torno dos compromissos com o PT, notadamente na plataforma eleitoral que deverá estar coerente com os rumos do governo federal, onde se aliam PT e PSB, rumos esses contrários ao bloco de oposição.

Art. 3º - Proclamar que dentre os pontos a serem discutidos com os partidos e candidato a prefeito três deles são de natureza fundamental, portanto obrigatoriamente considerados na formação dos acordos político-eleitorais com o PT BH em 2012, a saber:
a) Acolher a coligação majoritária com o PSB sendo o candidato a Vice - prefeito indicado pelo PT;
b) Reiterar a não participação nessa coligação de partidos políticos que se opõe – PSDB, PPS, DEM -, ou que no curso do processo venham a se opor, ao governo Dilma Rousseff;
c) Estabelecer a coligação PT-PSB na chapa de candidatos a vereadores como desdobramento necessário ao apoio dado ao PSB e conseqüente contrapartida às perdas de legenda petistas na eventualidade da ausência de candidatura própria.

Art. 4º - Chamar a Direção Nacional e estadual do PT a se integrar no esforço de implementação da Tática Eleitoral do PT BH, sobre tudo, a primeira, assumindo a responsabilidade sobre a construção dos três pontos listados como fundamentais, inclusive lançando mãos das variáveis supra-municipais e supra-estaduais todas elas a seu alcance.

Art. 5º - Marcar o Encontro de Escolha de Candidatos para o dia 15 de abril, domingo.
§1° - fica também esta data definida como prazo limite para que os partidos e o candidato a prefeito se manifestem com clareza absoluta e antes do inicio do Encontro, acerca dos temas respectivos ao Encontro, já listados no Art. 3º.
§2º - Se aplica a observância do prazo estabelecido no parágrafo anterior ao disposto no Art. 4º, relativo à Direção Nacional do PT.

Belo Horizonte, 25 de março de 2012

ENCONTRO MUNICIPAL DE POLITICA DE ALIANÇAS E TÁTICA ELEITORAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DE BELO HORIZONTE, REALIZADO EM 25 DE MARÇO DE 2012.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Retórica petista vira alvo de crítica do PSDB em Minas

Já tava tudo acertado?



Bertha Maakaroun -
Publicação: 26/03/2012 08:48 Atualização: 26/03/2012 08:49
 
O presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana, disse ontem que a recomendação do PT ao PSB para o veto aos tucanos na aliança é uma demarcação de campo político, mas de efeito apenas retórico. “É para o público interno de petistas, de puro efeito retórico. Na prática, a presença formal do PSDB na aliança já é uma etapa vencida”, sustentou Pestana, lembrando que o acordo foi firmado em outubro do ano passado, durante um café da manhã na casa de Ana Arraes, mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos e presidente nacional do PSB. Desse encontro, participaram, além do governador Antonio Anastasia, o senador Aécio Neves, Marcus Pestana e o presidente estadual do PSB, Walfrido Mares Guia. “Lá foi acertado, foi oficializado o convite para a participação formal do PSDB na aliança e, para nós, esse assunto já é vencido”, acrescentou Pestana.

Depois de assinalar que apoia, em Ubá, uma composição entre petistas e tucanos – o prefeito Vadinho (PT) vai reeditar a chapa com o vice dr. Eduardo (PSDB) –, Pestana afirmou que é preciso que a aliança em Belo Horizonte seja assumida com transparência. “As pessoas devem ser informadas que Anastasia e Aécio estarão na televisão e no rádio pedindo votos para Lacerda. É importante que o PT não gere constrangimentos para a campanha. As coisas precisam ser ditas como são”, avisou o tucano.

Muito mais do que a decisão de reeditar a aliança em torno de Marcio Lacerda na sucessão à PBH, ao PSDB interessava a tese da candidatura própria, encabeçada pelo vice-prefeito Roberto Carvalho (PT), que está rompido com Marcio Lacerda. Não foram poucas as declarações de tucanos, às vésperas do encontro de petistas, que sugeriam ser o processo interno do PT um “jogo de cena”, uma vez que “Lula, quem mandava de fato, já havia decidido”. Além disso, o PSDB, em recente reunião com os partidos da base de Anastasia, anunciou que elegeria as cidades governadas pelo PT, além de municípios onde a legenda tem candidaturas competitivas, como prioritárias para o enfrentamento eleitoral em Minas.

Se o PT tivesse aprovado a tese da candidatura própria, o PSDB passaria à condição de principal aliado de Lacerda, indicando inclusive o vice-prefeito, o que poderia ter consequências políticas em 2014 na disputa ao Palácio da Liberdade. Com a candidatura de Aécio Neves à Presidência da República – e como Anastasia não poderá concorrer novamente, pois foi reeleito – Marcio Lacerda poderá vir a ser uma opção do PSDB. Nesse sentido, o vice da chapa ganha especial relevância. Por esse motivo, a vaga está disputada, mas agora, com o resultado do encontro de ontem, dentro do PT.
 

sexta-feira, 23 de março de 2012

Setor público tem cinco vezes mais recursos para produção de medicamentos estratégicos

Investimento de R$ 250 mi em 2012 irá para recursos humanos e infraestrutura

Com investimento de R$ 250 milhões, cinco vezes mais do que a média dos últimos 12 anos (veja tabela), a rede pública de laboratórios para fabricar nacionalmente remédios estratégicos, com qualidade internacional, será fortalecida para ampliar a capacidade produtiva e seu papel de regulação de mercado. O Programa Investimento no Complexo Industrial da Saúde (Procis) vai investir em infraestrutura e mão-de-obra de 18 laboratórios públicos - como Bio-Manguinhos (RJ), que produz biofármacos e vacinas e o Lafepe (PE), que faz medicamentos.

O Procis vai investir R$2 bilhões até 2014, R$ 1 bilhão pelo governo federal e R$ 1 bilhão em contrapartidas dos governos estaduais. De 2000 a 2011, o investimento anual médio foi de R$ 42 milhões e um total de R$ 512 milhões. Ao estimular a produção pública, o desenvolvimento tecnológico e a parceria com o setor privado, o objetivo é a produção local de produtos de alto custo ou de grande impacto sanitário e social. “O fortalecimento dos laboratórios públicos é essencial para a capacitação tecnológica e competitividade do País”, diz o secretário de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), Carlos Gadelha.

Regiões - Outro objetivo do Procis é a redução das desigualdades regionais a partir do estímulo ao fortalecimento dos laboratórios em diversas regiões do país. O programa também prevê ampliação nas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), incluindo transferência de tecnologia entre laboratórios privados e públicos. Em 2012, devem ser consolidadas nove novas PDPs, e pelo menos 20 novas parcerias devem ser estabelecidas nos próximos quatro anos.
As parcerias incluem a fabricação de produtos biológicos (para artrite reumatoide, doenças genéticas e oncológicos), medicamentos para as chamadas “doenças negligenciadas”. Estas, são as enfermidades que - em geral - atingem populações de países menos desenvolvidos e despertam menos interesse da indústria farmacêutica e, ainda, a produção de equipamentos, principalmente na área de órteses e próteses.

Produção - Atualmente, há 29 parcerias para a produção de 30 produtos finais - sendo 28 medicamentos mais o dispositivo intrauterino (DIU) e um kit de diagnóstico para pré-natal - que envolvem 32 laboratórios (10 públicos e 22 privados nacionais e estrangeiros), 13 estrangeiros e 11 nacionais. 
Essas ações levam a uma economia de R$ 400 milhões por ano em compras públicas, porém, esse número pode ser elevado a R$ 1,7 bilhão por ano, se for somado a ele a redução de custos por inovação tecnológica e melhor gestão de recursos em vacinas, negociações e centralização de compras. Em termos de divisas, são poupados U$ 700 milhões ao ano.

Programa visa segurança na saúde pública
A política de fomentar o desenvolvimento da capacidade produtiva da indústria farmoquímica e biotecnológica nacional tem três efeitos que dão segurança à saúde pública. Além de estimular o desenvolvimento de novos medicamentos, as medidas previstas pelo Ministério da Saúde possibilitam encomendar novas soluções tecnológicas, vinculadas a demandas específicas dos brasileiros. Em terceiro lugar, o apoio ao avanço científico e tecnológico pode ser feito de modo a reduzir as desigualdades regionais.


Fonte: EM QUESTÃO

quinta-feira, 22 de março de 2012

Ministério Público pede suspensão de repasse de verbas para PBH de Lacerda

Isso já é normal no governo Lacerda, mudanças de escopo em obras, mudança de local de obras do OP, como por exemplo a UPA Noroeste, agora mais essa denúncia.

Ministério das Cidades suspende repasse de verba para prefeitura de BH
Recursos destinam-se à construção de um galpão de reciclagem, cujo local de instalação foi alterado sem justificativa pela prefeitura
O Ministério das Cidades acatou recomendação do Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais e suspendeu a liberação de recursos para a implantação de um galpão de reciclagem no bairro Bonfim, região Noroeste da capital. O MPF questiona a decisão tomada pela Prefeitura de Belo Horizonte de alterar o local de construção do galpão sem qualquer consulta à comunidade local e às associações de catadores de papel, que manifestaram grande apreensão com a mudança.
A construção do galpão para triagem de materiais recicláveis foi aprovada pelo Comitê gestor do PAC, da Casa Civil da Presidência da República, que autorizou o repasse de R$ 2.075.854,97 para as obras e aquisição de equipamentos. O projeto prevê a instalação do galpão em terreno da Beneficência da Prefeitura situado no quarteirão formado pelas ruas Jaguarão, Caparão, Arceburgo e Serro, a 150 metros dos muros do cemitério do Bonfim. Ele terá capacidade para receber cerca de 20 toneladas/dia de materiais recicláveis e pode vir a empregar 120 trabalhadores (60 em cada turno).

Em comunicado ao MPF, representantes do Centro Nacional de Defesa de Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Material Reciclável (CNDDH) informaram que “a maioria dos beneficiados mora próximo à região do Bonfim, local onde trabalham há mais de 20 anos; sendo assim, a mudança provocaria o aumento das despesas dos associados com transporte, alimentação, entre outros prejuízos que acarretariam queda na qualidade de vida”. Disseram ainda que “a mudança para a BR-040 acarretaria gastos com carretos”, dificultando a continuidade do trabalho com os parceiros já consolidados na região do Bonfim.

Em audiência pública realizada em junho do ano passado, na Câmara Municipal, a própria comunidade manifestou interesse na implantação de um programa de coleta e reciclagem de materiais que pudesse promover a inclusão social de pessoas desfavorecidas que habitam aquela região, diminuindo, com isso, a delinquência, além de estimular a geração de trabalho e renda para famílias vulneráveis.

A SLU, contudo, afirma que a decisão de se alterar o local foi tomada pelo prefeito de Belo Horizonte devido “a uma série de manifestações dos moradores da região contrárias à instalação do galpão na área escolhida”. Na próxima quinta-feira (29) está marcada uma reunião no Ministério Público Federal para discutir a retomada do projeto no bairro Bonfim. O Ministério das Cidades já confirmou presença.

 
Ministério Público Federal em Minas Gerais
 
Fonte: O TEMPO

O PT e sua estratégia inteligente de cozinhar o tempo a seu modo

Brilho.
O PT e sua estratégia inteligente de cozinhar o tempo a seu modo
O PT se orgulha de seus trâmites democráticos. E tem mesmo motivo para isso. É um partido que dá voz, expressa por meio do voto, a todos seus filiados. Se não há consenso - quase nunca há, já que se trata de um grupo bastante heterogêneo e sectarizado -, qualquer peleja se decide com votação.

Mas, para realizar a eleição, é preciso votar e eleger os votantes. Antes disso, contudo, é necessário traçar um calendário para esses eventos. Só que, para definir as datas, são realizadas reuniões, reuniões e mais reuniões.

Por esse método, os petistas mineiros estão conduzindo o debate sobre apoiar o projeto de reeleição de Marcio Lacerda ou lançar candidato próprio a prefeito em Belo Horizonte.

A celeridade não é das virtudes mais evidentes da democracia. Ela é praticada feito cozimento de carne de bicho selvagem: fogo brando e constante.

Mas os processos internos no PT - e sua forma peculiar de lidar com o tempo - parecem que cozinham osso. A demora e a complexidade das tomadas de decisões podem intrigar o leitor/eleitor. No caso de outras legendas, meia dúzia de líderes se encontram para um almoço e saem do restaurante com a decisão pronta, ainda que malpassada. Mas o PT prima pela democracia.

É de se desconfiar que tamanha cerimônia civilizada não passe de uma inteligente estratégia de marketing. Quando o processo é doloroso, quem sai com a vitória ganha status de heroísmo. E o que merece o herói? Mesuras mil em um pedestal.

Enquanto os petistas sangram (será mesmo?) na defesa do recorte ideal de coligação (será mesmo?), as demais siglas seguem assistindo, a imprensa segue cobrindo e a cidade continua na expectativa. São todos os holofotes voltados para uma única estrela.


(João Gualberto Jr.)

Fonte: Jornal O Tempo - 22/03/2012

PSDB já escolheu o vice do PT para Lacerda?

Mais uma vez fica provado que a Aliança que o PT fez em 2008 com os tucanos foi o maior erro tático e estratégico da história do partido.
Parafraseando o presidente Lula “nunca na história desse país” o PT foi tão achincalhado, humilhado e agora é motivo de chacotas dos tucanos que postam nas redes sociais nomes de filiados do PT como preferenciais para o vice de Lacerda.
Domingo passado na apuração da eleição dos delegados na sede do partido, tucanos compareceram e comemoraram dentro do PT a vitória que para os Lacerdistas seria “de lavada”, mas que o resultado mostrou ser um empate técnico (40% a 42%).
Não duvido que se garantirem a vitória da Aliança com Lacerda e PSDB no próximo domingo, a fachada do prédio da Timbiras passe a contar também ao lado da Estrela uma ave brasileira que não é a pomba!

Para resgatar a dignidade do PT no domingo, só um caminho: Candidatura Própria já !

por Marco Aurélio Rocha

Veja a matéria do O Tempo:

2012
PSDB apoia Helvécio para vice e PT diz que é interferência
Declaração de Marcus Pestana no Twitter é recebida como provocação
Isabella Lacerda
A insinuação de que o PSDB de Minas teria preferência pelo nome do secretário de Atenção à Saúde do governo federal, Helvécio Magalhães (PT), para ser o candidato a vice na chapa do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), gerou um novo mal-estar entre petistas e tucanos da capital.

A declaração foi feita ontem pelo presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana, no Twitter. "Audiência pública na Comissão de Seguridade com o mineiro e futuro vice-prefeito de Belo Horizonte, Helvécio", disse o tucano. O próprio Lacerda já sinalizou preferência por Helvécio, considerado um nome mais técnico e que tem boa relação com o prefeito.

Pestana explica, porém, que fez apenas uma brincadeira. "O Helvécio é um ótimo nome. É apoiado pelo PSDB. Mas não acho nem que ele vai ser escolhido, já que ele ocupa, hoje, um papel de destaque no governo (federal)".

Apesar da justificativa, a afirmação repercutiu mal entre as lideranças petistas, que acusam o tucano de opinar sobre uma decisão que "diz respeito apenas ao PT". "Não sabia que o PSDB estava escolhendo vice, não. Ele está tentando ser protagonista em uma coisa que ele não pode", criticou o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes.

Pré-candidato à vaga de vice, o deputado federal Miguel Corrêa disse que Pestana não deve palpitar sobre esse assunto. "Ele não tem que opinar sobre isso. Internamente, o Helvécio é um grande nome, mas não é o Pestana quem vai defendê-lo". Segundo o petista, o candidato a vice será escolhido pelo partido levando em conta quem conseguir o maior número de alianças internas. O critério coloca Miguel na liderança da disputa, já que foi ele quem elegeu o maior número de delegados do partido na votação do último domingo.

Cotado para a vaga de vice pela ala petista Articulação, o deputado estadual André Quintão se limitou a afirmar que, "em respeito ao partido, a discussão do vice vai acontecer apenas em abril", ressaltou.

O deputado federal Odair Cunha defende que nenhum nome para a disputa da vaga seja vetado pelo partido.

Garantia
Apoio. O governador Antonio Anastasia disse ontem que a presença do PSDB na aliança com os socialistas é uma garantia da cúpula nacional do PSB. "Sempre foi a palavra do PSB", declarou.

Cuidados para garantir a coligação
Durante encontro para discutir a atuação da bancada federal do PT na Câmara dos Deputados, lideranças mineiras envolvidas na decisão interna do partido sobre a disputa em Belo Horizonte voltaram a afirmar que "nenhum partido deve ser vetado da aliança".

Para o deputado Miguel Corrêa, é importante que "as divergências partidárias não inviabilizem a aliança com o prefeito Marcio Lacerda". Odair Cunha admitiu que há divergências com o PSDB, mas ressaltou que "o partido quer a aliança". (IL)
Fonte: O TEMPO

quarta-feira, 21 de março de 2012

Assassinatos racistas deixam França em estado de alerta

A França entrou em alerta máximo nesta segunda-feira. Um homem assassinou a tiros quatro pessoas, três crianças e um adulto, na porta de uma escola judaica, em Toulouse, no sul da França. O indivíduo repetiu a cenografia que havia empregado entre 11 e 15 de março quando assassinou três soldados franceses de origem magrebina e feriu gravemente um quarto, oriundo das Antilhas francesas. A polícia investiga três militares franceses ligados a grupos neonazistas.

Paris - Um lobo solitário, adepto da eliminação racial, assassinou a tiros quatro pessoas, três crianças e um adulto, na porta de uma escola judaica, em Toulouse, no sul da França. O indivíduo repetiu a cenografia que havia empregado entre 11 e 15 de março quando assassinou três soldados franceses de origem magrebina e feriu gravemente um quarto, oriundo das Antilhas francesas. A polícia já apurou que o criminoso usou a mesma arma nos dois atentados. Segundo adiantou o semanário Le Point, as autoridades estão buscando três militares franceses ligados a grupos neonazistas que pertenciam ao mesmo regimento que os três militares assassinados a sangue frio nas localidades de Toulouse e Montauban.

O atentado desta segunda-feira foi um ato de barbárie completo: um pouco antes das oito da manhã, o indivíduo, a bordo de uma potente motocicleta branca, chegou às portas do colégio judaico Ozar Hatora, de Tolouse. Ele disparou contra as pessoas que estavam na porta e matou a queima-roupa um professor de religião de 30 anos, suas duas filhas de três e seis anos e uma outra menina de oito anos, filha do diretor do colégio. Esta última vítima morreu nos braços de seu pai. A matança continuou logo em seguida dentro do colégio. O indivíduo entrou no colégio para perseguir os alunos, disparando para todos os lados. Outras cinco pessoas ficaram feridas, entre elas um jovem de 17 anos que se encontra em estado crítico.

O caráter racista das ações não deixa lugar a dúvidas. O até agora desconhecido matou em dois dias pessoas de origem magrebina, judeus e feriu um negro. No atentado de segunda, atirou para matar, não importando se fossem crianças ou adultos. O ministro francês do Interior, Claude Guéan, declarou que o sentimento de impunidade do assassino preocupa o governo. A descrição feita por testemunhas e as imagens registradas pelas câmeras de vigilância dão conta de um homem frio, perfeitamente treinado no uso das armas e sem qualquer compaixão. Após matar o professor, sua primeira vítima, o homem perseguiu a menina de seis anos e matou-a a tiros. “Disparou contra tudo que tinha pela frente”, disse o promotor Michel Valet. Ele tinha duas armas, uma calibre 11,43 e outra de 9 milímetros. Usou primeiro a pistola de 9 milímetros e, em seguida, sacou a outra a arma, com a qual continuou a matança. A arma calibre 11.43 foi a mesma empregada nos assassinatos dos três militares.

Nestes crimes anteriores, o homem atuou com a mesma metodologia e frieza. O semanário conservador Le Point adiantou que as investigações apontam para a participação de três militares neonazistas pertencentes ao 17º regimento de engenheiros paraquedistas de Montauban. Em 2008, o seminário satírico Le Canard Enchaêné e outros jornais publicaram uma foto na qual se viam estes militares fazendo a saudação nazista diante de uma suástica. Dois dos três militares assassinados na semana passada pertenciam a este regimento. O perfil dos três soldados neonazistas coincide com o retrato que surge dos testemunhos dos crimes: grandes, musculosos, cheios de tatuagens e vestidos com roupas pretas. Esta não é, contudo, a única pista explorada pelos investigadores.

As semelhanças entre os três assassinatos são muito eloquentes: a moto, a arma, as descrições das testemunhas e o fato de que todas as vítimas têm origem étnica e confessional distinta. O presidente francês foi imediatamente ao local dos fatos, mesma atitude tomada pelo candidato socialista François Hollande. Nicolas Sarkozy decretou um minuto de silêncio para esta terça-feira. “Toda a República francesa foi afeta por este drama abominável”, disse Sarkozy. O massacre no colégio de Toulouse interrompeu a campanha eleitoral para as eleições presidenciais do próximo 22 de abril e 6 de maio (segundo turno). A campanha entrava nesta segunda-feira em sua fase oficial com a lista final dos 10 candidatos. Sarkozy e Hollande cancelaram seus atos de campanha, que recomeçará na quarta-feira, após a realização dos funerais dos três soldados assassinados em Toulouse e Montauban.

A França entrou em alerta máximo nesta segunda-feira. O assassino segue solto. À noite, milhares de pessoas realizaram uma caminhada em Paris da Praça da República até a Praça da Bastilha. Os sete assassinatos provocaram uma sensação de horror e uma união nacional. Os crimes ocorreram em um clima exacerbado pela campanha eleitoral. Os estrangeiros tem sido alvo de incontáveis ataques por parte de candidatos como a ultradireitista Marine Le Pen e autoridades do Estado. O rosário de agressões e referências ofensivas alcançou níveis muito baixos na campanha. O gesto de um louco reclama prudência e a evitar interpretações rápidas e abusivas. A democracia racial é uma marca desses tempos, seja qual for o continente. Os fundamentalistas de todas as confissões sempre o mesmo no final: a desintegração.

Tradução: Katarina Peixoto


Fonte: AGENCIA CARTA MAIOR

Parceria para barrar tucanos é acertada pelo PT em BH

Caso essa tese vingue no domingo, Marcio Lacerda terá de escolher entre PT e PSDB

Alessandra Mello


Já está acertada a aliança entre os defensores da candidatura própria à Prefeitura de Belo Horizonte e os partidários da coligação com o prefeito Marcio Lacerda sem a presença do PSDB. No sábado, eles vão apresentar uma resolução conjunta com diversos pontos, entre eles a repactuação dos rumos da prefeitura, com mais atenção para a política social, e a da exclusão dos tucanos da chapa e do governo. O texto ainda está sendo elaborado, mas essas são as exigências das duas correntes que se encontraram nessa terça-feira na sede do partido.

Caso essa tese vingue no domingo, o prefeito terá de escolher entre PT e PSDB. O documento também pretende estabelecer um prazo para que Lacerda se posicione sobre isso. Já os defensores da aliança sem restrição tentarão emplacar a tese da manutenção da coligação sem nenhuma condicionante. Juntos, eles esperam ter 58% dos delegados que vão escolher no domingo a posição do partido na sucessão.

Mas a conta não é tão simples assim, pois entre os defensores da aliança sem o PSDB deve haver muita debandada para as fileiras dos que pregam a aliança sem nenhum tipo de restrição. Caso a tese da coligação com qualquer legenda seja aprovada, o partido ainda terá de negociar essa posição com a direção nacional, que proibiu chapas com partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff. É que a direção nacional vetou coligação com o PSDB em cidades com mais de 100 mil eleitores. No entanto, os partidários da aliança com Lacerda e PSDB alegam que esse restrição só vale para a chapa majoritária (prefeito e vice-prefeito).

O PSDB torce para que o PT não se alie ao PSB. Caso isso ocorra, o caminho vai ficar livre para que os tucanos possam indicar o candidato a vice-prefeito. Nos bastidores, a relação entre petistas e tucanos na administração da prefeitura é cada dia pior. Anteontem, na cerimônia de assinatura do contrato das obras para a construção da nova rodoviária não estava presente o secretário de Obras e Infraestrutura, Murilo Valadares (PT). Estavam apenas o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Faulhaber, e o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito, Ramon Vitor Cesar, ambos ligados ao PSDB.


Fonte: ESTADO DE MINAS

terça-feira, 20 de março de 2012

Unidos e coesos no compromisso de decidir coletivamente

“Lideranças do Movimento pela Candidatura Própria do PTBH, reunidas hoje pela manhã, saudaram a militância petista que participou da festa democrática desse domingo, dia 18 de março.
A eleição das chapas de delegados marcou o resgate do debate político e a volta da militância petista decidindo os rumos políticos do partido.
E o encontro de 25 de março é mais uma etapa da democracia interna.
Depois do encontro, muitos debates, diálogos, reflexões e definições ainda serão objeto de decisões coletivas. Delegados e delegadas permanecerão mobilizados para cumprir o papel para o qual foram eleitos.
Pela primeira vez, depois de muitos anos, o PT vai ter um encontro sobre Tática Eleitoral em que as decisões estão abertas. A grande vitória desse processo foi que 58% dos petistas exigem unidade política: a não participação do PSDB em aliança que o PT participe.
Lideranças expressivas já clarificaram suas posições quanto a esse ponto. O debate aberto vai ser a oportunidade para que todos coloquem publicamente suas posições.
Nossa tese foi a que, individualmente, obteve a maioria dos votos. Por isso, temos o compromisso de defender a Candidatura Própria, em sintonia com o sentimento que nasceu das bases do nosso partido.
O PT está revigorado. Se em 2008, apenas 15% era a favor da Candidatura Própria, hoje somos mais de 40%.
O Encontro sobre Tática Eleitoral e Programa de Governo é a oportunidade para que o PT retome o modelo petista para o governo local.
Com determinação e coragem, estamos firmes nesse propósito.

Belo Horizonte, 19 março de 2012

20 anos da conquista da PBH para o povo pelos braços do PT.”

Roberto Carvalho

Em 2011, Telebras investiu R$ 287,8 mi e disponibilizou rede para 327 cidades

por Secom em 19/03/2012 19:04hs

 
Rede de telecomunicação estará disponível em 40% dos municípios até o final deste ano

A Telecomunicações Brasileiras (Telebras) fechou o último ano com R$ 287,8 milhões em licitações, decorrentes de 164 processos licitatórios. Entre estes, os contratos necessários para a implantação do trecho de 21 mil quilômetros da rede nacional de telecomunicação (backbone) que deve ser concluído até o final de 2012. A rede foi disponibilizada em 327 cidades no último ano e os investimentos vão fazer a rede de telecomunicação chegar a 2.038 localidades neste ano. As informações estão no Relatório de Administração do exercício de 2011, publicado pela empresa em 02 de março.

Os investimentos incluem a infraestrutura para os Pontos de Presença (POPs), os equipamentos DWDM (Dense Wavelengh Division Multiplexing) para iluminação das fibras ópticas, equipamentos da rede IP e de rádio e torres, entre outros. 

A instalação de redes metropolitanas, baseadas em fibras ópticas, nas principais cidades atendidas pela rede de telecomunicação também integra as ações em andamento e abrangem as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Entre estas, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, que fazem parte do projeto de construção de infraestrutura em redes de fibra óptica, para o qual a Telebras terá R$ 200 milhões.

Acordos - Para efetuar a ampliação da capilaridade da rede, a Telebras firmou 20 Acordos de Cooperação, com destaque para as parcerias firmadas com a Rede Nacional de Pesquisas (RNP), com a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev), com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e com a Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice). Além desses, mais cinco contratos de cessão de infraestrutura foram assinados com o Grupo Eletrobras e Petrobras para uso das fibras ópticas que compõe a rede nacional de telecomunicações.

Em 2011, a partir do crescimento da rede, foi viabilizada a realização de 25 contratos comerciais e uma oferta de 1,8 Gbps de banda contratada por prestadores de serviços de telecomunicação. Os contratos e a nova capacidade de oferta resultaram num crescimento de 210% entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado. Mais de 700 provedores de Internet demonstraram interesse em participar do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).

O documento informa, também, que no ano passado foram concluídos 45 Pontos de Presença (POPs) no Anel Nordeste e 18 no Anel Sudeste. Já foram iniciadas as obras em quatro POPs do Anel Sul e esse locais abrigam os equipamentos da Telebras que permitem a integração das fibras ópticas do backbone (núcleo central da rede). A previsão é concluir 250 estações até o final de 2012.

Ministros renovam compromisso de interligar redes de comunicação na América do SulOs ministros de Comunicações dos países integrantes da União de Nações Sulamericanas (Unasul) renovaram o compromisso de trabalhar em parceria para garantir a interconexão de suas redes. Assinaram a declaração, além do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O encontro aconteceu no dia 09 de março, em Assunção, no Paraguai. Pelos prazos aprovados para implementação de cada fase do projeto de anel óptico, a conclusão vai ocorrer em três anos.

A oferta aos cidadãos de conexão mais rápida, a preços mais baixos, foi destacada no documento assinado pelos gestores da Unasul e, ainda, a necessidade de trabalhar para a geração, armazenamento e distribuição de conteúdos locais, de modo a aumentar a importância do tráfego de dados na região.

Outro fator ressaltado é o fortalecimento da soberania dos países a partir da interconexão das redes. Atualmente, o caminho percorrido pelos dados numa simples conexão à internet é extenso e caro. Quando um internauta do Brasil acessa um site do Chile, a conexão tem que passar por um servidor nos Estados Unidos, via cabos submarinos e só depois chegar ao Chile. A partir do funcionamento do anel óptico interligando os países sul-americanos, o tráfego circulará diretamente entre as redes locais.

Fonte: EM QUESTÃO

Processo de definição do PT para eleições em BH está longe do fim

Agora, os que optaram pela candidatura própria querem se unir ao grupo que defende aliança com o PSB sem os tucanos

Os defensores da candidatura própria à Prefeitura de Belo Horizonte podem se unir ao grupo que aprova a aliança com o prefeito Márcio Lacerda (PSB) sem a presença do PSDB para tentar barrar a participação dos tucanos na disputa. O PT elegeu anteontem os delegados que vão decidir no domingo qual a posição do partido na disputa pela prefeitura. Somados, os petistas que optaram pela candidatura própria ou por uma aliança sem o PSDB representam 57,5% dos escolhidos.

O presidente do PT de Belo Horizonte, o vice-prefeito Roberto Carvalho, defensor da tese da candidatura própria, disse que vai se reunir hoje com os representantes da Articulação, corrente liderada pelo ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, para tratar de uma possível aliança no domingo. Representantes de outras correntes também serão procurados.

“Se tiver um consenso podemos apresentar uma única tese: a de aliança sem o PSDB, com tudo colocado no papel para não deixar dúvidas. Quem sabe? Estamos conversando”, afirma Roberto Carvalho. Segundo ele, o que ficou claro no domingo foi a rejeição pelo PSDB.

A tática pode acabar inviabilizando a aliança, caso ela seja aprovada no domingo. É que Lacerda já anunciou um acordo com o PSDB, mas ele ainda não foi formalizado. Se a aliança com o PSB sem os tucanos for aprovada, o prefeito terá de se decidir entre as duas legendas.

Por isso, nos bastidores, o partido amanheceu ontem movimentado, com troca de telefones e busca de apoio em todos os lados. Para evitar deserções ou mudança de posição, os delegados serão escolhidos a dedo. É que cada uma das 16 chapas terá o direito de indicar número de delegados proporcional à votação obtida. A escolha dos nomes é feita pelo responsável pela formação da lista de nomes de cada chapa.

O presidente do PT mineiro, deputado federal Reginaldo Lopes, disse que o resultado de ontem deixou claro que a militância é favorável à manutenção da aliança com Lacerda. Segundo ele, o próximo passo agora é selar esse acordo e depois discutir o formato da coligação e o nome de um possível candidato a vice-prefeito. “O PSDB é ator secundário nesse processo e está mais por fora do que tudo nessa conversa”, afirmou.

Em pé de guerra

Um grande problema que os defensores da aliança terão de resolver é a disputa interna entre os grupos ligados aos pré-candidatos a vice-prefeito de Lacerda. A aliança ainda não foi nem selada, mas os nomes ventilados, entre eles o do deputado federal Miguel Corrêa Júnior e o do ex-deputado federal Virgílio Guimarães, estão, nos bastidores, em pé de guerra. Por fora, corre o nome do deputado estadual André Quintão, preferido para ser o candidato a vice pela ala liderada por Patrus Ananias. Domingo, militantes ligados a Corrêa e a Virgílio se desentenderam em um dos pontos de votação na Região Norte por causa do transporte de militantes e a polícia foi chamada para registrar um boletim de ocorrência. O caso está sendo analisado pela direção do partido.

Para piorar o clima na legenda, o tucano Gabriel Azevedo esteve na sede do PT da capital para comemorar o resultado da eleição dos delegados. O fato desagradou a militância e foi visto como uma provocação. Para o PSDB, o melhor dos quadros seria a saída do PT da chapa, o que abre espaço para a indicação do candidato a vice-prefeito de Lacerda pelos tucanos. Mesmo que a aliança seja aprovada no domingo, com ou sem PSDB, a novela ainda vai continuar até que haja um posicionamento do PSB sobre a participação dos tucanos e uma definição do vice.

Lacerda

O prefeito Marcio Lacerda (PSB) disse ontem que “aconteceu o previsto” na eleição dos delegados do PT no fim de semana. "A reedição da aliança de 2008 está a um passo e nós entendemos que a cidade aprovou a nossa aliança, pois ela está funcionando bem dentro na prefeitura", disse. Segundo ele, a resolução nacional do PT prevê a participação de partidos de fora da base na coligação, mas não na mesma chapa. "Entendemos que as resistências são naturais. Convidamos o PT, assim como PSDB, e queremos os dois participando formalmente." O prefeito informou que o encontro com delegados marcado para ontem foi transferido para a próxima quinta-feira. "Fui convidado para uma troca de ideias. Nossa posição é clara, queremos aliança com o PT na vice-liderança e o PSDB participando formalmente da coligação", afirmou. Questionado sobre uma eventual exigência do PT para saída do PSDB, ele disse que sempre acreditou nessa coligação e, por isso, não pensa nessa possibilidade.

Fonte: ESTADO DE MINAS

Servidores têm que se explicar

Funcionários atuam nas secretarias de Desenvolvimento e Regulação Urbana
 
JOELMIR TAVARES
 
Chamados a dar esclarecimentos sobre a suposta participação no esquema de recebimento de propina para a liberação de dois hotéis na Pampulha, três servidores que trabalham nas secretarias municipais de Desenvolvimento e Regulação Urbana têm até sexta-feira para se explicar à controladora geral do município, Cristiana Fortini. Ela não revelou os nomes dos funcionários.

Para alguns dos acionados, o último dia para apresentar a versão por escrito sobre as acusações já é amanhã. Segundo Cristiana Fortini, os prazos expiram em dias diferentes porque os pedidos de manifestação foram feitos em datas distintas, na semana passada. A controladoria só investiga a participação de funcionários municipais. Outras pessoas também poderão ser convocadas.

Além de cópia das atas das últimas votações do Conselho Municipal de Políticas Urbanas (Compur) - órgão colegiado que tem representantes do Executivo, do Legislativo e da sociedade civil -, Cristiana Fortini pediu à Secretaria Municipal de Desenvolvimento a lista dos servidores de carreira da pasta. O objetivo é descobrir a identidade do funcionário efetivo da secretaria que fez a denúncia ao vereador Iran Barbosa (PMDB).

"É uma tentativa. Vou escrever para os servidores e pedir que o autor das acusações me dê detalhes", afirmou Cristiana Fortini. Ela também solicitou ao promotor Eduardo Nepomuceno, do Ministério Público Estadual (MPE), para mantê-la a par de novidades que possam surgir na investigação dele sobre a suposta troca de favores.

Justiça. O juiz Alyrio Ramos, da 3ª Vara de Fazenda Pública Municipal, recebeu ontem a defesa da prefeitura, que foi acionada na sexta-feira para explicar o licenciamento dado aos hotéis, em ação proposta pelas promotorias de Habitação e Urbanismo, Meio Ambiente e Patrimônio Cultural. A PBH se negou a dar detalhes de sua versão, que ainda não foi apreciada pelo juiz.

Para solicitar a suspensão do licenciamento, as promotorias do MPE se basearam principalmente no relatório do Instituto dos Arquitetos do Brasil em Minas Gerais (IAB-MG), que questionou pontos do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), elaborado pelos empreendedores dos hotéis Go Inn e Bristol Stadium.

Ontem, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) voltou a defender a construção dos empreendimentos. Ele disse que o MPE está "equivocado" ao apurar o caso, que os hotéis "estão seguindo os procedimentos legais" e "não vão afetar o conjunto arquitetônico da Pampulha". (Com Natália Oliveira)


Deslizamento
Defesa Civil pode vistoriar terreno por causa de risco
Alertado por sua assessoria técnica, o vereador Iran Barbosa vai pedir à Defesa Civil municipal para realizar uma vistoria no terreno do bairro São Luiz onde está sendo feita a terraplenagem de um dos dois hotéis. Um relatório de engenharia civil apresentado pelo parlamentar mostra um perigo de deslizamento de terra no local, colocando em risco uma casa vizinha.

A CMR, construtora responsável pelas intervenções, cobriu o barranco com lonas plásticas. Para o vereador, a medida foi feita para conter o risco de escorregamento da encosta criada com a escavação para as obras.

Iran Barbosa deve fazer a solicitação hoje pela manhã. A Defesa Civil informou que, assim que for acionada, irá analisar o pedido.

Procurado pela reportagem na semana passada, o morador do imóvel que estaria ameaçado não quis se pronunciar.

O coordenador do Bristol Stadium, Antunes Braga, declarou que as lonas foram colocadas para evitar o encharcamento do solo na beira da encosta, onde será construída uma contenção de concreto.

"Temos laudos técnicos afirmando que não existe risco para as casas vizinhas", afirmou. Braga também disse que a construtora está à disposição para prestar esclarecimentos à Defesa Civil. (JT)
PMDB pede que mudança na lei seja declarada inconstitucional
O PMDB, partido do vereador Iran Barbosa, vai entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) na Justiça contra as mudanças propostas pela prefeitura na Lei 9.037/05, que permitiram construções acima de 9 m dentro da Área de Diretrizes Especiais (ADE) da Pampulha.

A legenda afirma que as leis 9.959/10 e 10.065/11, aprovadas pela Câmara Municipal, feriram o princípio constitucional de impessoalidade.

"Houve interesse legislativo em beneficiar única e exclusivamente os empreendimentos", afirma o texto da Adin, ressaltando que as regras foram flexibilizadas exatamente para a quadra onde os hotéis Go Inn e Bristol Stadium seriam erguidos. (JT)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Domingo o petismo vencerá os aliancistas tucanos

O clima mudou em BH! As previsões para o final de semana são de chuva fina, chuva que vem em boa hora para lavar a alma daqueles que ainda acreditam nos sonhos, nas lutas sociais, na inversão de prioridades, no cuidado e carinho para com os mais pobres, na liberdade do convívio nas nossas praças e ruas, na solidariedade aos moradores de rua, no convívio com as diferenças plurais da cidade, no prazer do cafezinho na Praça Sete no Nice, no bate-papo em frente as manchetes de nossas bancas de jornais, no churrasquinho saboroso de nossas diversas feiras que ousam incomodar aqueles que, trancados em gabinetes com ar condicionado de frente para uma maquete limpa e desinfetada imaginam gerir uma cidade imaginária, uma “Belo Horizonte S.A.”.
Mas a história de Belo Horizonte dos pobres, dos negros, das mulheres, da cultura, dos artistas, dos blocos caricatos, dos jornaleiros, dos feirantes, dos que lutam por moradia, dos moradores de rua, da cultura, dos jovens, dos butecos, a “Belo Horizonte Real e Plural”, começará a mudar no domingo, dia 18 de março com a vitória da candidatura própria do Partido dos Trabalhadores.
Um partido que nasceu com capacidade da ousadia, um partido que elegeu para a prefeitura da maior cidade da América Latina, São Paulo, duas mulheres (Erundina e Marta), numa sociedade marcantemente machista, um partido que elegeu por 2 vezes um operário para a Presidência da República, um partido que elegeu a primeira mulher Presidenta do Brasil, um partido assim não pode perder a ousadia de sonhar, de fazer mais, de avançar, não podemos ter medo de “ser feliz” como dizia nosso jingle em 89.
O jornal O Tempo de hoje, traz matéria onde supostamente a reportagem ouviu dirigentes da direção nacional aonde dizem temer pela vitória da candidatura própria. Temer porque? A alegação de atrapalhar o projeto nacional de reeleger Dilma em 2014 é totalmente esdrúxula, ora, é exatamente a Aliança com PSDB na chapa na Capital do segundo maior colégio eleitoral do país, dando a oportunidade ao provável adversário de Dilma, a chance de participar dos programas de rádio e televisão é que é um sério risco ao projeto nacional.
A reportagem diz ainda: 
Segundo uma liderança nacional da sigla, que pediu para não ter o nome revelado, caso o grupo de Carvalho vença, o futuro candidato petista ficará isolado. "Quem for para a disputa, vai sozinho, porque os outros partidos vão estar todos com o prefeito. Lacerda vai ter a máquina da prefeitura e a máquina do governo a seu favor", afirmou. ”
Isolado? Este dirigente que se esconde no anonimato que enganar a quem?
Isolado? Vários partidos da base da Presidente Dilma estão aguardando apenas a vitória da candidatura própria para anunciar apoio ao PT, como o PMDB de nosso vice Temer, do PDT e do PTB. Além de lideranças expressivas como o senador Clésio Andrade.
O dirigente anônimo do PT está enganado, não estamos sozinhos. E se estivéssemos, qual o problema? Quando que o PT teve medo de disputas? nossa aliança será com a militância petista e com o povo de Belo Horizonte.
Outro aviso e uma lembrança ao dirigente anônimo: em 2008 com a máquina da PBH e do Palácio da Liberdade, mais as personalidades de Pimentel e Aécio, o empresário travestido de gestor político quase perdeu a disputa para o PMDB, só não perdeu pela baixaria do famoso “chute na bunda”.
Portanto, o clima em BH é de militância forte nas ruas pela Candidatura Própria!


Abaixo transcrevo a matéria plantada pelo “dirigente anônimo do PT ”.


Por Marco Aurélio Rocha



Cúpula nacional do PT teme vitória da candidatura própria
Para comando petista, um cabeça de chapa teria pouca chance de vingar
ISABELLA LACERDA
O equilíbrio entre o número de chapas que defendem a candidatura própria do PT em Belo Horizonte e as formadas por filiados que trabalham pela reedição da aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) criou um clima de temor na cúpula nacional da sigla.

O medo vem da possibilidade de vitória da corrente liderada pelo vice-prefeito Roberto Carvalho, que não concorda com o apoio a Lacerda. A tese contraria o comando petista, que, visando o projeto de reeleição de Dilma Rousseff em 2014, quer, a qualquer custo, manter a aliança com o PSB.

Cada grupo inscreveu oito chapas para a eleição dos 500 delegados, que será no próximo domingo. São eles os responsáveis pela definição dos rumos do partido na sucessão de outubro. Na decisão do dia 19, os militantes aliancistas representam 53% dos votantes, enquanto que os defensores da cabeça de chapa petista para a prefeitura somam 40% dos eleitores.

Segundo uma liderança nacional da sigla, que pediu para não ter o nome revelado, caso o grupo de Carvalho vença, o futuro candidato petista ficará isolado. "Quem for para a disputa, vai sozinho, porque os outros partidos vão estar todos com o prefeito. Lacerda vai ter a máquina da prefeitura e a máquina do governo a seu favor", afirmou.

Outra preocupação em jogo é a manutenção do PSB na base de Dilma. "Se o PT não for com o PSB, os socialistas vão se aproximar mais dos tucanos. É um risco para o PT perder um forte aliado nas eleições presidenciais", ressaltou.

Outro ponto negativo seria a ausência do ex-presidente Lula e de Dilma na campanha. "Já sabemos que eles não vão querer se indispor com um aliado", completou o petista, ressaltando que a sinalização dada pelo PSB de que pode estar junto dos tucanos em outras cidades, como em São Paulo, é perigosa para o PT.

Acirramento. A possibilidade de vitória da tese da candidatura própria, que antes era colocada como impossível por grande parte das lideranças, agora já é considerada. O fato aumentou o receio de uma intervenção em Belo Horizonte. O secretário nacional de comunicação do PT, Gleber Naime, assegura, no entanto, que essa questão não é cogitada. "Qualquer decisão que venha a acontecer no domingo será mantida".

O deputado federal Odair Cunha afirma que espera uma disputa acirrada. "O grupo que quer a candidatura própria vem forte na disputa. Não dá para prever o que vai acontecer".
Expectativa
Apertado. Os petistas estão esperando uma disputa tão acirrada neste domingo que já arriscam uma vantagem de, no máximo, entre 50 e 100 votos para o grupo que quer a aliança com Lacerda.

terça-feira, 13 de março de 2012

Lacerda ataca novamente o livre uso das praças de BH

O prefeito do tudo proibido ataca novamente. A última proibição foi o uso de espaços públicos municipais para encontros partidários, o que contraria a constituição federal, agora as praças têm seu livre acesso a manifestações ameaçadas.

Prefeitura vai restringir uso de praças


Intenção é fazer com que cada espaço público tenha regulação própria, com a definição dos eventos permitidos




carlos rhienck
praça da liberdade
A Praça da Liberdade é uma das áreas públicas que deve ter a utilização regulamentada





O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), vai restringir o uso de praças para a realização de eventos públicos. Também irá promover alterações nos licenciamentos. A medida foi tomada após polêmica envolvendo eventos de médio e grande portes na cidade e promete ressuscitar o embate com a classe artística.

Segundo Marcio Lacerda, todos os locais visados em Belo Horizonte terão regulamentação própria. A prefeitura só irá autorizar o uso após uma análise criteriosa do que é pretendido. “A Praça do Papa tem que ter uma regulamentação específica, que tipo de evento será permitido, de que forma, quantas vezes por ano, por mês. É o que foi feito na Praça da Estação, que gerou aquela polêmica que o prefeito estava proibindo eventos em praças. A Praça do Papa terá isso, a Pampulha terá também e outros locais de eventos na cidade”, afirmou.

Em 2009, o socialista editou um decreto proibindo qualquer tipo de evento na Praça da Estação, localizada no Centro da capital mineira. Músicos e artistas, então, decidiram criar um movimento apelidado “Praia da Estação”. Com roupas de banho eles ocuparam a praça, como forma de protesto.

No ano passado, o vereador Arnaldo Godoy (PT) conseguiu aprovar uma lei que permitia o uso dos espaços públicos, sem autorização da prefeitura, com algumas restrições, como proibição de som mecânico e de grandes aglomerações.

“Estamos concluindo um trabalho mais amplo referente a licenciamentos de eventos na cidade”, disse o prefeito. Segundo ele, a legislação municipal que trata do assunto será revista, porque, entre outros fatores, é conflitante, por exemplo, com determinações do Corpo de Bombeiros. O processo para licenciamentos de grandes eventos também será readequado. A prefeitura vai estruturar uma central única para monopolizar a emissão das licenças para uso. “Isto implica em um trabalho de desburocratizar o licenciamento, fazer inclusive através da internet. Será acompanhado também por montagem de uma central única, de uma porta única de licenciamento, com todos os órgãos da prefeitura e Estado. E finalmente, a regulamentação do uso de áreas”, concluiu o prefeito. Hoje, o licenciamento é feito por cada regional.

Recentemente, vários incidentes marcaram a realização de eventos em locais públicos. No início do mês, um grupo de jovens combinou uma festa no bairro Cidade Nova, sem autorização. A polícia suspendeu a festança. A prefeitura conseguiu barrar ação semelhante, marcada para o último final de semana, na Praça do Papa. Na Savassi, a administração proibiu a realização da Saint Patrick’s Day, ou festa da cerveja. Neste ano, as comemorações acontecerão no Parque das Mangabeiras, depois da organização do evento ter tentado a Praça JK. Também houve protesto na temporada carnavalesca do Monobloco na Praça da Liberdade. Moradores e comerciantes reclamaram do número de pessoas no local.


arte praças




Fonte: JORNAL HOJE EM DIA

segunda-feira, 12 de março de 2012

Roberto Carvalho reclama da intromissão de Marco Maia na disputa interna do PT

Vice-prefeito reafirma que são os filiados da capital quem decidirão a posição do partido nas eleições

Isabella Souto

Principal defensor da tese de candidatura própria do PT à Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de outubro, o vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) mandou ontem um recado claro aos caciques do seu partido que, em reunião da legenda no sábado, defenderam a reedição da aliança que elegeu Márcio Lacerda (PSB) em 2008: quem vai decidir o posicionamento do PT são os filiados da capital. No domingo que vem, serão escolhidos os 500 delegados – dispostos em 15 chapas – que no dia 25 determinarão o destino petista nestas eleições.

Roberto Carvalho reclamou ainda que “nunca deu palpite nas eleições em cidade nenhuma”, ao comentar as declarações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (RS), pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e pelo presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes. “Não concordo que seja melhor fazer uma aliança ampla. Para uma aliança, é preciso ter princípio e afinidades programáticas. Nas eleições de 2008, defendi a aliança com o PSDB porque achei que teríamos resultados satisfatórios, o que não ocorreu”, afirmou Carvalho.

O petista se referiu a Marco Maia, que afirmou “quanto mais alianças se fazem, melhor para a consolidação do projeto nacional” do PT. Sobre o comentário de Pimentel, de que o trabalho de Marcio Lacerda ao lado do PT e do     PSDB “está dando certo”, Roberto Carvalho foi incisivo. “Está provado que a saúde, a cultura e o Orçamento participativo foram absolutamente esvaziados. O que tenho ouvido nas ruas é que as pessoas não concordam mais com a aliança com o PSDB”, argumentou o vice-prefeito, que está rompido publicamente com Marcio Lacerda.

O vice-prefeito lembrou ainda, para quem defende a união com os tucanos, que a Executiva Nacional do PT, em congresso realizado no ano passado, vetou a coligação de petistas com PSDB, DEM e PPS, partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff (PT). De qualquer forma, a decisão sobre o posicionamento do PT nestas eleições começa a ser tomado no próximo dia 18.

Um colégio eleitoral de 6,5 mil filiados da legenda na capital mineira vai escolher qual grupo vai decidir, no dia 25, entre três opções: candidatura própria à prefeitura, aliança com o PSB de Marcio Lacerda, mas sem a participação do PSDB, ou repetição da dobradinha firmada nas eleições de 2008. A tese vencedora será acatada pela direção municipal do PT, que tem o vice-prefeito Roberto Carvalho como presidente. O presidente nacional do partido, Rui Falcão, já deixou claro que a decisão tomada pela base será respeitada e que não haverá intervenção do diretório nacional caso a escolha seja pela candidatura própria.


Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/03/12/interna_politica,282860/roberto-carvalho-reclama-da-intromissao-de-marco-maia-na-disputa-interna-do-pt.shtml