Nesta quinta-feira, dia 15 de outubro de 2015, ativistas políticos, militantes do PT, PCdoB e sindicalistas realizaram um "esculacho" na porta da gráfica que imprimiu e distribuiu os panfletos apócrifos no velório do ex-presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.
Segundo a militância, daqui para a frente nenhuma provocação facista ficará sem resposta.
José Eduardo Dutra!!!!
PRESENTE !!!!!
MP acolhe representação contra direita que agiu no velório de Dutra

O deputado Rogério Correia relatou para o promotor Eduardo Nepomuceno que há muito tempo os grupos de direita vêm atuando em todo o país, com a mesma perspectiva: de perturbar o cenário democrático com manifestações de radicalismo fascista.
O promotor de Defesa do Patrimônio Público Estadual Eduardo Nepomuceno recebeu nesta segunda-feira (05/10) representação dos parlamentares do PT Cristiano da Silveira, Durval Ângelo e Rogério Correia contra os manifestantes de grupos de direita que perturbaram o velório do corpo do ex-presidente nacional do PT José Eduardo Dutra. que ocorreu no Funeral House, na Avenida Afonso Pena, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O promotor afirmou que manifestações que atentam contra a democracia, perturbam cerimônias funerárias, ofendem e ameaçam pessoas, são passíveis de serem enquadradas como crime. “Se couber a uma das promotorias criminais, o que acho mais plausível, farei o devido encaminhamento com os documentos e indícios apresentados pelos deputados”, garantiu.
Líder do Bloco Minas Melhor, o deputado Rogério Correia observou que há algum tempo membros de grupos de direita, como o que se denomina Patriotas, comparecem a manifestações públicas e em instituições como a ALMG, utilizando procedimentos fascistas e que ferem a democracia. “Recentemente, esse pessoal invadiu as galerias da Assembleia e ofendeu as deputadas petistas com algumas palavras impublicáveis nos meios de comunicação. Agora, no velório do José Eduardo Dutra, ultrapassaram o limite do tolerável”, alegou.
O parlamentar frisou que é preciso que o Ministério Público, em parceria com a polícia judiciária, identifique e puna os responsáveis por esses atos, antes que a sociedade fique refém do radicalismo fascista. “O que me incomoda nessa história, também, é saber que o PSDB e seus parlamentares vêm dando cobertura a esse tipo de pessoas, que sabidamente são contra a democracia”, acrescentou.
Rogério rememorou a trajetória do fascismo no período em que surgiu na Alemanha e Itália. “Na Alemanha, especialmente, foi dessa forma, hostilizando os adversários nos lugares mais simples e comuns, que o fascismo cresceu, criou forças e dominou a sociedade”, afirmou.
Após a entrega da representação circulava nas redes sociais os nomes de duas participantes: Bernadete dos Santos e Andréa Carla dos Santos, mãe e filha. Os demais já estão sendo identificados.
Zé Eduardo Dutra presente!
Ainda estudante de Geologia na Universidade Rural do Rio de Janeiro, Dutra militou no MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado). Concluído o curso, iniciou suas atividades profissionais como geólogo no estado de Sergipe na PETROMISA (1983 a 1990) e na Vale do Rio Doce (1990 a 1994), quando realiza o planejamento geológico da Mina de Potássio Taquari-Vassouras.
Na condição de trabalhador de mina (“tatu” ou “mineiro”), Dutra participa do impulso coletivo que organiza o movimento sindical combativo e classista em terras sergipanas, destacando-se contra as tentativas de privatização e na solidariedade de classe, como na liberação de um andar do prédio do SINDMINA para o sindicato dos professores da rede pública de Sergipe, o SINTESE.
Filiado ao PT no inicio da década de 1980, candidato a deputado estadual em 1986, presidente do SINDMINA de 1989 a 1994, dirigente nacional da CUT de 1990 a 1994, presidente do PT de Sergipe entre 1991 e 1992, Dutra foi eleito senador da República em 1994, tendo papel importante na luta contra as privatizações neoliberais.
Volta à presidência do PT Sergipe em 2001 e em 2002 disputa pela segunda vez o governo do Estado, indo ao segundo turno numa campanha vibrante contra as duas bandas das oligarquias locais. Perdemos por pouco, preparando o terreno para a vitória com Deda em 2006.
Dutra é presidente da Petrobras entre 2003 e 2005, quando a petrolífera constrói a autossuficiência na produção. Em 2006, sai novamente candidato ao Senado. Perdemos aquela eleição por apenas 16 mil votos. Em 2008 poderia ter sido o candidato a prefeito de Aracaju, mas optou por continuar atuando na esfera nacional, sendo eleito em 2010 presidente do PT, cargo do qual afastou-se por motivos de saúde.
A trajetória do companheiro José Eduardo de Barros Dutra identifica-se com parcela considerável da trajetória do petismo, seja na combinação entre luta social e ação institucional, seja na opção pela estratégia de “conciliação”. Mas ao contrário de muitos, Zé Eduardo era daqueles militantes sisudos que ficavam até o fim dos debates nas instâncias partidárias, onde defendia suas opiniões com tenacidade.
O petismo perde um quadro militante!
Companheiro Zé Eduardo Dutra!!
Presente, hoje e sempre!!!
Fonte: PÁGINA13
Nenhum comentário:
Postar um comentário