A CEMIG insiste em querer jogar sua incompetência e a ganância dos sócios privados em levar 50% dos dividendos, pondendo chegar de 2 em 2 anos a 100% do lucro no governo federal e na Aneel. Mas a verdade é que a precarização da empresa, a terceirização e a falta de investimentos levou a acidentes constantes com os trabalhadores, apagões em BH e região metropolitana e com a tarifa mais cara do Brasil penaliza os consumidores em geral e afasta empresas de Minas Gerais, veja reportagem do portal UAI, abaixo.
Por Marco Aurélio
Concessionária já
foi procurada por diversas empresas que se sentiram lesadas ao receber
as contas mais altas no começo de abril, jogando por terra a redução dos
gastos verificada em fevereiro
Marta Vieira
Indústrias do setor têxtil suspendem investimentos em Minas Gerais,
pressionadas pelo aumento das tarifas de energia elétrica, aplicado
desde abril, que anulou o benefício da redução do custo do insumo
determinado em janeiro pelo governo federal. A fabricante italiana de
fios de poliéster Sinterama, com atuação em oito países, desistiu de
ampliar a fábrica de Alfenas, no Sul de Minas, depois de computar
elevação de até 60% da energia fora do horário de ponta do consumo,
informou o diretor geral da Sinterama do Brasil, Marco Mascetti. No
município de Paraguaçu, também no Sul do estado, a Linhanyl, maior
produtora de linhas de costura de náilon e poliéster para calçados e
artigos de couro da América do Sul, revê o projeto de uma segunda
fábrica mineira, pelo mesmo motivo, de acordo com o diretor da companhia
sediada em Sorocaba (SP), Eduardo Gabriel.
O presidente da
Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Djalma Morais, admitiu,
ontem, que a concessionária já foi procurada por diversas empresas que
se sentiram lesadas ao receber as contas mais altas no começo de abril,
jogando por terra a redução dos gastos verificada em fevereiro. Ontem
mesmo, a concessionária aproveitou o encontro anual Cemig-Apimec, que
reúne analistas do mercado de capitais e investidores, em Uberlândia, no
Triângulo, para dar explicações sobre o reajuste das tarifas. A Cemig
foi autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a
reajustar os preços em 2,9%, em média, como resultado de processo de
revisão tarifária, a partir de 8 de abril. O aumento para alguns
segmentos da indústria chegou a 20%.
“As empresas precisam entender que o
reajuste não parte da Cemig. Repassamos o que foi definido pela Aneel”,
afirmou o presidente da Cemig. O presidente da Sinterama do Brasil,
Marco Mascetti, considera a correção abusiva, ao refletir em alta de
custos da fábrica mineira de 33%, percentual que não será possível
repassar aos clientes. A empresa pretendia investir quase R$ 4 milhões
em novos equipamentos que necessitam de energia, para ampliar a produção
de fios de poliéster, que abriria postos de trabalho.
“O custo
da energia elétrica em Minas, agora, supera o da Itália, onde 80% da
eletricidade depende das centrais térmicas, fonte mais cara que as
hidrelétricas no Brasil. Complicado explicar este fato aos investidores,
que já desconfiam da política brasileira, que num dia anuncia uma coisa
e no dia seguinte faz outra”, reclama Mascetti. O diretor da Linhanyl
Paraguaçu, Eduardo Gabriel, conta que o projeto da empresa era
transferir parte da fábrica de Sorocaba para uma segunda planta
industrial em Minas, que permitira a criação de 150 empregos.
Fonte: ESTADO DE MINAS
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