Os sinais de
esgotamento do projeto tucano para o estado de Minas Gerais são
evidentes.
A máquina
administrativa está emperrada com o choque de gestão. O chamado
déficit zero (2004) e os superávits fiscais divulgados
sucessivamente desde então foram desmascarados. Pura contabilidade
criativa. Falsificação grosseira da realidade das finanças
públicas. Empréstimos foram apresentados como receita arrecadada,
existem calotes na aplicação dos mínimos constitucionais na saúde
e na educação, arrocho salarial, enxugamento da máquina pública,
em desfavor dos servidores e do atendimento aos cidadãos e cidadãs.
Além disso, temos constantes transferências para os municípios, de
gastos que que são de responsabilidade do estado.
Agravando a maquiagem
das contas públicas, temos o trato irresponsável com a dívida
herdada dos tempos de FHC e Azeredo: 70 bilhões de Reais. Somados
aos novos empréstimos, Minas Gerais tem 100 bilhões de Reais em
“papagaios”.
Ou seja, Minas
sobrevive de propaganda enganosa e das transferências federais.
O empresariado, pela
voz de setores da própria FIEMG, já registrou a defasagem
industrial de nosso estado, frente às demandas nacionais e
internacionais. As principais vítimas desse quadro estão no mundo
do trabalho. Desses, os servidores públicos têm situação especial
de precariedade.
Na educação, os
trabalhadores são perseguidos após a heroica greve de 112 dias e,
além de não receberem o piso nacional, são penalizados com perdas
expressivas na carreira. Na saúde, os hospitais estão sucateados e
a dengue avança na proporção do descaso do governo. Na segurança,
presídio privado é propagandeado como solução e a empresa
escolhida via Parceria Público-Privada vai receber R$ 2.700,00/mês
por preso, duas vezes mais que o salário de um professor.
Tudo isso é resultado
do ideário neoliberal, ao qual se agregou o projeto pessoal de poder
do senador Aécio Neves.
E para piorar: em sua
sanha oposicionista irresponsável, os tucanos se recusam a compartilhar
em Minas, as boas ideias que nascem do governo federal: redução da
conta de luz, redução dos custos da cesta básica etc.
Enfim, estão maduras
as condições para termos em Minas Gerais um projeto com alinhamento
ao governo federal. E um projeto em que o PT esteja, legitimamente,
na vanguarda e na sustentação programática. O PT deve, portanto,
desde já, construir sua candidatura própria, buscando suas alianças
no campo do Governo Dilma, para viabilizar a vitória.
Para isso precisamos de
um partido dinâmico, unido, democrático e transparente. Que tenha
como ponto de partida a determinação de marchar junto com os
movimentos sociais e sindicais, para assim estabelecer diálogos mais
amplos, visando a construção do citado projeto democrático e
popular para nosso estado. Que tenha um funcionamento regular e
democrático de suas instâncias, discutindo e deliberando políticas
orientadoras aos seus militantes e deixando de ser apenas um tribunal
de querelas internas. Que volte a despertar os sonhos de nossa
juventude.
Não podemos mais
repetir os erros do passado, quando a disputa interna acabou por
inviabilizar nossa candidatura ao Governo do Estado. Nossa unidade
deve ser construída em torno dessa plataforma oposicionista ao
desgoverno tucano e comprometida com os movimentos sociais.
Apresentamos o nome do
companheiro Rogério Correia para a presidência do PT/MG. Fundador
do PT, da CUT e do Sindute, três vezes vereador em Belo Horizonte e
deputado estadual em terceiro mandato, foi líder da bancada petista,
testado positivamente na construção da unidade da referida bancada,
articulador de partidos aliados, tendo fortes vínculos com os
movimentos sociais e sindicais, Rogério expressa sem dúvida, um
perfil partidário nítido de oposição e demarcação com o
tucanato. Como dirigente partidário, seu perfil ficou muito bem
definido nos dilemas de nossa agremiação no último período: desde
a crítica à flexibilização das alianças com o PSDB, à busca da
unidade com o PMDB, PC do B e aliados dos governos Lula e Dilma, sua
conduta e atuação não deixam dúvidas. Combinar amplitude
política, com coerência programática é a síntese que o
caracteriza.
Como ponto de partida,
os movimentos internos ao PT, Coerência Petista e Resistência
Socialista, apresentam seu nome ao conjunto do Partido. Um nome para
compor uma efetiva unidade partidária.
Belo Horizonte, março/abril 2013
Belo Horizonte, março/abril 2013
Coerência Petista (AE, EPS, MS) Resistência Socialista Roberto Carvalho Presidente do PT-BH Padre João Deputado Federal Pompilio Canavez Deputado Estadual Paulo Lamac Deputado Estadual Rogério Correia Deputado Estadual Rosângela Mendes Prefeita de Coronel Fabriciano Chico Simões Ex-prefeito de Coronel Fabriciano Jairo Nogueira Secretário Geral da CUT-MG e Coordenador do Sindieletro Sheikespeare Martins Direção Nacional da CUT Abdon Guimarães (Bidu) Executiva Estadual da CUT e Direção Estadual do SindUTE Marilda de Abreu Araujo Direção Estadual do SindUTE Renato Barros Coordenação Estadual Sindsaúde Ênio Bohnenberger Coordenação Estadual do MST Sôniamara Maranho Coordenação Estadual do MAB Vilson Luis da Silva Presidente da FETAEMG Juseleno Anacleto da Silva Presidente da FETRAF-MG Welton de Freitas (Leleco) União Nacional por Moradia Popular Ércio Sena Luís Fernando Carceroni Geraldo Vitor de Abreu Diretório Nacional do PT Neila Batista Ex-vereadora de Belo Horizonte
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