quinta-feira, 1 de março de 2012

Números mostram que capital vive epidemia de violência

É o modo tucano de conduzir a segurança em Minas e em Belo Horizonte
Reportagem do jornal o O TEMPO de hoje, 01/03/2012, mostra o aumento da violência no Estado. Segundo os dados levantados em Belo Horizonte este número triplicou.
É simplesmente o retrato do famigerado "Choque de Gestão" no Estado e muito bem aplicado por Lacerda na capital.

Veja a reportagem do O TEMPO:



Retrocesso.Estatísticas apontam índices de assassinatos três vezes maiores que o aceitável pela OMS
Taxa de crimes hoje é de 30 mortes para 100 mil habitantes; Rio e SP têm menos
JOANA SUAREZ

Os dados sobre criminalidade, divulgados ontem após 13 meses mantidos sob controle do Estado, confirmam o que a população tem sentido na pele. Minas Gerais vive hoje uma epidemia de violência. Enquanto o índice de homicídios considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de dez assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes, Belo Horizonte encerrou 2011 com números três vezes maiores. Foram 30,65 homicídios para cada 100 mil.

A capital superou até o Rio de Janeiro, que, atualmente, registra 22,31 assassinatos para cada grupo de 100 mil. Na região Sudeste, apenas Vitória tem índices piores que os de Belo Horizonte: 48,2 mortes para cada 100 mil habitantes. Em São Paulo, são nove crimes para o mesmo grupo.

"Em Belo Horizonte, não existe bala perdida como no Rio de Janeiro. Os crimes aqui acontecem por disputas de gangues por pontos de tráfico", justificou o secretário de Estado de Defesa Social, Lafayette Andrada, que ontem recebeu a imprensa para apresentar as estatísticas no salão de festas do prédio de luxo onde mora. Atropelado no Rio de Janeiro, no último fim de semana, o secretário está trabalhando em casa.

Os números apresentados ontem mostram um comparativo entre os índices de 2010 e 2011. Em todas as estatísticas divulgadas, houve aumento da criminalidade.

A maior elevação foi na taxa de homicídios da capital, que passou de 25,1 em cada grupo de 100 mil habitantes para 30,65, uma alta de 22,1%. Em 2011, foram 142 assassinatos a mais na capital do que em 2010 - de 620 para 762 crimes. Se forem considerados os dados gerais do Estado, foram 553 homicí<CW-8>dios a mais. Em relação aos roubos, Belo Horizonte teve 4.214 ocorrências a mais em 2011 na comparação com o ano anterior.

As informações foram divulgadas após denúncia exclusiva de O TEMPO, no último dia 17, de que a ordem aos comandantes de batalhões da PM era evitar a publicação de índices que evidenciassem o aumento da criminalidade no Estado. A promessa agora é de divulgação mensal das estatísticas.

Apesar de admitir a alta na violência, o secretário insistiu em comparar os dados do ano passado com estatísticas de 2004, quando a criminalidade no Estado era 48% maior. Porém, a tendência de queda que se observou entre 2004 e 2010 foi revertida em 2011 de maneira drástica. Em Minas, os homicídios cresceram 16,3% e os roubos, 12,5%. Em relação aos chamados crimes violentos - estupros, roubos e homicídios - foram 6.000 ocorrências a mais em 2011 no Estado em relação ao ano anterior.
OCORRÊNCIAS
Madrugada com nove assassinatos
Apenas na noite anterior à divulgação dos dados, foram registrados nove homicídios em Belo Horizonte e na região metropolitana, de acordo com informações do portal da PM. Segundo o secretário de Defesa Social, Lafayette Andrada, a média dos últimos anos é de dois assassinatos por dia na capital.

O chefe do Departamento de Investigações (DI) da capital, delegado Edson Moreira, não sabia da divulgação dos dados e foi informado pela reportagem de O TEMPO. Para ele, há duas causas para o aumento dos homicídios: o uso de crack e a impunidade dos criminosos. "Eles cometem um crime, mas sabem que, em dois, três anos, estarão soltos. É necessário ter leis mais rígidas para punir os criminosos". (JS/Iane Chaves)
ESCALADA DA CRIMINALIDADE

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