sábado, 4 de fevereiro de 2012

Articulação de Esquerda apóia a candidatura própria do PT em BH

PELA CANDIDATURA PRÓPRIA DO PT EM BH

A Articulação de Esquerda, tendência interna do Partido dos Trabalhadores vem, através deste documento, declarar publicamente seu apoio incondicional à candidatura própria do PT à disputa pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, nas eleições de outubro deste ano.
Entendemos que o processo que culminou com a vitória do PSB com a eleição de Márcio Lacerda em 2008 foi um terrível erro tático e estratégico. Àquela época, o PT já estava ä frente do governo municipal por 4 gestões, e tínhamos uma prefeitura bem avaliada pela população de BH com mais de 80% de aprovação em todas as pesquisas.
Nosso partido, sob a liderança do então prefeito Fernando Pimentel, abriu mão de ter candidato, ocupando na chapa a vice-prefeitura, numa polêmica união informal com o PSDB, tendo o ex-governador Aécio Neves inclusive ocupado o horário eleitoral na TV e no rádio, pedindo votos ao prefeito Márcio Lacerda.

Um governo municipal neoliberal em BH
Iniciado o governo, o que se viu causou surpresa aos petistas que apoiaram a aliança, mas não foi para a esquerda partidária, que tinha se oposto a essa composição esdrúxula. Márcio Lacerda, gradativamente, começou a desconstruir, destruir e desidratar os programas que o PT tinha implantado na cidade ao longo dos 16 anos de governo democrático e popular, como o Orçamento Participativo, as Comissões de Transporte, os programas de Segurança Alimentar, a Escola Plural, e várias ações no esporte, cultura e democracia participativa.
Como não era de se estranhar, ao lado de seus secretários tucanos e também populares socialistas (PSDB, PPS), começa o modo tucano de governar, espelhado no choque de gestão de Aécio. Com uma visão empresarial da cidade, implanta o “BH Metas e Resultados”, nome pomposo que caberia bem para uma grande empresa multinacional, na qual o capital privado empresarial tem preferência em detrimento da população e do social. Após o “BH Metas e Resultados”, sai do forno tucano-lacerdista a “Gestão Compartilhada”, com a proposta de ser mais um espaço de participação democrática, mas que na verdade se torna um instrumento de esvaziamento do Orçamento Participativo e de “formação” de novas lideranças, ou seja, se quer calar e tirar o poder das lideranças comunitárias da cidade (a maioria delas identificadas com o PT) e eleger, por decreto, empresários, líderes populistas tucanos ou na sua área de influência e outros ligados a partidos conservadores de direita.

A eleição de 2010 em BH põe a mostra o erro de 2008
Em 2010, as eleições em BH foram duras para o PT - a direita e os tucanos se fortaleceram. Num dos últimos comícios, após carreata que se iniciou no bairro nobre das Mangabeiras, o presidente Lula ficou surpreso com as demonstrações públicas de repulsa ao PT e sua candidata, o que levou o presidente a dizer no palanque que desconhecia aquelas atitudes dos adversários em Minas, pois os mineiros apesar das diferenças, sempre foram cordiais, e clamou para que a militância petista fosse às ruas para garantir a vitória de Dilma. A militância ajudou a eleger a presidenta nascida em solo belo-horizontino, mas foi derrotada em BH no primeiro turno para Marina e no segundo para Serra.
No campo estadual, as coisas não foram diferentes, e o candidato tucano e das elites conservadoras do Estado, Augusto Anastásia, derrotou nossa chapa Hélio Costa/Patrus no primeiro turno com mais de 60% dos votos válidos.
Na disputa pelo Senado, a “gentileza” que Pimentel fez a Aécio em 2008, dando aos tucanos a chance de retornar à prefeitura dezesseis anos depois, não foi correspondida por ele. Aécio chama para compor a chapa o ex-presidente Itamar Franco, recém filiado ao PPS; não deu outra: a chapa conservadora PSDB-PPS elege os dois senadores Aécio/Itamar.

O PT precisa a voltar a ter hegemonia em BH
Portanto, diante deste quadro, o partido se encontra fragilizado em BH. Caso a proposta de reedição da aliança vença internamente, o quadro tende a se agravar perigosamente, influenciando inclusive as disputas em todas as cidades de Minas. A bancada de vereadores, hoje composta de seis vereadores, deve cair pela metade.
A Articulação de Esquerda tem certeza que o caminho para inverter este quadro, eleger uma forte bancada de vereadoras e vereadores, fortalecer o PT em BH, derrotar os tucanos, ajudar nossa bancada de deputados estaduais na oposição ao governo tucano, transferir energias positivas para os militantes do interior do Estado para preparar para a grande tarefa de eleger nosso governo ao Estado em 2014 e reeleger nosso governo federal, será com a candidatura própria para a prefeitura de Belo Horizonte.


Belo Horizonte, fevereiro de 2012






ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA EM MINAS GERAIS

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