sexta-feira, 16 de março de 2012

Domingo o petismo vencerá os aliancistas tucanos

O clima mudou em BH! As previsões para o final de semana são de chuva fina, chuva que vem em boa hora para lavar a alma daqueles que ainda acreditam nos sonhos, nas lutas sociais, na inversão de prioridades, no cuidado e carinho para com os mais pobres, na liberdade do convívio nas nossas praças e ruas, na solidariedade aos moradores de rua, no convívio com as diferenças plurais da cidade, no prazer do cafezinho na Praça Sete no Nice, no bate-papo em frente as manchetes de nossas bancas de jornais, no churrasquinho saboroso de nossas diversas feiras que ousam incomodar aqueles que, trancados em gabinetes com ar condicionado de frente para uma maquete limpa e desinfetada imaginam gerir uma cidade imaginária, uma “Belo Horizonte S.A.”.
Mas a história de Belo Horizonte dos pobres, dos negros, das mulheres, da cultura, dos artistas, dos blocos caricatos, dos jornaleiros, dos feirantes, dos que lutam por moradia, dos moradores de rua, da cultura, dos jovens, dos butecos, a “Belo Horizonte Real e Plural”, começará a mudar no domingo, dia 18 de março com a vitória da candidatura própria do Partido dos Trabalhadores.
Um partido que nasceu com capacidade da ousadia, um partido que elegeu para a prefeitura da maior cidade da América Latina, São Paulo, duas mulheres (Erundina e Marta), numa sociedade marcantemente machista, um partido que elegeu por 2 vezes um operário para a Presidência da República, um partido que elegeu a primeira mulher Presidenta do Brasil, um partido assim não pode perder a ousadia de sonhar, de fazer mais, de avançar, não podemos ter medo de “ser feliz” como dizia nosso jingle em 89.
O jornal O Tempo de hoje, traz matéria onde supostamente a reportagem ouviu dirigentes da direção nacional aonde dizem temer pela vitória da candidatura própria. Temer porque? A alegação de atrapalhar o projeto nacional de reeleger Dilma em 2014 é totalmente esdrúxula, ora, é exatamente a Aliança com PSDB na chapa na Capital do segundo maior colégio eleitoral do país, dando a oportunidade ao provável adversário de Dilma, a chance de participar dos programas de rádio e televisão é que é um sério risco ao projeto nacional.
A reportagem diz ainda: 
Segundo uma liderança nacional da sigla, que pediu para não ter o nome revelado, caso o grupo de Carvalho vença, o futuro candidato petista ficará isolado. "Quem for para a disputa, vai sozinho, porque os outros partidos vão estar todos com o prefeito. Lacerda vai ter a máquina da prefeitura e a máquina do governo a seu favor", afirmou. ”
Isolado? Este dirigente que se esconde no anonimato que enganar a quem?
Isolado? Vários partidos da base da Presidente Dilma estão aguardando apenas a vitória da candidatura própria para anunciar apoio ao PT, como o PMDB de nosso vice Temer, do PDT e do PTB. Além de lideranças expressivas como o senador Clésio Andrade.
O dirigente anônimo do PT está enganado, não estamos sozinhos. E se estivéssemos, qual o problema? Quando que o PT teve medo de disputas? nossa aliança será com a militância petista e com o povo de Belo Horizonte.
Outro aviso e uma lembrança ao dirigente anônimo: em 2008 com a máquina da PBH e do Palácio da Liberdade, mais as personalidades de Pimentel e Aécio, o empresário travestido de gestor político quase perdeu a disputa para o PMDB, só não perdeu pela baixaria do famoso “chute na bunda”.
Portanto, o clima em BH é de militância forte nas ruas pela Candidatura Própria!


Abaixo transcrevo a matéria plantada pelo “dirigente anônimo do PT ”.


Por Marco Aurélio Rocha



Cúpula nacional do PT teme vitória da candidatura própria
Para comando petista, um cabeça de chapa teria pouca chance de vingar
ISABELLA LACERDA
O equilíbrio entre o número de chapas que defendem a candidatura própria do PT em Belo Horizonte e as formadas por filiados que trabalham pela reedição da aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB) criou um clima de temor na cúpula nacional da sigla.

O medo vem da possibilidade de vitória da corrente liderada pelo vice-prefeito Roberto Carvalho, que não concorda com o apoio a Lacerda. A tese contraria o comando petista, que, visando o projeto de reeleição de Dilma Rousseff em 2014, quer, a qualquer custo, manter a aliança com o PSB.

Cada grupo inscreveu oito chapas para a eleição dos 500 delegados, que será no próximo domingo. São eles os responsáveis pela definição dos rumos do partido na sucessão de outubro. Na decisão do dia 19, os militantes aliancistas representam 53% dos votantes, enquanto que os defensores da cabeça de chapa petista para a prefeitura somam 40% dos eleitores.

Segundo uma liderança nacional da sigla, que pediu para não ter o nome revelado, caso o grupo de Carvalho vença, o futuro candidato petista ficará isolado. "Quem for para a disputa, vai sozinho, porque os outros partidos vão estar todos com o prefeito. Lacerda vai ter a máquina da prefeitura e a máquina do governo a seu favor", afirmou.

Outra preocupação em jogo é a manutenção do PSB na base de Dilma. "Se o PT não for com o PSB, os socialistas vão se aproximar mais dos tucanos. É um risco para o PT perder um forte aliado nas eleições presidenciais", ressaltou.

Outro ponto negativo seria a ausência do ex-presidente Lula e de Dilma na campanha. "Já sabemos que eles não vão querer se indispor com um aliado", completou o petista, ressaltando que a sinalização dada pelo PSB de que pode estar junto dos tucanos em outras cidades, como em São Paulo, é perigosa para o PT.

Acirramento. A possibilidade de vitória da tese da candidatura própria, que antes era colocada como impossível por grande parte das lideranças, agora já é considerada. O fato aumentou o receio de uma intervenção em Belo Horizonte. O secretário nacional de comunicação do PT, Gleber Naime, assegura, no entanto, que essa questão não é cogitada. "Qualquer decisão que venha a acontecer no domingo será mantida".

O deputado federal Odair Cunha afirma que espera uma disputa acirrada. "O grupo que quer a candidatura própria vem forte na disputa. Não dá para prever o que vai acontecer".
Expectativa
Apertado. Os petistas estão esperando uma disputa tão acirrada neste domingo que já arriscam uma vantagem de, no máximo, entre 50 e 100 votos para o grupo que quer a aliança com Lacerda.

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