terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ÔNIBUS: Em 5 anos, lucro de R$ 59 mi - Greve e prejuízos?

Ontem, "coincidentemente", no primeiro dia da greve de ônibus, a prefeitura apresentou o resultado preliminar da auditoria realizada nas contas do transporte coletivo da capital.
Um dos dados divulgados é que houve prejuízo no ano de 2012!!! Acredite se quiser, transporte público que é pago adiantado pelo usuário dar prejuízo? Que prejuízo? Se cada vez mais as empresas enriquecem com o transporte público contrastando com a péssima qualidade oferecida ao cidadão.
Parece que uma das "engenharias numéricas" para falar em prejuízo é contabilizar gastos com renovação da frota em confronto com os lucros. Ora se for assim tá fácil de falar que deu prejuízo. Renovação de frota tem que ser contabilizada como investimento no patrimônio.
Tomara que não usem a greve mais este estudo para aumentar as passagens!!

Veja a reportagem do jornal O Tempo abaixo.

Marco Aurélio Rocha

ÔNIBUS: Em 5 anos, lucro de R$ 59 mi 
Auditoria preliminar mostra que apenas em 2012 empresas da capital tiveram prejuízo, de R$ 25 mi


LUCIENE CÂMARA



A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou nessa segunda o resultado preliminar da auditoria realizada nas contas do transporte coletivo da capital. O documento trata dos anos de 2008 a 2012 e apontou um prejuízo das concessionárias do serviço da ordem de R$ 25 milhões no último ano analisado. Mesmo assim, se somados os quatro anos anteriores, as empresas ainda teriam lucro de R$ 59,1 milhões no período, o que poderia favorecer uma redução na tarifa de ônibus a partir do mês que vem, quando o estudo será concluído e irá apontar se haverá mudança no valor da passagem.

Representantes do Executivo afirmam que ainda é cedo para dizer se os números representam alteração no valor. Já vereadores e representantes de entidades de classe presentes no anúncio defendem que o fato de a prefeitura apontar um prejuízo em 2012 justamente no primeiro dia de greve dos rodoviários por aumento salarial é sinal de que isso poderá ser usado como argumento para um possível aumento da tarifa.

Apresentação. Os dados foram apresentados na noite de nessa segunda ao Conselho Municipal de Mobilidade Urbana. A expectativa da população era que a auditoria possibilitasse uma redução da tarifa, principalmente depois que a prefeitura anunciou, em janeiro, a isenção do Custo de Gerenciamento Operacional (CGO), que gera uma economia anual de R$ 22 milhões às concessionárias do setor.

Em 2013 – ano não analisado na auditoria – as contas das empresas teriam seguido o mesmo patamar. Couto não confirma, no entanto, se o prejuízo de 2012 poderá representar aumento da tarifa. “Vamos aguardar o resultado final da auditoria, em março, para verificar o que aconteceu no sistema e buscar formas de reequilibrar o serviço”, disse.

Couto explicou que, pelo contrato firmado com a prefeitura, as concessionárias têm direito a uma taxa de retorno de 8,95% nos 20 anos de serviços. Para avaliar um possível aumento ou queda da tarifa, é preciso analisar, segundo ele, se essa taxa vem sendo respeitada dentro dos quatro anos já completados.

Patrimônio. A auditoria apontou ainda que o patrimônio líquido das empresas foi positivo nos primeiros quatro anos, porém teve queda em 2012 – de R$ 535,3 milhões, em 2011, para R$ 517,9 milhões. Já a receita operacional líquida – o que as empresas arrecadam já com desconto do CGO e de uma espécie seguro chamado FGE – foi de R$ 1,005 bilhão em 2012, contra R$ 975,2 milhões em 2011.

Mais sobre o estudo
Gastos. Segundo a auditoria, as empresas tiveram um custo (gastos) em 2008 de R$ 109,7 milhões, enquanto em 2012, o valor foi de R$ 913,2 milhões. As empresas gastaram mais com a operação do serviço no último ano da análise, o que inclui investimento em frota, por exemplo. O aumento nos custos seria um dos motivos para o prejuízo de 2012.

Impostos. Os gastos com impostos também tiveram aumento de 2008 a 2012 – de R$ 7,2 milhões para R$ 62,4 milhões. Em 2013, ano não analisado, houve a desoneração do ISS e do PIS Confins, o que resultou a redução de R$ 0,15 na tarifa.

Aplicado. Investimentos realizados para melhorias do setor passaram por queda no período auditado. A maior aplicação ocorreu em 2010, com R$ 127,8 milhões. Em 2012, no entanto, o investimento caiu para
R$ 6,07 milhões.

Renovação. A auditoria apontou que a renovação da frota, que deveria ter idade média de no máximo 4,6 anos, não está sendo cumprida pelo consórcio
BH Leste (são 4,72).

Dados chegam nesta terça às mãos de promotor

A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) prometeu entregar hoje cedo ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) o resultado dos três primeiros relatórios da auditoria do transporte coletivo.


Os dados parciais são solicitados pelo promotor do Patrimônio Público Eduardo Nepomuceno desde o ano passado, quando ele abriu um inquérito para apurar se há irregularidades na composição dos preços das passagens de ônibus.

Fonte: O TEMPO

Rio Acima tomba a Serra do Gandarela e barra projeto Apolo

Bruno Porto - Hoje em Dia

Foto: Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia

A área prevista pela Vale para mineração abrange cinco municípios



O primeiro semestre de 2014 já esteve na agenda da Vale como a data de início de produção do projeto Apolo, orçado em R$ 4 bilhões, para uma mina com capacidade de 24 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, em uma área que abrange cinco municípios mineiros. No entanto, além de persistir a indefinição sobre a criação ou não do Parque Nacional da Serra do Gandarela, em análise pelo governo federal, este mês a prefeitura de Rio Acima revogou a Carta de Conformidade – uma anuência obrigatória para que o empreendimento seja licenciado.

O documento havia sido emitido em 2009 e atestava que o projeto se enquadrava na legislação municipal. Uma audiência pública para tratar do projeto chegou a ocorrer no município. Além de Rio Acima, Santa Bárbara, Caeté, Raposos e Nova Lima também estão ma área de abrangência do projeto. “A área responsável pelo patrimônio histórico do município deve finalizar em 30 dias o processo de tombamento definitivo da parte da Serra do Gandarela dentro de Rio Acima. Com o tombamento, não cabe mais atividade mineradora nessa área”, afirmou o prefeito de Rio Acima, Antônio César Pires de Miranda Júnior (PR).

Ele descartou a possibilidade de a cidade deixar de arrecadar mais ou gerar mais empregos com o projeto da Vale. “No caso de Rio Acima, o projeto previa apenas a parte ruim, como as barragens de rejeito. Não haveria aumento de arrecadação ou de empregos. Estamos defendendo o que é melhor para o município, que são as nascentes de rios que abastecem a cidade”, disse.

Em nota, a Vale informou que ainda não foi notificada oficialmente. “A Vale não recebeu nenhum comunicado oficial sobre o assunto, nem por parte da prefeitura municipal, nem dos órgãos ambientais competentes. Sobre Apolo, o projeto continua aguardando licenciamento ambiental”, diz a nota.

Situada entre as serras do Caraça e da Piedade, a Serra do Gandarela faz parte da Serra do Espinhaço, declarada reserva da Biosfera pela Unesco. O Gandarela também está inserido no Quadrilátero Ferrífero, onde estima-se que existam reservas de 5 bilhões de metros cúbicos de água, sendo 4 bilhões associados às formações ferríferas. Somente a Serra do Gandarela é responsável pelo abastecimento hídrico de 40% da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Parque

A criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela é outro obstáculo à implantação do projeto Apolo. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e representantes de mineradores com atuação no Gandarela fecharam um acordo que permitia a criação do Parque e a manutenção das atividades minerárias já existentes ou em licenciamento.

Apenas a Vale não aceitou o acordo por entender que precisaria de uma área mais extensa que a prevista na proposta. O licenciamento ambiental do projeto Apolo ficará paralisado enquanto não houver definição sobre o parque, segundo a Semad.

Vale defende necessidade de expansões futuras

A proposta que o ICMBio fechou com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e outras instituições, após várias reuniões, era a de uma área 34,3 mil hectares para o Parque Nacional da Serra do Gandarela. Inicialmente seriam mais de 38 mil hectares. Para o projeto Apolo foram destinados 1,7 mil hectares, o que para a Vale inviabiliza o investimento.

A área seria o suficiente para implantar o projeto, mas a Vale exige 5,3 mil hectares, alegando a necessidade de áreas para futuras expansões. Um relatório final foi enviado ao Ministério de Meio Ambiente sem um acordo consensual. A criação do Parque depende de um decreto presidencial.

Fonte: HOJE EM DIA

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fernando Brito: Azeredo renuncia. Tudo para desinflar o “mensalão tucano”

Fernando Brito



Se o deputado Eduardo Azeredo fosse um homem de convicções, jamais poderia ter aceitado, com a sua renúncia, a culpa que a procuradoria Geral da República lhe aponta, a de ter chefiado o esquema de desvio de dinheiros públicos conhecido como “mensalão mineiro”, porque não querem chamar de “mensalão tucano”, apesar de seu indigitado chefe ser um tucano de alta plumagem, fundador do partido e Governador de Minas Gerais.

Já se vão vários dias, desde a denúncia da PGR e isso faz com que se torne difícil acreditar que pudesse ser, esta atitude, um rompante de valente, que se despe da armadura do mandato e vai enfrentar de peito aberto a infâmia.

Não, Azeredo não desafia, capitula.

Ele já fora despido de suas defesas por Aécio Neves – “não há ninguém do PSDB envolvido” –  e pella direção do PSDB, que o vinha pressionando.

Ia apresentar sua defesa da tribuna da Câmara, como competia a um deputado, mas desistiu, alegando problemas de saúde.

Não duvido que sejam verdadeiros, é funda a dor de se ver abandonado.

Eduardo Azeredo  não precisou nem do julgamento do tribunal nem da improvável chacina da mídia.
Foi condenado por seus próprios pares, que lhe concederam apenas uma única honra.

Vai renunciar  ao mandato como faziam os oficiais da Wehrmacht,  quando recebiam, por ordem do Fuher, a pistola Luger embalada, para dispararem contra suas  próprias cabeças.

Fonte: TIJOLAÇO

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Sem transparência e participação popular MOVE/BRT pode ter CPI

Em seu primeiro mandato na prefeitura de Belo Horizonte, Lacerda iniciou o desmonte da participação popular com o gradativo esvaziamento das Comissões de Transporte e Trânsito regionais. As reuniões, antes mensais, passaram a ser chamadas esporadicamente em trimestres, até cessarem. A Comissão Municipal de Transporte, neste quase seis anos de Lacerda, se teve umas três reuniões foi muito.
Este ano foram chamadas plenárias para eleição de novas Comissões Regionais de Transporte, como de costume sem nenhuma publicidade para a população participar, somente as bases de vereadores da situação ficou sabendo da eleição de novos integrantes das comissões.

Aliás, a cidade carece de um Conselho Municipal de Transporte com poderes para discutir a implantação de soluções para o transporte da cidade. Esta proposta foi apresentada em 2001 pela então vereadora Neila Batista - PT, onde logicamente enfrentou oposição dos empresários do setor e seus representantes no legislativo. O Conselho chegou a ser aprovado na Câmara anos depois, mas vetado, infelizmente pela PBH ainda no governo petista. Já passa da hora dos movimentos que militam na área de transporte como o do Tarifa Zero lutarem pela criação do Conselho Municipal de Transporte.


BRT em benefício dos empresários



Após o Brasil ter ganho a realização da Copa do Mundo, começaram as mobilizações pelas cidades-sedes de melhorias na mobilidade urbana. Se Belo Horizonte tivesse um Conselho de Transporte com participação popular teria optado pelo BRT ? Poderia ou não. A opção pelo BRT foi definida entre quatro paredes com a participação apenas dos empresários, o povo ficou de fora.

A impressão que passa é que a opção pelo BRT foi um atendimento à pressão de empresários do setor rodoviário. Inclusive ser empresário de transporte em BH é um negócio da "china". Eles não participam de nada no investimento? O poder público tem que construir tudo para eles? Vão ganhar as vias de concreto, as estações, as passarelas, tudo prontinho? Aí entra com o ônibus e a catraca começa imediatamente a registrar a entrada de dinheiro?

Lacerda gosta tanto de PPP porque não fez uma PPP para os próprios empresários construirem as vias do BRT ?

O empresário só entra com o ônibus que aliás só difere do outro pelo tamanho, a cada dois retirados das linhas comuns representa um do novo e estes dois retirados ele manda para cidades no interior e continua a ganhar dinheiro com eles por lá. É só passar uma tinta nova!

Monotrilho / Metrô




A novela do Metrô de Belo Horizonte se arrasta há anos. Escrevi sobre isso em postagem de 04/10/2011 onde dizia que “... este modelo de Metrô, com as características geográficas, topográficas e geológicas de nosso Estado, é inviável para Belo Horizonte.

Segundo fontes deste blog e geólogos consultados, a linha 3 por exemplo, que no site da CBTU ainda consta como tendo seu início na Barragem da Pampulha indo até a Savassi, mas que nas informações da PBH será da Lagoinha até a Savassi, num total de cerca de 4 km, por meio de túneis subterrâneos, é totalmente inviável. Através de sondagens feitas e afirmações dos especialistas o caminho que o metrô teria que percorrer da Lagoinha até a Savassi, é todo compreendido de rochas, água e minério numa profundidade de no mínimo 100 metros.” ( http://marcoaurelioptmg.blogspot.com.br/2011/10/metro-de-bh-o-mais-caro-do-mundo.html ).
Nosso Metrô precisa de investimentos e complementações e ampliações de suas linhas em direção das cidades da Região Metropolitana, mas, a meu ver, tem que ser complementado com uma nova opção sobre trilhos que é o monotrilho.

O monotrilho é mais moderno, ágil, tem capacidade de transportar mais passageiros que o BRT, além de não ser poluente como os ônibus.

Sua implantação demandaria menos recursos com obras de arte, menos desapropriações pela cidade e numa cidade com a topografia de Belo Horizonte, seria ideal. Poderiam ser aproveitadas as mesmas avenidas que cortam a cidade com o monotrilho.

CPI do BRT na Câmara de Belo Horizonte
Agora há uma movimentação na Câmara de vereadores por iniciativa do vereador do PT, Pedro Patrus para instalação de uma CPI para apurar os gastos e possíveis desvios nas obras do BRT, duvido que Lacerda e o lobbie dos empresários do transporte vão deixar a iniciativa prosperar, vamos aguardar.

Por Marco Aurélio

A seguir matérias sobre o assunto nos jornais de hoje:


Conheça os desafios no caminho do BRT de BH

Gargalos em vários trechos terão que ser solucionados para o início das operações antes da Copa

Junia Oliveira -
Pedro Rocha Franco


Na Estação de Integração Pampulha, fundamental para a operação do ramal Antônio Carlos/Pedro I, ainda há muito serviço pela frente

O novo cronograma de operação do Move, o transporte rápido por ônibus (BRT) de Belo Horizonte, anunciado esta semana pela prefeitura, indica os desafios que ainda terão de ser superados para que o sistema esteja em pleno funcionamento em maio. O Estado de Minas percorreu nessa quinta-feira as avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Cristiano Machado e verificou os principais gargalos. As estações Pampulha e São Gabriel, pontos-chave da operação em cada um dos corredores, e as obras na Pedro I são as intervenções que mais demandam atenção.

Na Antônio Carlos está sendo instalada a rede elétrica de várias estações de transferência. Em alguns trechos, o piso passa por ajustes. Catracas ainda precisam ser colocadas na maioria dos terminais, bem como as placas de vidro temperado nos guarda-corpos que delimitam os corredores entre um módulo e outro. A recuperação ou construção de passagens de pedestres é o foco em algumas estações, como a localizada perto da Regional Pampulha, no Bairro Santa Rosa. 

A Estação Pampulha, na Avenida Portugal, fundamental para o início da operação do BRT Antônio Carlos/Pedro I, ainda tem muitas obras em curso. Tanto a parte superior, destinada à parada das linhas alimentadoras, que chegarão dos bairros, quanto as plataformas em que vão embarcar os passageiros das linhas troncais estão sendo construídas. 

Na Avenida Pedro I fica um dos principais gargalos: o viaduto nas proximidades do Parque Lagoa do Nado, no Bairro Planalto. De acordo com funcionários da obra, a conclusão da estrutura é fundamental para o início das intervenções na pista do corredor exclusivo do BRT. No canteiro de obras, as informações são de que serão necessários pelo menos dois meses para terminar o elevado. 

Logo depois do parque, a partir do cruzamento com a Avenida Doutor Cristiano Guimarães, os operários também trabalham na pista. Na Avenida Vilarinho, até a altura da estação Venda Nova, há obras no pavimento e faltam vidros nos guarda-corpos. O viaduto ligando a Cristiano Machado à Estação Vilarinho está sendo concluído, assim como as obras do terminal que receberá os BRTs. 

A estação São Gabriel, na Região Nordeste, é a mais adiantada. Ela deveria ter sido entregue em 29 de novembro do ano passado, conforme o informativo que havia no local. De acordo com operários, o telhado será coberto até hoje. A parte superior, onde funcionarão postos de atendimento, como os da BHTrans e Polícia Militar, está concluída. No térreo, falta instalar as catracas e terminar as intervenções da área externa. Ao longo da Cristiano Machado, as estações de transferência demandam detalhes. Em algumas falta circuito de vigilância, sistema de vídeo, conclusão dos guarda-corpos e instalação de catracas. 

O prefeito Marcio Lacerda disse ontem que atrasos no início da operação do BRT já eram previstos desde o fim do ano passado, mas garantiu que todo o sistema estará em funcionamento até maio, permitindo que sejam feitos testes antes da Copa do Mundo. “Essa polêmica, se está ou não atrasado, é uma polêmica pequena, menor. Eu disse no fim do ano passado que nós tínhamos o objetivo de começar a operar em fevereiro, mas que poderiam ocorrer atrasos”, afirmou, durante cerimônia de assinatura do contrato para instalação do Consulado dos Estados Unidos em Belo Horizonte. 

Lacerda disse que é positivo o fato de a operação começar gradualmente. “É um sistema complexo, com muita tecnologia. Não se pode implantá-lo de uma vez só”, disse, reiterando que em Santiago (Chile) a entrada em funcionamento de todas as linhas do BRT resultou em um dia caótico. “Isso é algo que nós aprendemos. Inclusive, é preciso testá-lo sem passageiros.” Segundo o prefeito, relatório do governo federal deve pôr a capital mineira na liderança de execução das obras de mobilidade para a Copa do Mundo. 

Enquanto isso...
...Oposição 
fala em CPI

Após mais um atraso no cronograma de inauguração do Move, a oposição ao governo na Câmara Municipal anunciou ontem a intenção de criar a CPI do transporte público em Belo Horizonte. A proposta foi feita pelo vereador Pedro Patrus (PT), que pretende investigar os vários problemas ocorridos durante a implantação do BRT na capital. O parlamentar cobra explicações sobre questões como os gastos com o sistema e a interdição do viaduto em construção na Avenida Pedro I. Para que as investigações sejam instauradas, a bancada da oposição deve conseguir adesão de pelo menos 14 vereadores (um terço do total). 

Gastos da Prefeitura de Belo Horizonte com o Move sobem 33%


O plano inicial era que a obra do Move ficasse pronta em meados de 2012 e com custo total de R$ 795,4 milhões, mas passou para R$ 1,06 bilhão e o prazo também foi adiado em um ano



BERNARDO MIRANDA / LUCIENE CÂMARA
O plano inicial era que a obra do Move (nome dado ao BRT) ficasse pronta em meados de 2012 e com custo total de R$ 795,4 milhões. Os dados são da Matriz de Responsabilidade da Copa, assinada em janeiro de 2010 entre a Prefeitura de Belo Horizonte e os governos estadual e federal. Quatro anos depois, o quadro é bem diferente: a obra ainda não está pronta, e os gastos subiram 33,3% (são R$ 264 milhões a mais), chegando a R$ 1,06 bilhão.

Os R$ 264,6 milhões a mais seriam suficientes, por exemplo, para construir 139 centros de saúde, semelhantes ao que foi feito em 2012 no bairro Bonsucesso, na região Oeste, ao custo de R$ 1,9 milhão. A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura não explica o porquê do gasto extra. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) não admite atraso e informou que a diferença está no valor das desapropriações.


Já o prefeito Marcio Lacerda admitiu ontem que o funcionamento do Move, marcado para amanhã, não saiu conforme o previsto. “Falei que seria fevereiro, mas que teria a possibilidade de atraso por ser uma obra muito complexa”, afirmou. No entanto, ele disse que a discussão sobre o atraso é pequena diante da relevância do sistema BRT. “O importante é que Belo Horizonte terá suas obras de mobilidade concluídas até a Copa do Mundo”.


Gastos. Pela Matriz de Responsabilidade da Copa, o Move da avenida Cristiano Machado sairia por R$ 51,2 milhões, o da área central por R$ 56 milhões, e o das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, R$ 688,2 milhões. Juntos, os trechos somam 23 km de extensão e R$ 795,4 milhões. Para a mesma extensão, o presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, disse anteontem que foram gastos R$ 1,06 bilhão, sendo R$ 761 milhões com projetos e obras e R$ 299 milhões com desapropriações. Isso significa que cada quilômetro custou R$ 46 milhões.


Parte dos aumentos são explicados em aditivos, publicados ao longo de 2012. No primeiro, o valor do contrato da Cristiano Machado quase triplicou, passando de R$ 51,2 milhões para R$ 135,3 milhões. O prazo passou de fevereiro de 2012 para junho de 2013. Na Antônio Carlos e Pedro I, houve uma queda de R$ 100 milhões nas desapropriações, mas as obras tiveram um aumento de R$ 45,7 milhões. A área central também teve gasto a mais, de R$ 56 milhões para R$ 63,84. Os outros gastos não estão no portal.


Inauguração


Datas. O funcionamento do Move para o público, marcado para amanhã, foi adiado para o próximo dia 8, na avenida Cristiano Machado e área central. Na Antônio Carlos, começa em abril.

Fonte: O TEMPO


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Início da funcionamento do Move é adiado para março

O MOVE DO LACERDA TÁ DIFÍCIL DE "MOVER" !!!
Marco Aurélio



Prefeitura afirmou que no próximo sábado começam os testes de veículos no corredor da Avenida Cristiano Machado

João Henrique do Vale
Mateus Parreiras

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou na tarde desta quarta-feira que o funcionamento do sistema rápido por ônibus da capital mineira não começa no próximo sábado, como estava previsto. No fim de semana serão iniciados os testes no corredor da Avenida Cristiano Machado, que liga o centro de BH à Estação São Gabriel. A operação comercial nesse trecho do BRT vai começar no dia 8 de março.

 A quatro dias da inauguração, sistema Move passa por testes
 Embarque e desembarque em estação do Move dá certo em simulação
 Move provoca mudança radical na circulação do trânsito em 13 pontos de BH
O anúncio foi feito durante a coletiva de imprensa da BHTrans, realizada no auditório da Prefeitura nesta tarde para detalhar como funcionará Move. A administração municipal informou que os testes da Estação Pampulha irão começar em 15 de março e a operação comercial no trecho terá início em abril.

Na Estação Vilarinho/Venda Nova os testes começam em 20 de abril e a operação em maio. Com isso, o funcionamento completo do Move só ocorrerá dentro de três meses.

A Prefeitura também detalhou o número de veículos que fará o transporte de passageiros em cada estação. No São Gabriel, serão 136 ônibus, Pampulha 181 e Venda Nova / Vilarinho 98.

Conforme adiantou o Estado de Minas na edição desta quarta-feira, os primeiros ônibus articulados e simples (padron) do Move que irão rodar nos corredores exclusivos das avenidas Cristiano Machado, Santos Dumont e Paraná (com trecho na Avenida Antônio Carlos) serão os das linhas 82 (São Gabriel-hospitais), 83 (São Gabriel-Centro – direta) e 84 (Estação São Gabriel-Lagoinha, via Avenida Antônio Carlos). De acordo com as fontes ouvidas pelo EM, a BHTrans não conseguiu viabilizar a tempo a estreia da linha 80 (Estação São Gabriel-Estação Lagoinha), que deverá ser implantada após a inauguração, em um trajeto controverso, por se tratar de percurso semelhante ao que hoje é feito pelo metrô ao custo de R$ 1,80, contra os R$ 2,65 do Move. Todos os ônibus desses trajeto são de linhas chamadas troncais. Os veículos que levam passageiros dos bairros para as estações, classificados de alimentadores, entram no sistema futuramente, como já era previsto pela BHTrans.

Quando estiver completo, o ramal da Avenida Cristiano Machado, que marca o início do Move, vai receber 10 linhas troncais, trafegando nas pistas exclusivas, e 35 alimentadoras, que se comunicam com bairros e estações.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Conferência clandestina de Lacerda em BH!!!


Após merecidas férias, informo aos leitores do blog meu retorno à rede!!!

Rede na internet ! Que fique claro ! não é a outra rede . . . Alías na rede é que me deitei várias vezes nestas férias, rsrsrsrsrsr

2014 promete, eleições, manifestações, Copa do Mundo, enfrentar o PIG e os piguentos e a vida prossegue.

O primeiro embate do ano que participo e prá não perder o costume, é com a prefeitura de Belo Horizonte. A prefeitura do Lacerda convocou a IV Conferência Municipal de Políticas Urbanas. Parece que é uma Conferência clandestina, pois poucos cidadãos belohorizontinos sabem dela. Não houve nenhuma divulgação para a sociedade. De cara houve embates no COMPUR (Conselho Municipal de Política Urbana) pois a sociedade civil, entidades de classe e cidadãos não puderam dar pitaco na feitura do Regimento da Conferência, foi redigido de acordo com os interesses dos empresários e da tal Nova BH. Como se sabe, até no mundo mineral, que em toda conferência o regimento é aprovado, emendado, ou não, pela plenária soberana!! ora bolas.

Outra polêmica se refere ao número de delegados; são apenas 9 delegados do setor popular por regional, dentro de um sistema tripartite (técnicos / empresários / popular) montado para que nunca o setor popular seja vitorioso nas votações das propostas da conferência!!






A abertura da Conferência aconteceu (e não aconteceu!!!) no dia 03 de fevereiro último no auditório da Secretaria de Educação na Rua Carangola, várias lideranças presentes ao encontro se manifestaram contrárias ao regimento e reivindicavam discutir e propor emendas, o governo Lacerda prepotente como de seu estilo não quis discutir e disse que estava aprovado e pronto!!! o choro é livre!!! Resultado: houve embate entre plenária e governo e a reunião teve que ser encerrada.

Ontem, dia 04, aconteceu (e não aconteceu!!!) a etapa regional da Conferência em Venda Nova. Os "inteligentes" do governo Lacerda marcaram a plenária para a sede da Regional numa sala que cabe 60 pessoas, 350 se inscreveram para participar, resultado: embate, protestos, e o constrangimento de ter que adiar a etapa de Venda Nova para outra data.

São ou não são incompetentes!!!!

Por Marco Aurélio