Mais uma do Lacerda, além de Belo Horizonte ser a única capital do país a não construir nenhuma moradia popular pelo programa Minha Casa Minha Vida, porque além de outras coisas, Lacerda obedece a seus financiadores que querem especular e expulsar os pobres de Beagá para as cidades da região metropolitana, tentando transformar BH na "Beverly Hills encantada de Lacerda". Agora mais essa, usando a desculpa da moradia, acabar com os já quase inexistentes campos de várzea da capital.
Mas isso terá fim, vem eleição aí e o povo vai dar o troco nas urnas.
Por Marco Aurélio Rocha
Prefeitura de BH coloca campos de várzea à venda
Verba conseguida com a negociação dos terrenos será utilizada no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida
LUCAS PRATES

Presidente de clube amador diz que PBH não propôs nada nem deu qualquer posição
Dos campos de terra de Belo Horizonte já saíram vários jogadores que vestiram as cores de América, Atlético e Cruzeiro nos gramados pelo mundo. Comuns até o início da década de 1980, os campos começaram a desaparecer com a especulação imobiliária. Agora, alguns dos poucos que sobraram correm o risco de perder as traves e as partidas.
O projeto de lei 1.698/2011, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), pretende vender 134 terrenos da administração municipal para aplicar os R$ 135,4 milhões no programa Minha Casa, Minha Vida. Dentre as áreas disponíveis, existem pelos menos dois campos onde as comunidades praticam esportes e se encontram.
De acordo com a Secretaria de Esportes da prefeitura, há em Belo Horizonte 149 campos de futebol amador e, desse total, 84 são de propriedade da administração municipal. Os números não batem com os apurados pela Federação Mineira de Futebol, que contabiliza 87 áreas para os amadores praticantes do esporte amador.
“Os imóveis constituem-se de áreas valorizadas, sem previsão de utilização pelo município, pelo que se lhes propõe destinação que assegure de maneira mais eficaz o atendimento aos interesses da população”, justifica o prefeito Marcio Lacerda (PSB) no projeto enviado à Câmara.
Uma das áreas está localizada no quarteirão formado pelas ruas Barão de Aiuroca, Frei Luiz de Souza, Nogueira da Gama e Bueno do Prado, no bairro Alto dos Pinheiros. A área de 4.869 metros quadrados foi dividida em 11 lotes, com tamanhos variando entre 180 e 860,25 metros quadrados.
O terreno fica próximo ao campo dos Veteranos Unidos da Vila Oeste, que não será vendido. Com a venda da área, a prefeitura espera arrecadar R$ 1,97 milhão. O modesto campo que existe no local serve de lazer para crianças e jovens da região.
A segunda área que a prefeitura pretende vender está localizada no bairro Jardim Vitória, na divisa com Sabará. O terreno de 11.926 metros quadrados, na via de ligação do Anel Rodoviário com a BR-262, possui dois campos de futebol. Um deles está abandonado e só restaram as traves. As laterais estão ocupadas por famílias que construíram casas no local. A prefeitura espera apurar R$ 2,3 milhões.
Ao lado do campo abandonado, há outro que reúne condições de uso e abriga a sede da Sociedade Esportiva Nazaré, clube amador que utiliza o local desde 1988. “A prefeitura não nos propôs nada nem nos deu posição”, diz surpreso o presidente do Nazaré e administrador do local, José Silvério Olímpio, de 51 anos.
Mais conhecido na região como “Guela”, Olímpio conta que aos sábados cerca de 80 crianças dos bairros próximos utilizam o campo. As aulas são dadas por monitores que não estão vinculados ao clube. Durante a semana, “Guela” cobra de R$ 60 a R$ 80 de aluguel. “Utilizo esse dinheiro para manter a estrutura do campo”, explica. O campo possui alambrado, construído em 1997 com ajuda da prefeitura.
O projeto de lei 1.698/2011, da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), pretende vender 134 terrenos da administração municipal para aplicar os R$ 135,4 milhões no programa Minha Casa, Minha Vida. Dentre as áreas disponíveis, existem pelos menos dois campos onde as comunidades praticam esportes e se encontram.
De acordo com a Secretaria de Esportes da prefeitura, há em Belo Horizonte 149 campos de futebol amador e, desse total, 84 são de propriedade da administração municipal. Os números não batem com os apurados pela Federação Mineira de Futebol, que contabiliza 87 áreas para os amadores praticantes do esporte amador.
“Os imóveis constituem-se de áreas valorizadas, sem previsão de utilização pelo município, pelo que se lhes propõe destinação que assegure de maneira mais eficaz o atendimento aos interesses da população”, justifica o prefeito Marcio Lacerda (PSB) no projeto enviado à Câmara.
Uma das áreas está localizada no quarteirão formado pelas ruas Barão de Aiuroca, Frei Luiz de Souza, Nogueira da Gama e Bueno do Prado, no bairro Alto dos Pinheiros. A área de 4.869 metros quadrados foi dividida em 11 lotes, com tamanhos variando entre 180 e 860,25 metros quadrados.
O terreno fica próximo ao campo dos Veteranos Unidos da Vila Oeste, que não será vendido. Com a venda da área, a prefeitura espera arrecadar R$ 1,97 milhão. O modesto campo que existe no local serve de lazer para crianças e jovens da região.
A segunda área que a prefeitura pretende vender está localizada no bairro Jardim Vitória, na divisa com Sabará. O terreno de 11.926 metros quadrados, na via de ligação do Anel Rodoviário com a BR-262, possui dois campos de futebol. Um deles está abandonado e só restaram as traves. As laterais estão ocupadas por famílias que construíram casas no local. A prefeitura espera apurar R$ 2,3 milhões.
Ao lado do campo abandonado, há outro que reúne condições de uso e abriga a sede da Sociedade Esportiva Nazaré, clube amador que utiliza o local desde 1988. “A prefeitura não nos propôs nada nem nos deu posição”, diz surpreso o presidente do Nazaré e administrador do local, José Silvério Olímpio, de 51 anos.
Mais conhecido na região como “Guela”, Olímpio conta que aos sábados cerca de 80 crianças dos bairros próximos utilizam o campo. As aulas são dadas por monitores que não estão vinculados ao clube. Durante a semana, “Guela” cobra de R$ 60 a R$ 80 de aluguel. “Utilizo esse dinheiro para manter a estrutura do campo”, explica. O campo possui alambrado, construído em 1997 com ajuda da prefeitura.
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