terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

AE divulga resolução nas negociações do VI Congresso do PT


RESOLUÇÃO DA DIREÇÃO ESTADUAL DA TENDÊNCIA PETISTA ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA DE MINAS GERAIS
1- No dia 18 de fevereiro realizamos uma reunião da Direção Estadual da Articulação de Esquerda de Minas Gerais com a presença de Valter Pomar, representando a Direção Nacional da AE, para debater a linha que a tendência vai adotar no PED (Processo de Eleições Diretas) e na formação de chapas no estado.
2- Essa reunião se deu logo após a realização do Encontro Estadual do Muda PT de Minas Gerais.
3- A tendência petista Articulação de Esquerda participa do movimento Muda PT desde que surgiu – junto das tendências MS, Avante, Mensagem e lideranças independentes – e o considera fundamental para a construção de outra política e direção partidária que esteja à altura dos novos e velhos desafios da luta de classes no Brasil e no mundo. Mas consideramos fundamental lembrar que o Muda PT não é uma tendência, nem uma chapa, existindo também entre nós diferentes pontos de vista.
4- As diferentes posições existentes dentro do Muda PT ficaram claras, no caso de Minas Gerais, pelos seguintes fatos:
(1) a tendência EPS está fora do Muda PT em âmbito nacional, mas participa em Minas Gerais;
(2) a presença em algumas reuniões de representantes de setores do partido que defendem a política, ou mesmo fazem parte, da atual maioria, como é o caso dos mandatos dos deputados estaduais Ulysses Gomes e Geisa Teixeira
(3) a participação do deputado Reginaldo Lopes, conhecido por defender uma política recuada, tendo chegado a sugerir que o PT rebaixasse seu programa à defesa da social-democracia;
(4) a posição que existia até então dentro do Muda PT, em favor de uma chapa única estadual, com o apoio e/ou participação do governador Fernando Pimentel e outros grupos que defendem outra política para o PT, diferente da nossa.
5- Tendo isto em vista, apoiamos a postura aprovada pelo Encontro Estadual do Muda PT, que decidiu excluir a possibilidade de se construir uma chapa única de disputa de delegados (as) no estado, chapa única que incluiria setores que se alinham à política que combatemos no partido.
6- Lembramos que os grupos que em âmbito nacional compõem a maioria do partido, em Minas Gerais estão divididos em dois grandes blocos: um integrado por Patrus Ananias e outro por Fernando Pimentel. Dentro do Muda PT, existem setores que defendiam uma composição de chapa com os grupos liderados por Pimentel.
7- Por tudo isso, avaliamos como muito positiva a deliberação contra a “chapa única”, entre outros motivos porque consideramos fundamental garantir o debate sincero sobre os desafios e rumos do PT na base, o que só é possível quando as divergências políticas são explicitadas.
8- A partir da política defendida pelos diversos setores que têm se aproximado do Muda PT em Minas Gerais, expressa tanto pelo debate teórico quanto pela prática, temos inteira disposição em compor uma chapa de delegados(as) com as tendências MS, EPS e DS, bem como com as lideranças que se organizam em torno dos mandatos dos deputados estaduais Rogério Correia, Marília Campos e Jean Freire, e dos deputados federais Padre João, Adelmo Leão e Margarida Salomão.
9- Afirmado isso, entendemos que o primeiro passo para consolidarmos essa chapa de delegados(as) do Muda PT no estado é construirmos uma convergência política que contribua para “mudar os rumos do PT no Brasil e em Minas Gerais , renovando sua identidade socialista, a relação com suas bases e com as lutas dos movimentos sociais”, tal como foi aprovado no Manifesto em nosso encontro estadual. A tese que será elaborada para possibilitar essa convergência deve apontar também novos rumos para o governo Pimentel, capaz de superar a situação defensiva em que se encontra e realizar as mudanças para as quais foi eleito. A existência de uma chapa depende da existência de uma tese comum sobre o que defendemos para o futuro!
10- Caso não seja possível alcançar essa convergência política para a construção de uma única chapa de delegados(as) estaduais, devemos respeitar o processo de formação de duas ou mais chapas a partir dos consensos construídos, sem que nenhuma se auto-proclame como a chapa do Muda PT.
11- E mesmo que não consigamos construir essa convergência no “ponto de partida”, já nos colocamos prontamente dispostos à construção da unidade do Muda PT nas próximas etapas desse 6º Congresso.
12- Em qualquer destas hipóteses (uma ou várias chapas do Muda PT), a tendência petista Articulação de Esquerda já iniciou a montagem da lista de militantes que farão parte de nossa chapa.
13- A partir de nossa tese nacional “A esperança é vermelha: defender os direitos e derrotar o golpismo, em luta por um Brasil democrático-popular e socialista” e da carta-manifesto “É preciso Coerência para Mudar o PT”, convidamos as lideranças identificadas com a política defendida pela Articulação de Esquerda para a construção de uma chapa de delegados(as), independente de qual será a sua composição possível. E nos colocamos à disposição para seguir dialogando com todas as forças e militantes que querem Mudar o PT pela esquerda.
Para aderir à nossa chapa ou entrar em contato com a gente, basta preencher o formulário nesse link: https://goo.gl/forms/VT9xWTVipYZ7JbQk2 ou nos escrever no e-mail: aesquerdaptminas@gmail.com.