quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Aecím, governador, passou um ano no Rio

E quer o impítim da Dilma. Quá, quá, quá !

Do Janio de Freitas, na Fel-lha:


ÍNTIMO

Sete anos e três meses fizeram 2.610 dias de governo de Aécio em Minas, entre 2003 e 2010. Seria indelicado, no Rio, vermos Aécio como um visitante. É de casa. Mas estar como governador o pôs na condição temporária de visitante de fim de semana, cujo período típico é de sexta ao final de domingo ou, também comum, até a manhã de segunda. O equivalente a três a quatro dias.

Especulemos com o período menor, cerca de três dias. Deixados de lado voos em aviões e helicópteros particulares e fretados, nas 124 viagens ao Rio em aviões oficiais –reveladas na Folha por Ranier Bragon e Aguirre Talento– Aécio passaria 372 dias no Rio. Na capital, em Angra, em Búzios, foi sempre foi muito solicitado, para bem mais de três a cada vez. Chamado, porém, de volta à responsabilidade de conduzir Minas e os mineiros.

Mas 372 dias, não importa se um pouco menos ou um tanto mais, perfazem um ano de governo passado no Rio.


(...)

Fonte: CONVERSA AFIADA

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Metrô novo em BH!!!!

Calma, são apenas novos trens!! Linha nova e expansão ainda vai demorar!!!


Novos trens finalmente começam a levar passageiros

Letícia Alves - Hoje em Dia


Foto: Lucas Prates/Hoje em Dia

Vagões têm câmera de vigilância, painéis eletrônicos informativos e ar-condicionado


Foram quase nove meses de atraso, mas finalmente os usuários do metrô puderam experimentar a principal novidade no sistema desde a sua implantação, há 29 anos. Começou a circular nesta quarta-feira (16) a primeira das dez novas composições adquiridas pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a um custo de R$ 171,9 milhões.

Apesar de já transportar passageiros, o veículo será operado em caráter de testes nos próximos dias, sempre das 9h às 16h. Na sequência, outros trens entrarão gradativamente em atividade, de acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro), Romeu José Machado Neto.

A CBTU não informou a previsão para a integração de todos os vagões. A promessa foi começar a operação em janeiro, e o atraso foi justificado pela necessidade de testes. Segundo Neto, os testes foram indispensáveis, já que passaram a circular no sistema trens muito diferentes. “É complicado, a tecnologia é outra. Por isso a demora. Várias alterações foram feitas nas novas composições para que pudessem circular com passageiros”.

Com os novos trens, o sistema passará a contar com 35 composições, cada uma com quatro vagões. A integração ampliará a capacidade do sistema em quase 50%, atendendo a 340 mil passageiros/dia. O intervalo entre viagens, entretanto, continuará entre quatro e oito minutos.

Em uma segunda etapa da implantação, a CBTU deverá integrar as composições antigas, que passarão a rodar com oito vagões por trem. A partir dessa alteração, os trens novos poderão circular no horário de pico.

Sstisfatório

Quem embarcou na nova composição nesta quarta-feira (16) notou logo a diferença. “Ajuda muito quem tem problema de locomoção e de audição”, afirmou o operador de guilhotina George Pereira Silva, de 31 anos. Para ele, ainda é preciso reduzir o tempo de viagem.

O ar-condicionado foi o diferencial que chamou a atenção da professora Luíza Krygsman, de 18 anos. “Tá bem melhor. O ar está funcionando. O interior dos trens antigos é muito quente”.

E um dos “vovôs” da frota da CBTU apresentou problema técnico justamente nesta quarta-feira (16), às 14h40, na Estação Minas Shopping. Os passageiros tiveram de mudar de veículo e esperar mais de dez minutos para seguir viagem.

Para o aposentado Eduardo Antônio Pereira, de 69 anos, o ocorrido evidencia a falta de organização do sistema. “O metrô é bom, mas precisa de um pouco mais de ordem. O que aconteceu hoje foi uma falta de respeito”. Questionada sobre a falha, a CBTU não se manifestou.

Para o aposentado Nicomedes Vieira, de 80 anos, os trens novos ajudam a melhorar o serviço, limitado a uma linha. “BH está precisando de muito transporte. Tem de ampliar”.

Fonte: HOJE EM DIA

BHTrans vai cancelar licenças e licitar novas placas de táxi

Processo para trocar 433 concessões terá início ainda neste ano e atende ordem da Justiça




Endereço. Na imagem, a fachada da empresa Taxil, uma das 36 instituições detentoras das 493 placas de táxi de Belo Horizonte

BERNARDO MIRANDA

A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) tem até o fim do ano para licitar as 433 permissões de táxi destinadas a pessoas jurídicas na capital. A autarquia foi notificada pela Justiça para cumprir decisão de 2012 que determina a suspensão das atuais permissões e a licitação para o preenchimento das vagas. A ação foi movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e não era cumprida até então por causa de negociações entre a promotoria e a BHTrans. Como argumento, o Ministério Público alegava que, na maioria dos casos, as empresas eram criadas apenas com os propósitos de alugar as licenças e acumular riqueza.

A BHTrans informou que vai cumprir a determinação judicial. Porém, as placas licitadas continuarão exclusivas para empresas. Para evitar que os CNPJs sejam criados como fachada, a promotora Elisabeth Villela, que acompanha o caso, afirmou que um acordo foi feito. As vencedoras não poderão alugar a permissão, terão que contratar motoristas, com todos os direito trabalhistas previsto na CLT, como férias remuneradas, adicional noturno entre outros.

“Pegar a concessão e alugar não vai acontecer mais. Não vai haver essa exploração do motorista auxiliar com aluguel da permissão”.

O promotor Leonardo Barbabela, que atuou no caso, explicou que a legislação prevê a destinação das concessões prioritariamente para pessoa física. Apenas no caso de não haver interessados é que elas podem ser licitadas para pessoas jurídicas.

Enriquecimento. Das 493 placas para pessoas jurídicas de BH, 433 foram conseguidas sem licitação, por meio de autorizações dadas antes da Constituição de 1988, ou pela compra da licença com transferências permitidas pela BHTrans até 2012. As demais 60 foram licitadas no mesmo ano e são exclusivas para táxis acessíveis, adaptados para pessoas com deficiência.

Barbabela argumentou que a permissão de táxi para empresas da forma como está é uma distorção dos preceitos de concessão pública. “A concessão leva em consideração uma característica pessoal (qualificação). Não faz sentido você ceder essa licença para uma empresa que nem vai contratar um motorista, mas alugar a permissão para um condutor auxiliar. Essas empresas na verdade fazem da concessão uma forma de investimento”, afirmou Leonardo Barbabela.

Hoje, os motoristas auxiliares pagam em média R$ 180 de aluguel do carro, por dia. Assim, por mês cada licença gera uma receita para as empresas de R$ 5.400. Como há locadora de táxis na cidade com até 30 permissões, o lucro mensal chegaria a R$ 162 mil.

Saiba mais

Pessoa física. A decisão judicial de 2012 também determinava que as permissões de pessoas físicas seriam vitalícias, mas sem possibilidade de transferência para parentes em caso de morte. Porém, a presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou em 2013 a lei que permite que a concessão pode passar para herdeiros de primeiro grau.

Recurso. A Procuradoria Geral da República entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a lei sancionada pela presidente Dilma é inconstitucional, com o argumento de que a concessão não é patrimônio.

Suspensão. Conforme a decisão judicial de 2012, a BHTrans só pode cancelar as permissões depois que for realizado o processo licitatório para substituir as licenças cassadas.

Fonte: O TEMPO

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Capitulação em câmera lenta

Não aceitamos rasgar a Constituição de 1988, atropelar as conquistas desde 2003 e promover auto-golpe, em favor do programa derrotado nas eleições de 2014. Prosseguir neste caminho levará a uma ruptura de fato entre a presidenta, seu Partido, sua base de apoio e seu eleitorado.
Por Valter Pomar*, de seu blog

camera lenta maçãNo dia 14 de setembro, o governo federal anunciou um conjunto de medidas, supostamente com o propósito de enfrentar o déficit e cumprir o superávit primário.
Segundo o noticiário, as medidas afetam a remuneração dos servidores, os concursos públicos, o PAC, o Minha Casa Minha Vida, obras de infraestrutura, o orçamento da saúde, as garantias dos preços agrícolas, as desonerações e estímulos fiscais, a Previdência e o Sistema S/Sebrae. Anunciaram-se também algumas medidas tributárias.
Esta nova rodada de cortes confirma que a política de ajuste recessivo provocou mais desajuste fiscal, além de recessão e desemprego.
Fica claro, ademais, que o “ajuste” não será de curta duração. E que a presidenta Dilma segue convicta da correção deste tipo de ajuste.
Sendo esta a situação, o Partido dos Trabalhadores precisa dizer para a presidenta Dilma que — em nossa opinião — tais medidas não constituem uma resposta adequada aos reais problemas nacionais.
Pelo contrário.
O Brasil precisa de crescimento econômico, com distribuição de renda e de riqueza. Crescimento exige ampliar –e não cortar– os investimentos públicos e sociais.
Mesmo as alterações tributárias anunciadas só ganham sentido se tiverem como objetivo retomar o crescimento com distribuição de renda e riqueza.
Do contrário, as novas receitas apenas reforçarão o caixa do capital financeiro.
O Partido dos Trabalhadores precisa dizer para a presidenta Dilma que outro ajuste é possível.
Por exemplo, reduzindo a taxa de juros, alongando o pagamento da dívida pública, estabelecendo controle de câmbio, lançando mão das reservas internacionais, tributando fortemente as grandes fortunas, cumprindo o orçamento, retomando o papel da Petrobrás e do Minha Casa Minha Vida.
O PT não pode calar diante de um fato evidente: a política de ajuste recessivo vai na contramão do programa vitorioso nas eleições presidenciais de outubro de 2014.
Falando claramente: a política de ajuste recessivo é um golpe contra a expressão majoritária do voto popular. Golpe que agride e desorienta nossas bases sociais e alimenta o golpismo da direita.
Precisamos implementar o programa que o povo escolheu em outubro de 2014. Este é o caminho, também, para defender as liberdades democráticas e garantir o mandato da presidenta Dilma.
Para defender a democracia é preciso outra política econômica.
Caso a direção nacional do PT não esteja convencida ou não esteja disposta a dizer isto para a presidenta Dilma, deveria então convocar um Encontro nacional extraordinário, para que as bases partidárias possam dizer se estão de acordo em manter a atual relação entre o Partido dos Trabalhadores e o governo Dilma.
Relação na qual — atualmente — o PT é o único partido que não disputa os rumos do governo que elegeu.
O Partido precisa alterar a relação que mantém com o governo Dilma. O PT precisa disputar os rumos do governo Dilma. Precisamos dizer –pública e claramente– que o Partido dos Trabalhadores defende outro rumo.
Não aceitamos rasgar a Constituição de 1988, atropelar as conquistas desde 2003 e promover auto-golpe, em favor do programa derrotado nas eleições de 2014.
Prosseguir neste caminho levará a uma ruptura de fato entre a presidenta, seu Partido, sua base de apoio e seu eleitorado. A direita deseja esta ruptura, não para preservar a presidenta Dilma, mas sim para desfazer-se dela mais facilmente, tão logo julguem necessário.
Cabe ao PT reafirmar à presidenta que ela conta conosco para implementar o programa e exercer o mandato que as urnas lhe concederam em outubro de 2014. Assim como conta conosco contra qualquer tentativa de interromper seu mandato.
Mas também conta com nossa opinião. E nossa opinião sincera é que o atual caminho não passa de uma capitulação em câmera lenta.

* Valter Pomar é professor e militante do PT

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O menino sírio e os meninos do Ceará


Para Dilma ouvir e pensar: a Orquestra Sinfônica Estrelas da Serra


Luis Nassif


Antes, havia a vegetação da Chapada do Ibiapaba, no Ceará, e a miséria. Aos poucos os miseráveis foram se juntando e há 27 anos o povoado foi elevado à condição de município de Croatá. Foi apenas para permitir aos políticos se apropriarem de um naco do Fundo de Participação dos Municípios e criar cargos remunerados para prefeito e vereadores.
A cidade efetivamente começou a nascer de doze anos para cá. O salário mínimo melhorou e, junto com o Bolsa Familia, ajudou a irrigar as famílias locais, o Luz para Todos a inseri-los na civilização.
A nova renda criou um comércio local, ainda que acanhado. E migalhas do orçamento, plantadas em terra inóspita, permitiram que as pessoas fossem saindo das brumas da fome e da miséria e, no meio delas, nascesse o empreendedorismo. Não o empreendedorismo dos grandões locais mamando nas tetas do FPM, nem dos jovens bem concebidos e bem formados da capital, empreendendo em aplicativos para smartphones. Mas na pessoa de um funcionário municipal, o guarda Hélio. Ou melhor, o Maestro Hélio, com M maiúsculo.
Ele não lê partituras. Mas foi dotado de um talento especial que lhe permite conceber de ouvido arranjos complexos e descobrir de orelhada o talento oculto em alguns daqueles filhos da miséria e da seca. E, principalmente, da vocação de prepará-los para o mundo.
No começo, juntou algumas crianças tocando pífaro. Montou os arranjos, organizou os moleques para as primeiras apresentações. Depois, foi ampliando o grupo e descobriu as Leis de Incentivo à Cultura, estadual e federal, porque no município, mesmo, nada conseguiu. O prefeito boicota como pode, porque quer o apoio político da orquestra e o guarda Hélio não é adepto do prefeiturismo de coalizão.
O prefeito oferece bolsas para os meninos que aceitem desistir da música e às famílias que aceitem matar os sonhos musicais dos seus filhos.  Mas os meninos não cederam e as famílias resistiram, porque os cidadãos locais livraram-se do jugo do cabresto com seus  cartões do INSS e do Bolsa Família.
Em outros tempos, seriam meninos condenados à miséria. Em lugar das flautas, clarinetas e saxofones, provavelmente enxadas, ancinhos, picaretas, e, como música, apenas a incelença com com que as carpideiras enterram os locais.
A banda foi aumentando. Conseguiu o patrocínio de uma empresa de ônibus e de outra empresa regional. O guarda Hélio preparou os arranjos. E foi assim que nasceu a Orquestra Sinfônica Estrelas da Serra.
Na sexta-feira passada, à noite, no centro de convenções de Ubajara, os meninos do Maestro Hélio abriram a convenção do CDL (Clube dos Dirigentes Lojistas) estadual para um público de 1.500 lojistas.
Só forró pé de serra? Que nada. Também Michael Jackson, Legião Urbana, um pout pourri de artistas cearenses. Porque a luz elétrica, levada pelo Luz para Todos, permitindo aos meninos de Croatá o acesso à Internet, conferiu-lhes o sentimento do mundo.
Vestidos a caráter, os meninos de terno e gravata, cabelos penteados, as meninas de longo, por sua história, pelo modo compenetrado com que tocam, pelo entusiasmo que nasce da batuta do maestro e se espalha pelos 70 instrumentistas, o som que brota da Sinfônica Estrelas da Serra encarna o sentido civilizador da música, como nenhuma outra Sinfônica do mundo.
Ao final, o maestro Hélio agradece os aplausos. São 70 meninos. Na região, os talentos passam de 200. E há uma singularidade: os mais talentosos estão entre os mais necessitados. É como se Deus os colocasse na faixa de Gaza da miséria nordestina, lhes entregasse o dom da música e a recomendação: vai, meu filho, que o seu dom o salve da morte breve e o guie pelo mundo.
O maestro Helio solicita então que os bens aquinhoados cidadãos do encontro ajudem a bancar a bolsa para os alunos que não podem pagar: R$ 10,00 mensais por aluno. E, no telão do encontro, coloca o e-mail, o site e a conta corrente para as contribuições.
Os senhores de preto
A mil e tantos quilômetros dali, senhores vetustos se reúnem na calada da noite para o grande pacto nacional de governabilidade.
Em um apartamento amplo de Higienópolis, o velho ex-presidente de alma seca como o agreste cearense comanda o regabofe e ensaia sua proposta de pacto.
A velha companheira partiu há tempos. Era ela quem cuidava diariamente de irrigar sua alma com algumas gotas de brasilidade, com o sentimento de solidariedade, com a generosidade que deveria ser parte integrante  dos que governam.
Mas o solo era seco e árido para florescer, e mais árido e seco se tornou depois que ela partiu. Nos últimos anos sua voz sibilina como a de um cortesão florentino, cortante e cruel como a de uma harpia grega, ajudou a disseminar o ódio na sua comunidade.
Agora, vale-se  da fragilidade de uma presidente perdida para propor o pacto saneador, o grande acordo nacional que permitirá aos homens de bens o sono tranquilo.
Não se imagine um pacto a favor de políticas civilizatórias, buscando níveis maiores de metas de IDHs, das metas do milênio, ou da possibilidade de fazer brotar outras Estrelas da Serra pelo país afora.
Para aqueles nobres senhores, a miséria não tem rosto. O pacto não visará apenas equilibrar o orçamento deste ano. Seu objetivo é cortar de vez esses desperdícios que ousam mudar a ordem natural das coisas, plantar músicos onde deveriam  nascer cactus, permitir o estudo para quem nasceu para o analfabetismo, abrir as portas do futuro para quem, do passado, não consegue desbravar sequer a própria genealogia.
Generosos, os editores das redes de TV pouparam-nos da visão dos meninos de Croatá ou das explicações sobre o fenômeno que faz nascer flores no deserto: seria insuportável para os homens de negro admitir que o milagre da multiplicação de talentos nasceu da melhoria do salário mínimo, dos gastos do Bolsa Família, do Luz Para Todos.
No seu salão, o ancião frio pensará nas imposições que fará para impor o pacto. A paz nacional será alcançada desde que entregue, na bandeja do orçamento não apenas os sonhos musicais, mas a própria segurança alimentar de milhões de crianças, plantadas em terra inóspita e que um dia ainda poderiam florescer.
A mil quilômetros de distância, enclausurada em seu Palácio de Cristal, perdida entre seus pares, a presidente avalia se cede ou não. O país inteiro na expectativa: a presidente vai admitir seus erros? não vai admitir seus erros?
Não basta dizer: é possível que eu tenha errado. A prova do pudim, a senha que tirará a presidente das portas do cadafalso e lhe permitirá respirar é declarar: as políticas sociais serão cortadas. Então, os bens pensantes a saudarão e a mídia a perdoará dos erros passados. E dirão, com a sabedoria dos filósofos medievais, que a terra é plana e Deus ilumina os que trilham o caminho dos bens.
E, nos lares aquecidos do sudeste, famílias solidárias mostrarão que têm sentimentos, contemplando com olhos umedecidos a imagem do menino sirio que uma onda do mar depositou na praia, como que dormindo. E não verão, por distantes, as estrelas que se apagarão na serra.

Fonte: JORNAL GGN