terça-feira, 4 de setembro de 2012

A herança maldita



O governo Lula recebeu uma herança maldita do governo FHC, refletida numa profunda e prolongada recessão, no desmonte do Estado, na multiplicação por 11 da dívida pública, no descontrole inflacionário. O controle da inflação jogou-a para baixo do tapete: transferiu-a para essa multiplicação da dívida pública.

O povo entendeu, rejeitou FHC e derrotou os seus candidatos: Serra duas vezes e Alckmin. Isso é história, tanto no sentido que é verdade incorporada à história do Brasil, como história porque o governo Lula, com grande esforços, superou a recessão profunda e prolongada herdada e conduziu o Brasil ao ciclo expansivo que dura até hoje.

Para não aguçar o clima de instabilidade que a direita pretendia impor no começo do seu governo, Lula preferiu não fazer o dossiê do governo FHC, que incluísse tudo o que foi mencionado, mais os escândalos das privatizações, da compra de votos para a reeleição, da tentativa de privatização da Petrobras, entre outros.

Não por acaso FHC é o político mais repudiado pelos brasileiros. Já na eleição de 2002, Serra tratou de distanciar-se do FHC. Em 2006, as privatizações, colocadas como tema central no segundo turno, levaram a uma derrota acachapante do Alckmin. Em 2010, de novo o Serra nem mencionou FHC, tentou aparecer como o melhor continuador do governo Lula, para a desmoralização definitiva do governo FHC.

Ao lado disso, economistas da ultra esquerda esposaram a bizarra tese de que não havia herança maldita, que o governo Lula era continuidade do governo FHC, que mantinha o modelo neoliberal. Além de se chocarem com a realidade das transformações econômicas e sociais do país, foram derrotados politicamente pelo total falta de apoio a essas teses no final do governo Lula, quando o candidato que defendeu essas posições, apesar de toda a exposição midiática, teve 1% dos votos.

FHC não ouve ninguém, despreza os que o cercam, mas sofre da teoria da dependência da dor de cotovelo. Dedica as pouco claras forças mentais que lhe restam para atacar Lula, cujo sucesso – espelhada no apoio de 69,8% dos brasileiros que querem Lula de volta como presidente em 2014 e nenhuma pesquisa sequer faz a mesma consulta sobre o FHC, para não espezinha-lo ainda mais – fere seu orgulho à morte.

Esses amigos tentam convencê-lo a não escrever mais, a não se expor ainda mais à execração publica – com efeitos diminutos, porque ele não ouve, seu orgulho ferido é o maior dos sentimentos que ele tem, mas também porque ninguém lê seus artigos – a se retirar definitivamente da vida pública. Cada vez que ele se pronuncia, aumentam os apoio ao Lula e à Dilma.

A historia diz, inequivocamente, que o Lula é um triunfador e FHC um perdedor. Isso a direita e seu segmento midiático não perdoam, mas é uma batalha perdida para todos eles.

Postado por Emir Sader às 08:47

Fonte: CARTA MAIOR

Campanha incentiva consumo de pescado no País



Semana do Peixe vai até 17 de setembro e conta com ações em escolas, restaurantes e supermercados 
A Semana do Peixe 2012, que começou nessa segunda-feira (3), tem o objetivo de incentivar os brasileiros a consumir mais pescado. Com o slogan “Pescado: dá água na boca e faz bem pra a saúde”, a ação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que está em sua 9a edição, vai até 17 de setembro. A mobilização será feita por meio de anúncios e divulgação em programas de culinária na televisão, veiculação de jingles e incentivo à interação do público nas redes sociais. A campanha teve adesão de todas as unidades da federação e conta ainda com ações em escolas, restaurantes, supermercados, feiras livres e outros pontos de vendas.
Neste ano, a Semana do Peixe traz algumas novidades. A campanha na televisão e na internet terá a participação de Thiago Pereira, medalhista olímpico. Além disso, eventos gastronômicos serão promovidos em todos os estados e no Distrito Federal.
Consumo - A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de, pelo menos, 12 quilos de pescado por habitante/ano. No Brasil, a tendência é de crescimento da participação de peixes e similares na alimentação, embora a população ainda consuma abaixo do recomendado. Entre 2000 e 2010, o País saiu do patamar de 6,71 quilos por habitante/ano para 9,75 quilos. A média mundial de consumo de pescado é de mais de 18 quilos.
O Brasil tem um dos maiores potenciais do planeta para a produção de pescado, com a maior reserva de água doce do mundo (13%) e um litoral de 8 mil quilômetros. Atualmente, existem mais de 200 reservatórios de barragens adequados à produção. O incentivo à criação de pescado (aquicultura) é uma das ações para atendimento da demanda interna e externa, pois a pesca de captura tem a produção praticamente estagnada no mundo há mais de dez anos.
Produção - Em 2010, a Estatística da Pesca e Aquicultura, estudo realizado pelo MPA, registra que a produção de pescado foi de 1.264.765 toneladas (t) - um incremento de 2% em relação a 2009, quando foram produzidas 1.240.813t de pescado. A pesca extrativa marinha continuou a principal fonte de produção, sendo responsável por 536.455t (42,4% do total de pescado), seguida pela aquicultura continental (394.340t; 31,2%), pesca extrativa continental (248.911t; 19,7%) e aquicultura marinha (85.057t; 6,7%).
Ainda em 2010, a região Nordeste foi a responsável pela maior produção de pescado do País, com 410.532 t, respondendo por 32,5% da produção nacional. As regiões sul, norte, sudeste e centro-oeste, respectivamente, registraram 311.700t (24,6%), 274.015t (21,7%), 185.636t (14,7%) e 82.881t (6,6%). Por unidade da federação, Santa Catarina continua sendo o maior polo produtor de pescado do Brasil, com 183.770t, seguido do Pará com 143.078t e Bahia, com 114.530t.
Pescadores - O Brasil conta hoje com cerca de um milhão de profissionais da pesca e 900 colônias de pescadores. Neste ano, o MPA firmou um acordo de cooperação com o Ministério da Saúde para o atendimento médico e odontológico desses trabalhadores. A ação disponibiliza viaturas com consultório dentário, percorrendo as colônias de pesca. A iniciativa começará pela região Nordeste.

Participação
Na página do MPA na internet , as pessoas poderão enviar receitas de pescado para divulgação e obter o cartaz da campanha. Também é possível imprimir a cartilha com dicas para manipulação de pescado, além de orientações sobre como verificar a qualidade do produto na hora da compra, além de receitas regionais. Um aplicativo permitirá que esse conteúdo possa ser acessado, a todo o momento, pelo celular.

Fonte: EM QUESTÃO