quarta-feira, 21 de março de 2012

Parceria para barrar tucanos é acertada pelo PT em BH

Caso essa tese vingue no domingo, Marcio Lacerda terá de escolher entre PT e PSDB

Alessandra Mello


Já está acertada a aliança entre os defensores da candidatura própria à Prefeitura de Belo Horizonte e os partidários da coligação com o prefeito Marcio Lacerda sem a presença do PSDB. No sábado, eles vão apresentar uma resolução conjunta com diversos pontos, entre eles a repactuação dos rumos da prefeitura, com mais atenção para a política social, e a da exclusão dos tucanos da chapa e do governo. O texto ainda está sendo elaborado, mas essas são as exigências das duas correntes que se encontraram nessa terça-feira na sede do partido.

Caso essa tese vingue no domingo, o prefeito terá de escolher entre PT e PSDB. O documento também pretende estabelecer um prazo para que Lacerda se posicione sobre isso. Já os defensores da aliança sem restrição tentarão emplacar a tese da manutenção da coligação sem nenhuma condicionante. Juntos, eles esperam ter 58% dos delegados que vão escolher no domingo a posição do partido na sucessão.

Mas a conta não é tão simples assim, pois entre os defensores da aliança sem o PSDB deve haver muita debandada para as fileiras dos que pregam a aliança sem nenhum tipo de restrição. Caso a tese da coligação com qualquer legenda seja aprovada, o partido ainda terá de negociar essa posição com a direção nacional, que proibiu chapas com partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff. É que a direção nacional vetou coligação com o PSDB em cidades com mais de 100 mil eleitores. No entanto, os partidários da aliança com Lacerda e PSDB alegam que esse restrição só vale para a chapa majoritária (prefeito e vice-prefeito).

O PSDB torce para que o PT não se alie ao PSB. Caso isso ocorra, o caminho vai ficar livre para que os tucanos possam indicar o candidato a vice-prefeito. Nos bastidores, a relação entre petistas e tucanos na administração da prefeitura é cada dia pior. Anteontem, na cerimônia de assinatura do contrato das obras para a construção da nova rodoviária não estava presente o secretário de Obras e Infraestrutura, Murilo Valadares (PT). Estavam apenas o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Faulhaber, e o presidente da Empresa de Transportes e Trânsito, Ramon Vitor Cesar, ambos ligados ao PSDB.


Fonte: ESTADO DE MINAS

Nenhum comentário:

Postar um comentário