O Presidente da República da Venezuela, Nicolas Maduro,
alertou ao povo deste país sobre a necessidade de “ativamente defender a
pátria”, após as reivindicações intervencionista do governo dos EUA,
condensadas nas declarações do presidente norte-americano, Barack Obama.
– Eu chamo as pessoas, organizações políticas, colegas de todos os
partidos e movimentos políticos da revolução, movimentos sociais, o
Grande Pólo Patriótico, os conselhos comunais: ir para uma mobilização
em massa nas ruas, todos os as pessoas vão, de mobilizar em todas as
capitais. A Venezuela será respeitada – disse ele.
O chanceler Elias Jaua tabém leu um comunicado em que garante:
“O presidente Obama, ao incentivar o surgimento de um Pinochet na
Venezuela, terá que assumir a responsabilidade perante a história.
Sabemos como levar e defender nossa paz e independência na pátria de
Bolívar”.
Em uma entrevista nesta sexta-feira, à jornalista Maria Elena
Salinas, do canal de TV Univision, durante sua visita ao México,
perguntado se os EUA “reconhecem Nicolas Maduro como o presidente
legítimo da Venezuela”, Obama respondeu:
– O hemisfério inteiro viu a violência, os protestos, a situação com a
oposição. Nossa percepção é de que o povo da Venezuela quer eleger seus
dirigentes em eleições legítimas. E nosso foco no hemisfério não é
ideológica. Isso remonta à Guerra Fria. Ele é baseado na noção de
princípios fundamentais dos direitos humanos, a democracia, a liberdade
de imprensa, liberdade de reunião. Isso está sendo esta cumprido, sendo
respeitado? Há relatos de que não estão sendo respeitados, após as
eleições. E eu acho que a nossa única preocupação neste momento é
garantir que o povo da Venezuela possa determinar o seu próprio destino,
livre do tipo de práticas que todo o hemisfério foi se afastando. Uma
das maiores histórias de progresso que temos visto na América Central e
do Sul, e está enraizada na grande mudança para a democracia, a
liberdade. Você vê aqui no México, onde houve uma transição pacífica de
um partido para outro, após as eleições, vimos na Colômbia, Chile, Peru.
Acho que o que o povo da Venezuela querem a mesma.
Obama também interveio para defender Timothy Tracy Hallet, indivíduo
norte-americano preso em 25 de abril , acusado de ser um agente da
inteligência que atuou ao lado de seguidores da ultra-direita na
Operação Soberania para incentivar os motins de 15 de abril, no qual
morreram nove pessoas, uma delas queimada viva por apoiadores do
candidato derrotado Henrique Capriles.
– A noção de que essa pessoa seria uma espécie de espião é ridícula
(…) temos visto ocasionalmente fora da Venezuela este tipo de retórica. O
cidadão dos EUA que está aparentemente preso, será tratado como
qualquer norte-americano que se mete em uma espécie de emaranhado legal
em um país estrangeiro – disse Obama, em declarações feitas na Costa
Rica, pouco antes do final de um mini tour do presidente dos EUA pela
América Latina.
Os discurso de Obama no México e na Costa Rica, sobre a Venezuela está levando a uma rápida deterioração das relações bilaterais.
“O presidente Obama e suas declarações não ajudam a melhorar as
relações bilaterais. Pelo contrário, leva a uma maior deterioração que
só confirmar ao mundo a política de agressão que você e seu governo
realizou contra a nossa nação”, disse o comunicado.
Fonte: CORREIO DO BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário