O parque gerador brasileiro aumentou sua capacidade em 4.244 MW desde o início da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), em janeiro de 2011. O aumento da capacidade instalada é suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 6,5 milhões de habitantes, como o Rio de Janeiro. Dos 52 empreendimentos de energia elétrica que deram início às operações, 3.525 MW (83%) são de fontes consideradas limpas e renováveis, de acordo com o quinto balanço do programa, divulgado no último dia 19.
Jirau, que terá turbinas do tipo bulbo, está 80% concluída / Crédito: Ministério do Planejamento
As obras de energia elétrica em andamento em todo o território nacional aumentarão em 28.022 MW a capacidade de geração, com a construção de 11 hidrelétricas (18.702 MW), 28 termelétricas (6.868 MW), 87 eólicas (2.291 MW) e nove pequenas centrais hidrelétricas (161 MW).
Além disso, inovações tecnológicas permitem uma produção com menor impacto ambiental. A Usina de Jirau, em Rondônia, por exemplo, que já iniciou o enchimento do reservatório, funcionará a fio d’água por meio de turbinas do tipo bulbo, que diminuem a área alagada e têm um efeito menor na vida do rio. A Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio já está em operação parcial, com seis máquinas, com capacidade para gerar 417 MW.
Obras prontas - A UHE Passo do São João, concluída, está gerando energia renovável na região Sul. Entraram em operação 19 usinas eólicas (UEE) com capacidade instalada de 475 MW, além de 23 Usinas Termelétricas (UTE) com capacidade de 1.711 MW, que contribuíram com o aumento de geração de energia no País.
A hidrelétrica de Mauá (PR) está com 98% das obras executadas. Já a UHE Colíder, no Mato Grosso, terá capacidade de produção de 300 MW e está com 64% das obras executadas, sendo que 30% foram realizadas neste ano. Belo Monte (PA), com capacidade de 11.233 MW, se destaca por ser a maior usina de geração de energia em construção no mundo e avançou 16% em sua execução.
Transmissão - Para levar essa energia aos mercados consumidores e interligar ao Sistema Nacional foram realizados três leilões, em 2012, que viabilizaram a concessão de 2.625 km de linhas de transmissão, com investimento previsto de R$ 3,9 bilhões. Atualmente, são 23 linhas de transmissão em obras, totalizando 10.657 quilômetros. Desde o início do PAC 2 foram concluídas 17 delas, somando 3.308 quilômetros de extensão, além de 13 subestações.
As subestações coletoras de Porto Velho (RO) e Araraquara II (SP), dois extremos de uma linha de 4.750 km de extensão, receberão investimentos de R$ 736 milhões. Araraquara II já está concluída e a subestação de Porto Velho está quase pronta, com 99% das obras executadas.
Luz para Todos faz 337,9 mil ligações
Desde o lançamento do PAC 2 até setembro deste ano, foram realizadas 337.903 ligações de energia elétrica em casas de famílias que vivem no campo, em assentamentos da reforma agrária, aldeias indígenas, comunidades quilombolas e de ribeirinhos. Essas ligações representam 46% do total de 727 mil ligações previstas para os quatro anos de PAC 2, sendo 130 mil na faixa de extrema pobreza.
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) revelam que o Programa Luz para Todos segue rumo à universalização do acesso à luz elétrica no Brasil. De acordo com a pesquisa, 99,3% dos domicílios brasileiros possuíam luz elétrica em 2011.
Fonte: EM QUESTÃO