quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mais uma da administração Lacerda, agora são os pipoqueiros

Fechamento de Praças, proibição de eventos públicos, venda e privatização de ruas, expulsão de moradores de rua, retirada de jornaleiros, extinguir a Feira Hippie, retirada dos artesãos hippies da Praça Sete, como se tudo isso não bastasse agora é com os pipoqueiros de Belo Horizonte.
Para a administração Lacerda uma cidade deve ser gerida como uma empresa, tudo no seu lugar, tudo “higiênico” como uma maquete. Se esquece que a Pólis humana é rica em pluralidade e diversidade cultural e social.
Os pipoqueiros, assim como os jornaleiros e os lambe-lambes devem ser considerados patrimônio imaterial da cidade.
Esta é a herança maldita que Lacerda deixará para a cidade de Belo Horizonte.

Por Marco Aurélio Rocha


Pipoqueiro sob ameaça de "sumir" das ruas de BH 

Artigo 118-A do Código de Posturas não permite que a atividade seja realizada em passeios da Capital mineira


carlos roberto
pipoqueiro
Estima-se que 200 pipoqueiros trabalhem hoje em BH, mas apenas 82 têm licença para atuar



A tradicional figura do pipoqueiro, que sempre povoou a imaginação das crianças e até mesmo dos adultos, está sob ameaça em Belo Horizonte. Por imposição do artigo 118-A do Código de Posturas, a atividade não pode mais ser feita em passeios e ruas da cidade, o que deixa alarmados os cerca de 200 pipoqueiros que atuam na cidade. Hoje, 82 profissionais têm licença para o trabalho, e os demais estariam na informalidade.

Considerado o pipoqueiro mais idoso de Belo Horizonte, Domingos José de Oliveira, de 66 anos e quase meio século na profissão, é contra a imposição. Domingos, que também é diretor financeiro do Sindicato Profissional dos Pipoqueiros da Grande BH, revela que a categoria já está mobilizada para tentar mudar o artigo do Código de Posturas. Ele não esconde que a categoria se sente amedrontada diante da possibilidade de ter que abandonar seus tradicionais locais de trabalho.

Para Domingos, que só viveu situação semelhante na época da ditadura militar, a medida não tem sentido. “Sou pipoqueiro há 48 anos. Sempre paguei meus impostos e criei minha família. Minha mulher e filha também têm a minha profissão”, diz.

O valor e a importância da profissão são retratados por Andreia de Oliveira, de 38 anos. Filha do “seu Domingos”, ela começou a trabalhar como pipoqueira aos 17 anos. Não abandonou os estudos: passou no vestibular e se formou assistente social na PUC Minas. Também fez pós-graduação, sempre pagando os estudos com o dinheiro da profissão. “Tenho orgulho do meu trabalho”, resume. Andreia não consegue entender como uma cidade vota uma lei que quer tirar das ruas uma das figuras mais tradicionais e populares.

Fonte: http://www.hojeemdia.com.br/minas/pipoqueiro-sob-ameaca-de-sumir-das-ruas-de-bh-1.347492

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