segunda-feira, 14 de maio de 2012

PSB muda a rota e se aproxima do PT em Minas

Inicialmente propenso a se aliar ao PSDB no interior, socialistas já negociam com petistas em cidades importantes


Renato Cobucci/Arquivo
mario assadd
Mario Assad nega influências nacionais nas escolhas locais
Contrariando orientações que teriam sido definidas no congresso estadual do partido no ano passado, o PSB tem seguido, no interior, a mesma estratégia que adotou na capital, priorizando o PT nas coligações, em vez de seu outro grande parceiro, o PSDB.

Faltando pouco mais de um mês e meio para o fim do prazo de definição das coligações, o partido tem conversas adiantadas com os petistas em municípios importantes como Divinópolis, Uberlândia, Sete Lagoas, Contagem, Betim e Juiz de Fora.

A tendência do PSB em preferir coligações com o PT é atribuída aos acordos nacionais que envolvem a reeleição da presidente Dilma Rousseff, tendo o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, como vice e o atual prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda sendo o candidato a governador no Estado, conforme adiantou o Hoje em Dia. Há também o fato de o PT em São Paulo buscar o apoio do PSB para a candidatura de Fernando Haddad.

Nos bastidores, no entanto, também há quem diga que a mudança de rota teria se dado após o principal líder do PSDB, o senador Aécio Neves, ter inflado a candidatura de rivais de Marcio Lacerda, principal aposta dos socialistas, em sua busca pela reeleição.

A mudança de postura, porém, gerou insatisfação com a condução dos acordos em torno da formação de alianças, principalmente por conta da decisão no Congresso de que a prioridade deveria ser com PSDB.

O secretário-geral do PSB estadual, Mario Assad, que projeta conquistar 50 prefeituras no pleito – hoje o partido possui 13 chefes de executivo –, nega a existência de uma orientação nacional para que o PT ou qualquer outro partido seja privilegiado dentro das composições. “O partido não está impondo nenhuma aliança preferencial nos municípios. O entendimento está respeitando as características locais, levando em conta que somos da base de apoio do governador Antonio Anastasia (PSDB) e da presidente Dilma Rousseff (PT)”, garantiu.

Apesar da negativa, no caso de BH, o PT ganhou a preferência de indicar o vice na chapa de Lacerda, a despeito das intenções do PSDB de colocar um nome da legenda na chapa.

Apesar de refutar a ideia de imposição, o secretário do PSB afirmou que o partido definiu, em resolução, que nas cidades com mais de 150 mil eleitores a decisão tomada pelo Diretório Municipal deverá passar, ainda, pela homologação da direção estadual.

Dentro do PT, o coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE), Carlos Magno, não acredita nesta tendência de união entre a legenda e o PSB. Para ele, as eleições municipais em Minas não têm caracterização partidária, mas são definidas dentro de um acordo local. “Não há uma orquestração nacional ou estadual, as alianças são regionalizadas”, comentou. No Estado, o PT pretende lançar mais de 200 candidatos a prefeitos com a intenção de eleger, pelo menos, 150. “Devemos ter candidatura própria em todas as cidades com mais de 30 mil eleitores”, completa o petista.

Fonte: HOJE EM DIA

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