No partido, os nomes mais comentados para encabeçar a chapa à PBH são os do deputado federal Gabriel Guimarães e do secretário de Ciência e Tecnologia, Miguel Corrêa
Com a imagem desgastada e enfrentando uma turbulenta crise política, o PT começa a refletir sobre sua atuação e seus planos para as eleições de 2016. Apesar de terem saído vitoriosos para o governo de Minas, os petistas já temem um resultado ruim na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. Internamente, comenta-se a falta de nomes relevantes e conhecidos da população para a eleição, além de as manifestações antigoverno federal terem surpreendido boa parte da sigla, fato que eleva a preocupação.
“É realmente uma situação complicada, até pela falta de nomes que temos para indicar. A situação, no geral, não é boa. Mas é preciso analisar todo o cenário, não há nenhum candidato tão relevante em nenhum partido”, diz um interlocutor ligado ao partido e à administração Pimentel.
Para o deputado federal Reginaldo Lopes, o partido precisa voltar a dialogar com a sociedade, e não “se divorciar da política”. “O PT precisa, no geral, retomar diálogo com a sociedade. Há uma ausência de diálogo, o PT não pode se divorciar da política, o PT, quando vira governo, acha que tudo se resolve com obras, e não é assim. Não podemos menosprezar o capital dos movimentos sociais. O PT tem que parar de reclamar que não tem espaço na imprensa e dialogar mais com a sociedade”, diz.
O ponto de largada para 2016, inclusive, já deve ser dado neste fim de semana, quando o presidente nacional do PT, Rui Falcão, vem a Belo Horizonte para se encontrar com a cúpula mineira e discutir a situação na região metropolitana. Além da visita do líder partidário, diversas reuniões acontecem por todo o Estado, onde o partido pretende estar presente em mais de 500 prefeituras após a próxima eleição.
De acordo com a presidente do PT de Minas, Cida de Jesus, a sigla reconhece que precisa melhorar e ampliar o campo de diálogo, até pelo fato de, segundo ela, os protestos terem revelado a existência de um “ódio” contra o PT. “Nos surpreendeu, não a marcha, mas o ódio. Isso nos motiva mais e mais a ampliar o campo, dialogar com a CNBB, que puxa um movimento forte, tem as mesmas bandeiras nossas de defesa direito do cidadão, a OAB, que são grupos formadores de opinião. O PT reconhece que precisa melhorar. Toda eleição requer cuidado e planejamento, precisamos corrigir detalhes estratégicos”, argumenta.
No partido, os nomes mais comentados para encabeçar a chapa à PBH são os do deputado federal Gabriel Guimarães e do secretário de Ciência e Tecnologia, Miguel Corrêa. O titular de Planejamento, Helvécio Magalhães, também vem sendo ventilado pelo grupo para entrar na disputa.
Fonte: O TEMPO
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