Cerca de 20 terrenos na
região serão desapropriados para receber o Executivo municipal
GUSTAVO PRADO
A Prefeitura de Belo
Horizonte escolheu a região da Lagoinha para acolher o centro
administrativo da capital. Para tirar a proposta do papel, o
Executivo já demarcou a área selecionada. Um decreto de junho deste
ano desapropria aproximadamente 20 terrenos no bairro para a
implantação do equipamento público, que vai abrigar todas as
secretarias, autarquias e empresas públicas do município.
Lacerda afirmou ainda
que o complexo poderá gerar uma economia anual de R$ 30 milhões aos
cofres do Executivo com aluguéis de imóveis.
De acordo com o
decreto, publicado no “Diário Oficial do Município” (DOM) no
dia 28 de junho, cerca de 20 áreas localizadas nas proximidades das
ruas Além Paraíba e Bonfim, próximas às avenidas Pedro II e
Antônio Carlos serão desapropriadas. O governo ainda está
autorizado a alegar em juízo a urgência da desapropriação. A área
aproximada é de 14 mil metros quadrados.
“O que nós fizemos
foi decretar a desapropriação de 20 imóveis exatamente para a
gente cercar (a área), para evitar uma especulação. É uma forma
de a gente dar um primeiro passo para desapropriar toda a área
necessária”, afirmou Lacerda.
O prefeito disse,
ainda, que está sendo preparado o Procedimento de Manifestação de
Interesse da Iniciativa Privada (PMI). “Nós vamos lançar a
chamada PMI, convidando o setor privado a apresentar propostas e
estudos de viabilidade para a gente fazer uma licitação”,
afirmou. O chefe do Executivo espera que até outubro já esteja com
os “dados básicos” para iniciar o procedimento.
Segundo Lacerda, a
prefeitura gasta, anualmente, cerca de R$ 40 milhões em aluguéis
por ano. Como, segundo ele, 80% das secretarias serão deslocadas
para o centro, a economia gerada será de aproximadamente R$ 30
milhões.
De acordo com Lacerda,
o complexo será um “monumento” e terá “movimento”, podendo
ser observado até da avenida Afonso Pena.
Escolha da região é
estratégica
A escolha da região da
Lagoinha para abrigar o complexo administrativo não é por acaso.
Além de ser de fácil acesso à população, por estar localizada na
área central da cidade, a prefeitura da capital também é
proprietária de alguns imóveis no bairro, o que evita algumas
desapropriações. Os prédios eram de responsabilidade da extinta
Beneficência da Prefeitura de Belo Horizonte (Beprem).
A economia de R$ 30
milhões com a construção do centro também é atrativa.
Atualmente, as pastas estão espalhadas em várias áreas da cidade.
O Executivo aluga dois imóveis, por exemplo, na avenida Afonso Pena,
no centro, ao custo de quase R$ 11 milhões anuais. Outro, em Santa
Efigênia, custa R$ 2,2 milhões por ano.
Fonte: O TEMPO
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