Manifestantes jogam estrume na porta da Rede Globo durante protesto
Logotipo da Globo foi atingido por pedaços de estrume
durante manifestação na noite passada
Funcionários da Rede Globo de Televisão amanheceram, neste
sábado, tentando limpar o logotipo da companhia, após manifestação, na noite
passada, durante a qual foi deixado um monte de estrume na porta da empresa. O
2º ato contra o monopólio da mídia reuniu 600 pessoas em protesto na frente a
estação de TV, no Brooklin, Zona Leste da capital paulista. A manifestação foi
organizada por movimentos de juventude, de mulheres e de democratização da
comunicação, como o Levante Popular da Juventude, a Marcha Mundial das
Mulheres, o Coletivo Intervozes e o Centro de Estudos Barão de Itararé. Cerca
de 40 adeptos do Black Bloc participaram do protesto.
– Devolvemos à Globo a merda que a emissora joga para o povo
brasileiro todo dia em seus jornais. A sonegação de impostos da Globo deixa
claro que o ‘Criança Esperança’ é uma hipocrisia. A Globo é uma empresa
corrupta, desviou mais de R$ 600 milhões do país, ao deixar de pagar impostos e
multas. Se ela quisesse mesmo ajudar as crianças, a primeira atitude era pagar
em dia seus impostos – disse Juliane Furno, militante do Levante Popular da
Juventude, que organizou uma série de intervenções no protesto.
Duas faixas com as expressões “Fora Globo” e “Abaixo a Mídia
Machista” foram jogadas da Ponte Estaiada. Os manifestantes protestaram contra
o monopólio no sistema de comunicação eletrônico (TV e rádio), cobraram o
cumprimento da Constituição que proíbe concessões a políticos e defenderam a
democratização da mídia.
– A Globo é o símbolo da ditadura da comunicação. Os nossos
protestos contra a Rede Globo colocam em pauta a necessidade da democratização
da comunicação, para acabar com os monopólios da informação e da cultura –
disse Thiago Pará Wender, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A placa da ponte Octávio Frias de Oliveira foi rebatizada
pela segunda vez com o nome de Vladimir Herzog, em homenagem ao jornalista que
foi torturado até a morte no DOI-CODI em São Paulo, em 1975, pelo regime
militar. Frias de Oliveira foi fundador do Grupo Folha, acusado de contribuir
com a repressão durante da ditadura. Os jovens saíram em marcha da Praça
General Gentil Falcão em torno das 20h, passou pela Rede Globo e retornou ao
local da concentração. O protesto terminou às 22h e não houve conflitos com a
Polícia Militar.
Fonte: CORREIO DO BRASIL
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