OP: participativo e digital, mas com obras paradas no tempo

O jornal Hoje em Dia de hoje, trás matéria sobre as obras paradas do OP Digital. Isso somente corrobora o que este blog já vem denunciando há muito tempo: o governo Lacerda desde seu primeiro mandato vem destruindo todas as políticas de participação popular implantadas na cidade desde Patrus. A reportagem fala sobre algumas obras do OP Digital paradas na capital, mas se esquece que existem muitas outras como a obra aprovada da trincheira da Praça São Vicente e da UPA Noroeste. Lacerda como sabíamos escolheu os tucanos e seu choque de gestão, e lá não cabe democracia participativa. Querem a "massa cheirosa".

Por Marco Aurélio Rocha

OP: participativo e digital, mas com obras paradas no tempo

Danilo Emerich - Hoje em Dia

Lucas Prates/Hoje em Dia                                                       

Suporte à espera de câmera de monitoramento no bairro Santa Tereza, zona Leste da capital

Aprovadas com 37.411 votos, as nove obras ganhadoras do Orçamento Participativo (OP) Digital de 2011 da Prefeitura de Belo Horizonte não têm sequer os projetos executivos concluídos. Pela previsão feita há dois anos, as intervenções deveriam estar em curso, mas nem as licitações aconteceram.

Até a semana passada, nem um projeto do OP Digital 2011 havia chegado à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), conforme a assessoria de imprensa do órgão. Por enquanto, só existem os anteprojetos das obras – os mesmos esboços apresentados à população para a votação.

O OP Digital foi tema de matérias do Hoje em Dia, em novembro e dezembro de 2011. As nove intervenções estão orçadas em R$ 5,5 milhões cada. Em três regionais, serão instaladas câmeras de monitoramento. Em quatro haverá melhorias viárias e nas restantes, tratamentos de fundo de vale.


Sem retorno

No caso da obra mais votada do OP Digital – a revitalização de um trecho da rua Antônio Eustáquio Piazza, no Tirol (Barreiro) –, a demora frustra moradores. A mobilização deles garantiu 7.052 votos (43,2%).

A proposta previa aumento da via, deslocamento de postes e adequação de canteiros e calçadas, além de passarelas e novas baias para ônibus. Segundo o líder comunitário Antônio de Castro Siqueira, a única ação da prefeitura foi enviar técnicos ao local. “Estamos nos organizando para cobrar pelo menos o projeto. A obra é importante, apesar de não resolver em definitivo o problema”.


Expectativa

No bairro Santa Maria, na zona Norte, a comunidade espera para maio o lançamento da licitação para a elaboração do projeto executivo do tratamento de fundo de vale da avenida Basílio da Gama. O prazo foi dado pela prefeitura a um grupo de moradores, no último dia 18.

“Já deveria ter começado e estamos cobrando, mas acredito que as eleições atrapalharam”, afirma um dos membros da comissão, Nilton César Moreira, de 47 anos.

Fonte: HOJE EM DIA